Bem no limite, a Juventus se salva na estreia de Cristiano Ronaldo
Um triunfo de 3 X 2 sobre o Chievo, nos acréscimos de um cotejo confuso. O CR7 até que tentou o seu gol. Mas, terá que esperar o próximo combate.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Absolutamente protocolar. Não existe definição melhor para a jornada de estreia de Cristiano Ronaldo, o CR7, na Juventus de Turim. Aliás, protocolar e razoavelmente infeliz, em branco no placar, apesar do seu esforço diante do Chievo Verona no Marc’Antonio Bentegodi do rival, neste sábado, 18 de Agosto de 2018. Uma vitória apertada, 3 X 2. Porém, ao menos uma vitória da sua nova agremiação na rodada de número 1 do Campeonato Italiano de 2018/2019. Muito aplaudido no seu aquecimento, inclusive pelos torcedores do “Jumento Voador”, o CR7 sairia tristonho do combate.

Eram transcorridos exatos 91 dias, 2,185 horas, 131.100 minutos e 7.866.000 segundos desde que o bósnio Pjanic anotou, aos 52’ do prélio entre a “Velha Senhora” e a Hellas Verona da mesma cidade, em 19 de Maio, o último tento da "Zebra" no certame anterior, quando, aos 3’ de agora, o alemão Sami Khedira desfrutou uma pelota vagante na área do Chievo e cravou, 1 X 0. Parecia o natural prenúncio de um triunfo devastador. E, de fato, a Juventus dominou quase toda a etapa inicial sem que o segundo tento surgisse.

O CR7 não conseguiu aproveitar as chances que a pugna lhe propiciou. Aos 17’, além da meia-lua, bateu rasante, um tiro que raspou o poste direito de Sorrentino. Aos 32, esboçou uma acrobacia que a defesa rebateu. E, para o infortúnio da “Zebra”, que ostentava praticamente 80% de posse de bola, aos 37’ aconteceu o empate. Distraiu-se a sua retaguarda e, numa pelota alçada sobre a marca do pênalti, o polonês Stepinski cabeceou sozinho e o seu compatriota Szczesny, na primeira peleja sem Gigi Buffon na meta da Juve desde 2001, apenas olhou o empate acontecer no ângulo esquerdo.

Pior sucederia aos 55’ quando outro estreante da Juve, o português Cancelo, na sua lateral destra, cometeu uma infração ginasiana em Giaccherini, um ex-“Senhora”, pênalti que o árbitro Fabrizio Pasqua, 35 de idade, na sua primeira pugna de Série A, não hesitou em marcar. O próprio Giaccherini cobrou, 2 X 1. Isolados nas tribunas, o gerente-geral Giuseppe Marotta e Pavel Nedved, o vice-presidente da Juve, olhavam, desolados. Aos 61’, de cabeça, o CR7 apenas atrasou a Sorrentino. Aos 66, arrematou cruzado e o arqueiro espalmou. Aos 69 tentou de canhota e Cacciatore desviou a escanteio.

Algum alívio, de todo modo, adviria aos 75’, e igualmente de uma maneira insuspeitada. Recém-entrado, Bernardeschi levantou um escanteio e o becão Leonardo Bonucci, que havia atravessado, na temporada de 2017/2018, um equivocado, amargo estágio no Milan, fulminou de testa, 2 X 2. O gol do RC7 quase despontou aos 77’, quando ele bateu uma falta do ângulo esquerdo da área do Chievo e o arqueiro devolveu num salto de felino. Daí, enfim menos empenhada em auxiliar o supercraque a enriquecer a sua estreia, a “Signora” desandou a pressionar como podia, e como deveria. Então, aos 86’, aconteceu um lance bastante polêmico, ultraconfuso e duplamente dramático.

Por cerca de cinco minutos o mediador Pasqua consultou o VAR, o seu colega de vídeo, até anular um gol da Juve, testa de Mandzukic, depois de um choque entre o CR7 e Sorrentino. Infração do português? Não. Na verdade, ele teria ajeitado a bola com o braço canhoto. Talvez. Pouco clara ficou a sua intenção na sucessão das imagens. Tudo ruim para quem sonhava uma inauguração de glória. Até porque o arqueiro, que chegou a desmaiar, saiu de maca. De todo modo, a Juve somaria os seus três pontos aos 93’ quando Alex Sandro cruzou e Bernardeschi, entre os beques, desferiu, 3 X 2. Melhor teria feito o CR7 se não pedisse ao treinador Allegri para principiar a sua carreira na “Senhora” como visitante e aguardasse o combate de casa, dia 24, contra a Lazio.
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