Velho truque de Felipão. Para desviar o foco do fracasso no Grêmio, a Lei da Mordaça. Só ele fala
Depois que vazou, para a imprensa gaúcha, suposto pedido dos jogadores para que o Grêmio ataque, os atletas foram proibidos de falar. Não adiantou nada. Empate vexatório com o Cuiabá. E 23 rodadas na zona do rebaixamento
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Velha tática de Felipão.
Quando os clubes que dirige entram em crise e informações sigilosas, e constrangedoras, chegam à imprensa, a reação das equipes que trabalha é a mesma.
Passa a vigorar a 'lei da mordaça'.
Mordaça é uma tira fina de pano ou corda, usada para evitar que pessoas falem.
Só o técnico pode falar, a partir de ontem, no Grêmio.
Basta lembrar o que o próprio Felipão fez no Palmeiras, em outubro de 2011, proibindo seus atletas de darem entrevista.
O clima ficou ainda mais insuportável.
O time seguiu jogando muito mal.
O clube ficou apenas na 11ª posição. E Felipão encaminhou o rebaixamento para a Segunda Divisão, em 2012. Sendo demitido em setembro daquela temporada.
Felipão repete a dose no Grêmio.
No dia depois que vazou para toda imprensa gaúcha que os atletas se revoltaram e pediram para Felipão deixar o time atacar.
Por coincidência, ou não, a equipe foi diferente ontem contra o Cuiabá.
Mas muito instável, terminou apenas em um melancólico 2 a 2, em Porto Alegre.
O Grêmio chegou a vexatórias 23 rodadas na zona do rebaixamento.
Um recorde negativo na sua história.

Além de decretar a lei da mordaça, Felipão tentou desmentir a informação que, como por encanto, todos os setoristas que cobrem o Grêmio, tiveram.
O pedido para que o técnico deixasse a equipe atacar e parasse com cruzamentos aleatórios à área adversária.
"Primeiro lugar, isso é mentira. Segundo lugar, quem passa esse tipo de coisa para vocês, quem tem esse tipo de atitude é um cafajeste. Nós não tivemos em nenhum momento uma situação diferente de todas as situações que eu presenciei em 50 anos.
"Ou seja, o técnico vai, faz sua palestra, deixa os atletas conversares pois tivemos um problema de relacionamento no jogo contra o Sport, e voltamos, ouvimos algumas colocações. Determinamos que em algumas situações poderíamos fazer isso e para outras, aquilo.
"Quem passa isso para vocês é um mentiroso, cafajeste."
Ficou apenas a versão do treinador.
Já que os jogadores estão obrigados a ficarem mudos para a imprensa.
A tática serve para tentar desviar o foco dos fracassos do time que dirige.
Mas se o Grêmio não reagir, contra o Santos, na Vila Belmiro, Fortaleza, no Ceará, e Juventude, em Porto Alegre, ele terá nova demissão no currículo.
A Lei da Mordaça nunca acabou bem para Felipão...
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