Pedro que se prepare para a reserva. Com Sampaoli, nos jogos difíceis ou decisões, só Gabigol. Ele já o queria no Sevilla
O novo treinador do Flamengo vai direto ao ponto. Deixa claro que Gabigol e Pedro, só às vezes. Nada de dois definidores, referências, atuando juntos, como nos tempos de Dorival. Inglaterra pode ser a saída para Pedro
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Pedro mudou.
Desde que decidiu voltar ao futebol brasileiro, depois da frustrante saída do Fluminense para a Fiorentina, e escolheu o Flamengo, sabia que teria como companheiro outro artilheiro, Gabigol.
Foi convencido pelos dirigentes de que eles fariam uma "dupla histórica".
Mas, desde 2019, o mesmo dilema.
Ou joga um ou joga o outro.
A prioridade absoluta sempre foi Gabigol.
Só com Dorival Júnior os dois puderam conviver em paz e bem.
Mérito do técnico, que convenceu Gabigol a atuar como meia.
Só que, com a saída de Tite da seleção, a situação mudou.
Gabigol não vê mais sentido ficar longe da grande área e ter muito menos chances de marcar.
Ele é o maior ídolo do Flamengo.
Ficar contra ele nunca foi escolha para treinador algum.
Pedro é considerado "dócil" demais na Gávea.
Embora artilheiro, suportou perder a Olimpíada de Tóquio e quase perdeu a Copa de 2022 por conta de a direção rubro-negra ter negado a liberação do atacante para a CBF.
Gabigol não foi para o Mundial, apesar de ter sido o jogador que mais marcou gols entre a competição na Rússia e do Catar.
Decidiu que não perderá a Copa dos Estados Unidos. E o primeiro passo é ser o artilheiro dos torneios disputados no Brasil.
Já tinha tido uma conversa franca com Vítor Pereira, antes de assumir publicamente que preferia disputar a posição com Pedro do que ficar longe do gol adversário.
Vítor Pereira caiu.
O treinador do sub-20, Mario Jorge, tentou colocar os dois juntos em Maringá, com revezamento durante a partida, de quem ficaria como centroavante.
Foi um fracasso.
E já estava decidido a pôr Pedro na reserva, contra o Coritiba, quando Jorge Sampaoli foi contratado pela direção.
O treinador argentino assumiu e quis saber como o Flamengo jogaria.
E não criou obstáculo para a equipe atuar como Mario Jorge havia decidido.
Gabigol estava dez partidas em jejum.
Marcou o seu, na vitória por 3 a 0.
De pênalti, mas fez.
Colocou Everton Cebolinha como titular, pela direita, o jovem Matheus França pela esquerda. E flutuando, como gosta, Gabigol.
Pedro entrou no segundo tempo, na vaga de Gabigol, e ainda marcou o seu gol.
Mesmo "dócil", foi claro ao resumir a situação de ter sido reserva.
"Para ser sincero, respeito sempre a decisão do teinador, mas não concordei, pelo que venho fazendo no Flamengo desde o ano passado, e neste ano também venho tendo bom desempenho."
Se esperava apoio de Jorge Sampaoli, Pedro tem motivos para se preocupar.
"Pedro e Gabigol, jogaram muito bem juntos com Dorival. Então, é definir que cada jogo é diferente e que algumas vezes podem ser.
"Outras vezes, não."
Simples assim.
E a escolha de Sampaoli recairá sobre Gabigol.
"Enfrentei Gabigol no Santos e no Flamengo, quando estava no Atlético Mineiro, e sofremos muito. Reconheço a capacidade de gols que ele tem e recomendei sua contratação ao Sevilla. Mas não foi possível", lamentava.
Pedro já tem sondagens reais do futebol inglês.
Assim como Gabigol, ele também sonha com valorização e disputa do Mundial dos Estados Unidos, já que no do Catar foi muito mal.
Sampaoli já enfrentou discussões com jogadores importantes.
A principal foi com Messi, em plena Copa do Mundo da Rússia.
Taticamente, o time de Sampaoli costuma ter apenas um jogador de referência no ataque, de privilégio em campo. Os demais precisam se movimentar constantemente. Principalmente na saída de bola do adversário.
E está claro.
Entre Gabigol e Pedro, nada dos dois contra adversários importantes, fortes.
Será Gabigol.
Pedro que se acostume com a reserva.
Ou procure outro clube...
Invasão gringa! Quem são os técnicos estrangeiros da Série A do Brasileirão
Após dez rodadas do Campeonato Brasileiro, começou a "dança das cadeiras" dos treinadores. Eduardo Coudet e António Oliveira deixaram os comandos de Atlético-MG e Coritiba, respectivamente. Agora, os "gringos" são minoria em comparação com os brasileir...
Após dez rodadas do Campeonato Brasileiro, começou a "dança das cadeiras" dos treinadores. Eduardo Coudet e António Oliveira deixaram os comandos de Atlético-MG e Coritiba, respectivamente. Agora, os "gringos" são minoria em comparação com os brasileiros na elite do país