Roger Guedes se vinga, e complica a vida, do time que o desprezou. O Palmeiras
Roger Guedes marcou os dois gols da importante vitória do Corinthians sobre o Palmeiras. Vitória por 2 a 1, justa. E que deu tranquilidade para Sylvinho. Complicou a vida de Abel Ferreira e seu time
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Roger Guedes se vingou do Palmeiras.
O jogador que foi amarrado, humilhado por muitos dos jogadores que seguem no elenco de Abel Ferreira. Ficou sem ambiente no Palestra Itália por bater de frente com líderes como Felipe Melo, apesar do ótimo potencial, foi emprestado para o Atlético Mineiro, foi para a China.
Mas voltou.
Com a camisa preta e branca do maior rival.
E logo no primeiro reencontro com o Palmeiras, na arena corintiana, ele desequilibrou mostrou o quanto foi desperdiçado pelo clube. E marcou os dois gols que deu a vitória importantíssima, pelo aspecto moral, ao time de Sylvinho. Inclusive, tranquilizando o treinador, já ameaçado de demissão.
"(Estou) muito com a vitória, a minha primeira no Corinthians. A gente está entrosando ainda, chegamos para somar, ajudar o máximo possível, sabemos que está montando uma equipe boa. Quem está entrando está ajudando também.
"Estou muito feliz aqui, me acolheram bem, é minha casa. Espero que a gente conquiste coisas grandes no campeonato", disse.
Deixou muito claro na frase 'me acolheram bem, é minha casa'.
O que não aconteceu no Palmeiras.
O destino foi absolutamente irônico em Itaquera.
Roger Guedes fez o seu primeiro gol, depois de jogada excelente de Renato Augusto, que serviu Giuliano, que descobriu o atacante livre, para fuzilar Weverton. E coube ao mesmo Roger Guedes desviar chute forte de Gustavo Menino e oferecer empate ao Palmeiras.
Mas, o melhor, Roger Guedes havia reservado para o segundo tempo. E em uma jogada individual, ele driblou com toda a facilidade Gabriel Menino e acertou chute lindo, indefensável, do lado esquerdo da área, com o pé direito, buscando o ângulo de Weverton.
2 a 1, Corinthians.

O time de Sylvinho pula para 33 pontos. Enquanto o poderoso Palmeiras fica estagnado com 38 pontos, na terceira colocação. O Atlético Mineiro e o Flamengo podem escapar, aumentar a diferença.
Enquanto isso, o clube enfrentará, na terça-feira, o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, pela semifinal da Libertadores. Uma eliminação e a certeza da perda do Brasileiro pode complicar até a situação de Abel Ferreira.
Não há Corinthians e Palmeiras sem consequências.
O treinador português sabia que a partida teria reflexos na Libertadores. Precisava da vitória. Tanto para seguir lutando para tentar encostar no Atlético Mineiro, já disparado, com sete pontos a mais, na primeira colocação e como também fazer seu time ganhar confiança para a semifinal da Libertadores.
E tratou de colocar seu time principal.
Optou por colocar Renan no lugar de Piquerez, lateral esquerdo uruguaio que não se adaptou ainda ao ritmo do futebol brasileiro. A intenção era liberar Gabriel Menino, ala pela direita. Apostou em Gustavo Scarpa e Dudu como meias. Wesley correndo nas costas de Fagner. E Luiz Adriano como pivô, mais enfiado.
O Corinthians respondeu com um 4-5-1 clássico. Com os jogadores compactados, para que Fagner pudesse escapar, com Fábio Santos mais resguardado atrás. Sylvinho colocou seu quarteto vivido e mais talentoso, em posições-chaves. Renato Augusto, Giuliano e Willian para articular as jogadas de ataque. E o empolgadíssimo Roger Guedes para concluir.
O ritmo da partida foi frenético.
Com os dois times precisando da vitória. Não houve enrolação. A busca dos gols foi mútua, deixando o clássico interessante. Apesar de grandes rivais, as equipes queriam a vitória, não discutir, provocar, brigar com o adversário.
E as chances de gols foram surgindo.

A presença do técnico Cantillo, no lugar do marcador Gabriel, suspenso, deu ao Corinthians mais leveza na saída de bola, na articulação dos seus ataques. O time, que ainda luta para se entrosar, enfrentava de igual para igual o semifinalista da Libertadores.
E, aos 19 minutos, Renato Augusto, cada vez melhor, conseguiu dar início, ao lutar muito pela bola, ao primeiro gol corintiano. Ele descobriu Giuliano que serviu o jogador mais obcecado por marcar gols, decidir o jogo. Roger Guedes. Jogando à frente, no lugar que seria de Jô, ele surgiu como centroavante para ter o prazer de marcar contra o seu ex-time, pelo Corinthians.
De esquerda, Roger Guedes marcou 1 a 0.
O gol deu confiança aos corintianos, que subiram a marcação. Passaram a travar as jogadas ofensivas palmeirenses. Destaque negativo foi Luiz Adriano, parado em campo, irreconhecível. Há algo de muito errado com o atacante.
Quando o Corinthians estava merecendo marcar seu segundo gol, veio o empate, injusto, do Palmeiras. Após um escanteio, a bola sobrou para o chute violento de Gabriel Menino. A bola, caprichosa, procurou o pé esquerdo de Roger Guedes, que desviou a trajetória e se afastou de Cássio. 1 a 1, aos 46 minutos.
"Fizemos um primeiro tempo muito bom, conseguimos criar as jogadas e chegar no gol do Palmeiras. Estavamos bem no jogo, foi uma infelicidade sofrer o gol no finalzinho, a bola bate na minha perna", lamentava Roger Guedes.
No segundo tempo, o Corinthians voltou a acreditar que poderia sair com a vitória. Willian crescia na partida, assim como Giuliano. O time de Sylvinho trocava passes rápidos, obrigava o Palmeiras a se defender. Aos 14 minutos, Abel Ferreira tirou Dudu e Luiz Adriano, inoperantes. Os poupou para terça-feira, mas eles atuaram muito mal. Deyverson e Willian tentaram, mas não conseguiram, melhorar o ataque palmeirense.
O segundo tempo tinha menos emoção porque os times estavam cansados.
A partida seguia disputada, com muita luta pela posse de bola. Parecia que caminhava para um empate, até que aos 37 minutos, depois de outro escanteio, Gabriel Veron bateu forte e a bola foi bater no pé da trave de Cássio.
Só que no minuto seguinte, Roger Guedes pôde expor seu lado vingador.
Em uma ótima arrancada pela esquerda, ele driblou como quis Gabriel Menino.
E bateu com convicção.
Venceu o goleiro da Seleção Brasileira, Weverton.
Marcou o segundo gol, aos 38 minutos.
A comemoração foi enorme, misturava alegria com um banho de autoestima.
Gosto de vingança pela falta de cuidado com que foi tratado no Palmeiras.
Marcou o segundo gol corintiano.
E deixou seu ex-time em uma situação ruim.
Abalado psicologicamente para o confronto decisivo da semifinal da Libertadores.
Abel Ferreira colocou seus principais jogadores para vencer.
Não para perder do maior rival.
E perder a confiança para Belo Horizonte.
Mas foi o que o Corinthians fez.
Pelos pés do desprezado Roger Guedes...
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