Richarlison desafia Mbappé pela artilharia da Copa. O duelo mais inusitado no Catar
O brasileiro precisará marcar dois gols hoje, para alcançar o francês. "Eu vim para ser campeão do mundo. E artilheiro da Copa. Eu tenho os melhores companheiros em campo. Que qualquer um", aposta
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Doha, Catar
Depois do encontro inusitado com seu maior ídolo no futebol, que o fez prometer no ar que cortará o cabelo no estilo do Cascão e em compensação foi obrigado a fazer a dança do pombo, Richarlison e Ronaldo Fenômeno conversam rápido. Fora das câmeras.
E o ex-melhor do mundo foi claro: disse ao atacante de Tite que a artilharia da Copa do Mundo do Catar tem "tudo" para ser dele. Pelo poder de definição, velocidade, técnica e personalidade com que enfrenta os adversários.
Resumindo, dá para passar Mbappé.
Richarlison ficou ainda mais empolgado.
E ele passou a treinar focado em aproveitar ainda mais os arremates, a correr com mais vibração, convicção. Certo de que pedirá ainda mais as bolas a Neymar, Lucas Paquetá, Raphinha e Vinicius Junior para finalizar.
"Eu me sinto confiante. Tenho os melhores companheiros que um atacante pode ter. Eles me dão opções, tanto em tabelas, enfiadas de bola ou cruzamentos. Essas opções é que desnorteiam as defesas adversárias.
"Vim para a Copa do Mundo para ajudar a minha seleção. E também ser artilheiro. Isso está muito claro para mim", assume Richarlison.
Ou seja, a guerra com o badalado Mbappé, com cinco gols, está declarada.
O capixaba de Nova Venécia até abre os olhos empolgados quando fala sobre o seu momento de empolgação na seleção.
"Nunca joguei em um time tão ofensivo e com tanta variação tática na frente. Eu sinto que terei chances e vou buscar fazer muitos mais gols do que os três que eu fiz. Estou vivendo mesmo uma fase confiante. Mas ela não vem do nada. E sim do meu time, do meu técnico."
Richarlison sabe muito bem quanto Fred e Gabriel Jesus foram massacrados nas últimas Copas do Mundo. A camisa 9 parecia amaldiçoada. O ex-atacante do Fluminense marcou um gol no Brasil. E Gabriel Jesus, zerado, da Rússia.
"Não importa o que o jogador faça para o time. Mas se o camisa 9 não marcar, seu trabalho parece que foi um fracasso. Tem um pouco disso, sim. Eu procuro fazer primeiro a minha missão tática. Depois pensar nos gols, que é a minha função principal."
Richarlison faz questão de integrar causas sociais. 10% de seu salário no Tottenham é destinado a um instituto que trata de pessoas com câncer.
O Instituto Padre Roberto Lettieri, no Hospital do Amor, em Barretos.
'Muita gente não sabe. No Brasil eu tenho uma casa em Barretos onde tem um hospital de câncer. Tem uma casa lá para ajudar as pessoas que não têm grana para poder ficar lá. Então ali eles têm comida de graça, têm tudo de graça. 10% do meu salário vai para lá para ajudar essas pessoas", revela o jogador.
Decidiu 'adotar' uma onça para divulgar o Instituto Onçafari, do Pantanal, que cuida da preservação desses animais.

Ele não se nega a discutir nenhum assunto que envolva causas sociais, política.
Mas na Copa do Mundo tem se preservado, ficado focado.
"O torneio passa muito rápido. O foco tem de ser aqui. Depois há muito que fazer pelo mundo. Mas agora é a principal competição de futebol do planeta. E eu tenho uma missão muito especial a cumprir pelo meu país.
"A melhor maneira de ajudar é dar de tudo para tentar ser campeão do mundo. E ainda artilheiro. É só nisso que vou pensar até o final da Copa do Mundo. Porque o Brasil vai chegar lá. E eu também vou chegar onde quero", promete, empolgado.
Querendo muito cortar o cabelo Cascão para cumprir a promessa feita ao seu ídolo maior, Ronaldo. Em 2002, o Fenômeno marcou oito gols.
"Número eu não sei, mas que vou dar tudo para ser artilheiro desta Copa, ah, eu vou dar. Pode contar", diz, assumindo a missão de passar Mbappé.
Há 20 anos, o Brasil não tem o artilheiro da Copa.
E foi justamente o ídolo de Richarlison, Ronaldo...
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