Paralimpíada: Atleta afegã estreia após saída secreta do país
Diversos países ajudaram Zakia Khudadadi a sair de Cabul, hoje controlada pelo Talibã, para competir nos Jogos Paralímpicos
Olimpíadas|Do R7

A afegã Zakia Khudadadi competiu nos Jogos Paralímpicos nesta quinta-feira (2) e se tornou a primeira mulher de seu país disputar uma Paralimpíada desde Atenas 2004. Para isso, a atleta de taekwondo contou com um esforço internacional secreto para ajudá-la a sair de Cabul, hoje controlada pelo Taliban.
A esportista de 22 anos e seu compatriota Hossain Rasouli chegaram a Tóquio no sábado via Paris depois que Khudadadi gravou um vídeo apelando por ajuda para deixar a capital do Afeganistão na esteira da chegada do Talibã ao poder.
Nesta quinta-feira, Khudadadi entrou na arena de competição Makuhari Messe de Chiba usando um hijab branco para a primeira luta da estreia paralímpica do esporte. Ela foi a segunda mulher a competir por seu país na Paralimpíada, que começou em 1960.
Khudadadi não falou aos repórteres depois de suas duas lutas, que perdeu. Rasouli competiu no salto à distância masculino na terça-feira. Os dois atletas disseram não querer conversar com a mídia.
"Preocupo-me com a situação no Afeganistão, mas estou muito contente de ela ter conseguido vir e competir comigo", disse a ucraniana Viktoriia Marchuk aos repórteres depois de derrotar Khudadadi na repescagem.
Não ficou claro de imediato o que os atletas afegãos pretende fazer após a Paralimpíada, mas Alison Battisson, da entidade Human Rights for All, que se envolveu em sua retirada, disse à Reuters que a Austrália lhes concedeu vistos humanitários.
No vídeo de 17 de agosto, Khudadadi disse: "Não quero que minha luta seja em vão e sem qualquer resultado."
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Em 2016, o Murtaza Ahmadi, do Afeganistão, ganhou as manchetes do mundo inteiro ao viralizar nas redes sociais vestindo uma camisa improvisada do craque Lionel Messi, feita com uma sacola plástica. Cinco anos depois, o menino, que hoje tem 10 anos de idade, vive na capital Kabul, ao lado de sua família, e teme pela vida após o Talibã assumir o poder no país