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Corinthians apela para o 'plano E', a quinta opção, e contrata Luxemburgo. Técnico fará 71 anos e acumula 15 demissões seguidas

Técnico estava sem trabalhar desde outubro de 2021. Depois das recusas de Tite, Mano Menezes e Vojvoda e da rejeição a Roger Machado, pressionado, Duilio aposta no veterano técnico indicado por Andrés Sanchez. Puro amadorismo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Tite era a prioridade, o 'plano A'. Depois, Mano, Vojvoda, Roger Machado. Luxa foi o 'plano E'
Tite era a prioridade, o 'plano A'. Depois, Mano, Vojvoda, Roger Machado. Luxa foi o 'plano E' Tite era a prioridade, o 'plano A'. Depois, Mano, Vojvoda, Roger Machado. Luxa foi o 'plano E'

São Paulo, Brasil

26 de novembro de 2021.

Vanderlei Luxemburgo anuncia, orgulhoso, sua renovação de contrato com o Cruzeiro, até o fim de 2022.

28 de dezembro de 2021.

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Ronaldo, dono de 90% das ações do Cruzeiro, e que já trabalhou com o treinador na seleção brasileira e no Real Madrid, anuncia: o contrato de Luxemburgo está desfeito. Não quis seguir com o treinador por não acreditar na atualização do técnico, então com 69 anos.

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Sem convites para seguir trabalhando, Luxemburgo anunciou que seria candidato ao Senado por Tocantins. Filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro. Mas acabou sendo preterido pelo partido, que preferiu dar sua vaga ao ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha.

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Amastha perdeu a eleição, ficou em terceiro lugar. Perdeu a vaga no Senado para a Professora Dorinha, do União Brasil.

Luxemburgo ficou à espera de convites de clubes. Como não trabalhava desde dezembro de 2021, foram 17 meses desempregado. Um ano e cinco meses.

Enquanto isso, a direção do Corinthians colecionava vexames. Depois de ter sido enganada por Vítor Pereira, que falou que abandonaria o clube para tratar da saúde da sogra em Portugal e foi para o Flamengo, recebeu a primeira negativa de Tite.

Contratou, por indicação do então treinador da seleção, o novato Fernando Lázaro. Que demitiu. Procurou Tite novamente, ouviu o segundo não. Então contratou Cuca, condenado a 15 meses pelo estupro de uma menina de 13 anos. 

Cuca pediu demissão depois de duas partidas, por pressão da mídia, que levantou detalhes do terrível caso envolvendo a condenação, por estupro, dele e de mais três jogadores do Grêmio, em 1989.

O presidente Duilio Monteiro Alves ouviu o terceirão não de Tite. E buscou Mano Menezes, no comando do Internacional, outro não. Nem externou ao argentino Vojvoda o interesse pelo seu nome, por receber recado de que ele não abandonaria o Fortaleza.

Inseguro, o dirigente deixou vazar o nome do desempregado Roger Machado. Rejeição enorme, pelos fracos trabalhos. Principalmente das organizadas, cada vez com mais poder nessa atual diretoria.

Durante toda a carreira, Luxemburgo jogou com documentos falsos, que diminuíam três anos na sua idade
Durante toda a carreira, Luxemburgo jogou com documentos falsos, que diminuíam três anos na sua idade Durante toda a carreira, Luxemburgo jogou com documentos falsos, que diminuíam três anos na sua idade

Duilio soube que o ex-jogador Danilo, técnico do Sub-20 e que foi interino contra o Palmeiras, não poderia comandar a equipe diante do Independiente del Valle, nesta terça (2), partida fundamental para o clube sobreviver na Libertadores.

O motivo: não ter a licença PRO da CBF para comandar o clube em competições internacionais. O clube passaria o vexame de apelar a Fernando Lázaro, que foi demitido e passou a ser auxiliar técnico "para aprender".

Foi então que, depois de analisar as opções do mercado, Duilio decidiu aceitar a sugestão de seu mentor, Andrés Sanchez: apostar em Vanderlei Luxemburgo, que completará 71 anos daqui a nove dias.

Mesmo tendo sido um treinador importante na década de 1990 e início dos anos 2000, Luxa acumula nada menos do que 15 demissões seguidas desde 2007.

Só conquistou três estaduais nestes últimos 15 anos. Pelo Atlético Mineiro, pelo Sport e pelo Palmeiras, em 2020, tendo sido mandado embora com a chegada de Abel Ferreira.

Andrés Sanchez, seu maior defensor, como "plano E", depois de Tite, Mano Menezes, Vojvoda, Roger Machado, acredita no poder motivador de Luxemburgo.

Ronaldo fez questão de não seguir com Luxemburgo no Cruzeiro em 2022. Conceitos ultrapassados
Ronaldo fez questão de não seguir com Luxemburgo no Cruzeiro em 2022. Conceitos ultrapassados Ronaldo fez questão de não seguir com Luxemburgo no Cruzeiro em 2022. Conceitos ultrapassados

Não recomendou a Duilio um contrato maior do que um "de risco", de sete meses, até dezembro de 2023. E sem multa rescisória, caso o treinador mostre não ter fôlego para fazer o Corinthians caminhar na Libertadores, na Copa do Brasil e no Brasileiro.

O comando das organizadas, principalmente da Gaviões da Fiel, se entusiasmou com o treinador. Nos clubes pelos quais passou, Luxa costumava aceitar encontros com os torcedores organizados.

Duilio tinha a certeza de que Luxemburgo aceitaria.

E ele aceitou.

Está de volta depois de 22 anos.

Será o treinador mais velho na elite do futebol brasileiro.

Mas garante que tem energia para seguir trabalhando.

Inclusive fez questão de avisar que estava pronto para treinar o time hoje à tarde.

E amanhã comandar a equipe contra o Independiente del Valle, em Itaquera.

Nos últimos trabalhos, Luxemburgo mostrou fragilidade tática, com conceitos ultrapassados, montando equipes espaçadas, sem entender a necessidade de intensidade na marcação, no ataque e, principalmente, na recomposição.

Também acumulou problemas com jogadores que se tornaram muito mais fortes no relacionamento com os clubes, não aceitando gritos e socos na mesa como cobranças.

Fora as demissões por tentar desafiar dirigentes publicamente.

Luxemburgo também foi condenado pela Justiça eleitoral de Tocantins, em 2012, e ficou inelegível por oito anos. O motivo: tentar se inscrever como eleitor de Palmas sem ter endereço fixo na cidade. 

O técnico também confirmou na CPI, em 2000, que jogou durante toda a carreira com documentos falsos. Atuou com três anos a mais do que os registrados em sua carteira de identidade. Inclusive pela seleção brasileira de base.

A aposta no "plano E" nasce no desespero.

No improviso de Duilio Monteiro Alves.

Para Luxemburgo, a proposta caiu do céu.

Ele não era sondado nem por clubes da Série B.

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