Promessa do surfe feminino, Yasmin Neves concilia diversão nas ondas com vontade de vencer
Nascida em São Sebastião, a jovem de 18 anos se espelha em grandes nomes para trilhar seu próprio caminho no esporte
Mais Esportes|Ana Luiza Pêgo*, do R7

A "Tempestade Brasileira" no surfe também é feminina. O Brasil Surf Tour (BST), que tem início neste fim de semana na praia de Maresias, em São Sebastião (SP), e termina em 13 de novembro na Praia Grante, em Ubatuba, terá pela primeira vez na história do surfe profissional paulista uma categoria para mulheres.
Yasmin Neves é uma das surfistas que vai competir nessa primeira edição. Filha de Zé Paulo, vice-campeão brasileiro da modalidade e atual presidente da SPSurf (Federação de Surf do Estado de São Paulo), a jovem de 18 anos não se amedronta com a pressão da carreira do pai.
"As vezes é complicado separar o pai do técnico, mas estamos sempre tentando estabelecer um limite entre essas duas relações, para não misturar as coisas", confessou a surfista.
A surfista conta que a carreira começou, de fato, aos 12 anos. A decisão de seguir na modalidade foi justamente por conta do pai, que apoiou a filha desde sempre.
"Desde que nasci vivo no meio do surfe, graças aos meus pais que sempre amaram e viveram esse lifestyle que o surfe oferece", disse a atleta. "Meu maior objetivo é pegar boas ondas e fazer meu surfe, acredito que a melhor forma das coisas acontecerem, é deixá-las fluir e pensar em uma bateria de cada vez."

Porém, não criar grandes expectativas não quer dizer que a surfista não esteja se dedicando. Por ser um grande campeonato, Yasmin confessa que a preparação tem sido "forte e intensa". Entre as etapas no litoral norte de São Paulo, o BST ainda passa por Itacaré, na Bahia e Baía Formosa, no Rio Grande do Norte.
Oportunidade para as mulheres
A atleta vê o campeonato como uma nova "oportunidade de evolução do surfe feminino". Sendo a primeira vez que a categoria feminina aparece em competições profissionais no estado, Yasmin se mostra confiante sobre futuro da modalidade.
"Um grande avanço que tivemos nesta modalidade foi quando a WSL (World Surf League) igualou os prêmios das categorias feminina e masculina. Ainda temos muito o que evoluir, mas sinto que essa nova geração vem muito forte e para ficar, além do mercado, que eu acredito ser tão forte quanto o masculino”, comentou.

Sobre os ídolos na profissão, Yasmin responde que no surfe masculino é Andy Irons, no feminino, Bethany Hamilton.
"Andy Irons é minha referência pelo surfe muito forte, moderno e, sem dúvidas, único. Desde pequena assisto os vídeos para inspirar minhas sessões”, disse a atleta.
Já Bethany Hamilton é referência pela história de superação na carreira. Aos 13 anos, a surfista foi atacada por um tubarão e perdeu o braço no acidente. Porém, mesmo assim, a atleta se recuperou e hoje, consegue surfar com pranchas regulares, em tamanho padrão.
*Estagiária do R7, sob supervisão de André Avelar
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Campeões mundiais, primeiro medalhista olímpico da história do esporte e novo circuito nacional. Na última década, o Brasil se tornou 'o país do surfe' e atletas como Lucas Chumbo, Gabriel Medina, Italo Ferreira e Tati Weston-Webb brilham pelo mundo. T...
Campeões mundiais, primeiro medalhista olímpico da história do esporte e novo circuito nacional. Na última década, o Brasil se tornou 'o país do surfe' e atletas como Lucas Chumbo, Gabriel Medina, Italo Ferreira e Tati Weston-Webb brilham pelo mundo. Tudo indica que a nova geração da 'Brazilian Storm', a tempestade brasileira como a mídia internacional chama os atletas do país, vai manter esse legado de sucesso. Confira algumas promessas do surfe para ficar de olho: