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Rei do Futsal, Falcão se despede com vice na derrota para Corinthians

Eterno camisa 12 marcou gol na decisão da Liga Paulista, mas não conseguiu fazer com que Magnus passasse de 0 a 0 na prorrogação, no Parque São Jorge

Mais Esportes|André Avelar, do R7

Falcão marcou gol, mas não evitou vice-campeonato do Magnus Sorocaba
Falcão marcou gol, mas não evitou vice-campeonato do Magnus Sorocaba Falcão marcou gol, mas não evitou vice-campeonato do Magnus Sorocaba

Em 28 de agosto de 1977, Edson Arantes do Nascimento pendurava as chuteiras definitivamente. Mais de 41 anos depois, nesta quinta-feira (6), no Parque São Jorge, pela final da Liga Paulista, Alessandro Rosa Vieira também se despediu. Esses, reis Pelé e Falcão, deixaram saudades nos súditos do futebol e do futsal.

Falcão, aos 41 anos, se aposentou com o vice-campeonato do Magnus Sorocaba, diante do Corinthians. O time do interior de São Paulo venceu por 5 a 3 no tempo normal, mas ficou no empate sem gols na prorrogação e viu o rival comemorar o título em casa. Pelé deu adeus aos gramados sem marcar gol, mas com vitória e título do New York Cosmos sobre o Seattle Sanders, na final da NASL (a principal liga norte-americana na época). De todo modo, Falcão ainda pode dizer que marcou no último jogo, coisa que Pelé não fez.

Falcão veste camisa do Corinthians antes de final da Liga Paulista

O eterno camisa 12 é jogador mais vitorioso da história do futsal e — começou a jogar quando o esporte ainda era quase uma versão reduzida do futebol e se chamava puramente 'futebol de salão' — colecionou inúmeros títulos ao longo da carreira. Não se cansou de dizer que ‘não faltou nada’ em 25 anos de profissional.

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Com a seleção brasileira, Falcão foi campeão do Mundial (2008 e 2012), do Grand Prix (2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2011, 2013, 2014 e 2015) e do Pan-Americano (2007). Por clubes, outra infinidade de títulos como os do Intercontinental (2016 e 2018) e os da Libertadores (2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2015) para citar apenas os internacionais.

Árbitro se machuca no adeus de Falcão e dirigente ataca organização

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Hoje reserva, ainda com o mesmo fino trato com a bola, mas já sem a mesma velocidade, Falcão entrou pela primeira vez em quadra a 12 minutos do fim do primeiro tempo. Não demorou muito e acertou um chute preciso para marcar 3 a 1 para a equipe do interior de São Paulo. Na torcida? Aquele misto de tristeza e mãos cobrindo a boca para comentar com o amigo na arquibancada:

“Vimos um gol do Falcão”, disse um torcedor corintiano. “Só espero que seja o último”, brincou, antes do fim do primeiro tempo.

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A falta de uma carreira na Europa, aliás, por onde os clubes são mais bem desenvolvidos é a grande crítica que se faz ao ídolo. Talvez tanto quanto como aconteceu com Pelé. Em outros tempos, a provocação já incomodou o astro, que também quatro vezes melhor do mundo pela Fifa (2004, 2006, 2011 e 2012). Nos últimos anos, principalmente depois dos mundiais com a camisa verde-amarela, passou a se apegar no apoio da torcida.

Tal 'apoio' inclusive da torcida adversária. Antes mesmo de a bola rolar para a decisão, o jogador vestiu uma camisa do Corinthians com o número 12 às costas. A homenagem era para os primeiros anos de profissional. Apenas craques de tamanho gabarito se dão ao luxo de tal atitude sem sofrer represálias da própria torcida ou clube. Para não parar por aí, Falcão já se declarou inúmeras vezes santista.

O segundo tempo foi ainda mais pegado. Das confusões causadas pelo Corinthians não querer jogar uma final com uma bola com detalhes em verde (teve de ser substituída por uma com detalhes em laranja), às provocações aos torcedores adversários que deixaram o ginásio Wlamir Marques ensurdecedor, passando pelo árbitro que teve de ser substituído. Tudo deixava o ambiente do jeito que Falcão mais gostava.

A estratégia de jogar com o goleiro-linha Renatinho a partir do décimo minuto do segundo tempo ajudou o Corinthians a diminuir o prejuízo. A equipe terminou a segunda etapa perdendo por 5 a 3. Como havia vencido o primeiro jogo, a partida foi decidida na prorrogação. Como precisava da vitória, até Falcão virou goleiro-linha. Para piorar para o Magnus, Eder Lima foi expulso e a equipe não teve mais reação.

Ao melhor estilo corintiano, com o sofrimento do fim, o time conseguiu segurar o empate sem gols, o suficiente para ficar com o título. Na comemoração, a torcida invadiu a quadra para fazer a festa com os jogadores. Houve uma pequena correria, mas foi naturalmente controlada. Do lado derrotado, Falcão se emocionou.

Agora, o Rei Falcão está pronto para curtir a aposentadoria. Isso sem nunca mais perder a majestade.

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