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Invasão de vândalos para bater em jogadores. Faca no gramado. Festa do Palmeiras pela final poderia ter sido trágica

O Palmeiras venceu o São Paulo por 1 a 0, e está na decisão da Copa São Paulo contra o Santos. Pode acabar com tabu de 51 anos. Mas a vitória teve direito à invasão de vândalos. E até uma faca surgiu no gramado

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Árbitro com a faca que foi encontrada no gramado, depois da invasão dos vândalos. Absurdo
Árbitro com a faca que foi encontrada no gramado, depois da invasão dos vândalos. Absurdo Árbitro com a faca que foi encontrada no gramado, depois da invasão dos vândalos. Absurdo

São Paulo, Brasil

Era para ser uma festa do futebol.

Semifinal da Copa São Paulo de 2022.

Envolvendo dois gigantes do futebol brasileiro. Dois rivais. São Paulo e Palmeiras. Duas equipes invictas, fortes, com jogadores promissores, observados por Rogério Ceni e Abel Ferreira. Alex, ídolo palmeirense, como treinador do São Paulo. Erickson, de 15 anos, observado por representantes do Barcelona, Real Madrid, Manchester City.

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Como o São Paulo havia vencido todos seus jogos e o Palmeiras empatado um, o mando era do time tricolor. Ou seja, na Arena Barueri, só torcedores são paulinos.

Para 'evitar tumulto', houve cobrança de ingressos. Só quem pagou entre R$ 30,00 e R$ 40,00 pôde assistir ao jogo.

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O fato de o Palmeiras jamais ter vencido a 'Copinha', nas 51 edições anteriores era o grande atrativo.

Ao marcar aos quatro minutos, Giovanni trouxe tensão nas arquibancadas de Barueri. E a postura séria, de marcação firme, sólida de equipe de Paulo Vitor Gomes, irritava os torcedores. Se o São Paulo foi mal no primeiro tempo, no segundo, sufocou o Palmeiras. Mas não conseguia empatar. 

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Torcedor do São Paulo tenta agredir jogador do Palmeiras. Situação inaceitável
Torcedor do São Paulo tenta agredir jogador do Palmeiras. Situação inaceitável Torcedor do São Paulo tenta agredir jogador do Palmeiras. Situação inaceitável

No segundo tempo, domínio total do time de Alex. Mas aos 27 minutos, a primeira invasão. Identificado na súmula do árbitro. Williams Cristiano da Silva.

Nos minutos finais, os palmeirenses faziam cera, queriam que o jogo acabasse.

Tales havia acabado de acertar a trave, quase empatando a partida, aos 50 minutos.

Logo em seguida, absurdo aconteceu.

"Aos 45 +5 minutos do segundo tempo paralisei a partida devido a invasão de torcedores da equipe do São Paulo F.C, sendo identificados pelo JECRIM os seguintes torcedores: Sr. Gabriel Bazarello Caires de Jesus, RG 52.277.200-6, que chegou a atingir com uma peitada e um empurrão o atleta de n. 04 da equipe do S. E. Palmeiras sr. Lucas de Freitas Molarinho Chagas; o sr. Fábio Cristiano da Silva. RG: 44.183.013-4; e mais um torcedor, que não pôde ser identificado. Os mesmos foram contidos pelos atletas do São Paulo FC e pelo policiamento", escreveu o juiz, na súmula.

Dois torcedores invadiram o gramado para agredir palmeirenses. Dois deles conseguiram. E os empurraram, xingaram. 

Seriam mais, se não fossem os jogadores do próprio São Paulo contê-los.

Enquanto isso, uma chuva de pedaços de assentos, chinelos e copos plásticos saía da arquibancada para o campo de jogo.

Mas eis que surgiu uma faca no gramado.

De acordo com o fraco árbitro Matheus Delgado Candaçan colocou no súmula que ela teria sido atirada da arquibancada.

De qualquer maneira, a tragédia poderia ter acontecido em Barueri, se essa faca estivesse nas mãos de qualquer um dos invasores que entravam em choque com os jogadores do Palmeiras.

A revista da Polícia Militar, de um evento pago, falhou de forma assustadora.

O juiz Matheus Candançan poderia alegar falta de segurança, por conta da invasão, com direito à faca. Mas se omitiu. O Palmeiras, poderia não querer voltar à partida, depois do que seus jogadores viveram e estiveram expostos. Mas teve dignidade. E o jogo foi disputado até o final, com o São Paulo sufocando, mas não conseguindo o empate.

Os jogadores do São Paulo contiveram mais vândalos que invadiram o gramado. Surreal
Os jogadores do São Paulo contiveram mais vândalos que invadiram o gramado. Surreal Os jogadores do São Paulo contiveram mais vândalos que invadiram o gramado. Surreal

Depois de 19 anos, o Palmeiras volta à final da Copa São Paulo. Será sua terceira decisão. Com chance de terminar o jejum de 51 anos de competição.

Será o cenário pronto para uma festa apoteótica. No Allianz Parque, na terça-feira, aniversário de São Paulo.

Mas a segurança precisa ser redobrada e muito mais séria, firme do que foi em Barueri. O Santos tem um ótimo time e pode vencer a decisão. 

O futebol brasileiro começa 2022 de forma empolgante, com equipes sub-20 jogando de maneira moderna, com muita variação tática, intensidade. 

Mas fora de campo segue o atraso.

Sem detectores de metais no estádio e com revistas muito mal feitas nos torcedores, principalmente nas organizadas. Esta falta de cuidado que explica a presença de uma faca no gramado de Barueri, ontem.

Para completar, os vândalos que invadiram o campo devem ter penas exemplares. Até para coibir futuras novas invasões.

A vitória do Palmeiras, a perspectiva de uma grande final diante do Santos, a chance de acabar ou não um tabu de 51 anos, deveriam estar nas manchetes dos portais, nos programas de tevê, nos jornais.

A faca na mão do árbitro de São Paulo e Palmeiras. Imagem absurda
A faca na mão do árbitro de São Paulo e Palmeiras. Imagem absurda A faca na mão do árbitro de São Paulo e Palmeiras. Imagem absurda

Não uma faca no gramado, em uma semifinal do maior torneio de futebol de base do Brasil. Transmitido para todo o país.

O que aconteceu ontem em Barueri passou de todos os limites.

Que a lição seja aprendida de vez...

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