O coronavírus foi o assunto dominante nos dois dias de reuniões do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020 com membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), na capital japonesa, que terminaram nesta sexta-feira após uma visita técnica à sede da Olimpíada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse ao COI que não há motivo para cancelar ou transferir o evento, que começará em 24 de julho, por causa do surto da doença que começou na China.
"Gostaria de deixar claro novamente que não estamos considerando o cancelamento ou o adiamento dos Jogos. Deixem-me esclarecer isso", afirmou Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020. O governo do Japão revelou que intensificará os exames e medidas de contenção depois de relatar a sua primeira morte de coronavírus e confirmar novos casos, entre eles em um médico e em um taxista.
John Coates, presidente da Comissão de Coordenação do COI, disse que o conselho que o COI recebeu "externamente" da OMS é que "não existe motivo para quaisquer planos de contingência de cancelar os Jogos ou transferir a Olimpíada".
O surto de coronavírus em andamento, cujo epicentro é a cidade chinesa de Wuhan, provocou o cancelamento de alguns eventos esportivos internacionais, além de Pré-Olímpicos de boxe e de badminton que deveriam acontecer na China.
Coates comentou que a coordenação entre a força-tarefa antivírus do Comitê Organizador de Tóquio-2020 e outras autoridades nacionais reforçou a crença do COI de que a situação está sendo tratada adequadamente.
"A expectativa é de que conseguiremos fazer com que os Jogos aconteçam de uma maneira segura para os atletas e os espectadores", disse Coates em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira.