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De mãos atadas, CBB aposta nos clubes para reerguer o basquete brasileiro

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A seis meses do fim de seu mandato, o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Carlos Nunes, se diz de mãos atadas diante da crise no basquete feminino, mas confia no crescimento da categoria com ajuda da Liga Nacional de Basquete (LNB). A Liga organiza a competição feminina desde a última temporada.

Qual avaliação o senhor faz do desempenho do Brasil no Rio-2016?

Evidentemente que há uma decepção porque esperávamos mais. Mas dessas circunstâncias que o esporte produz, não tivemos sorte naquela última bola, por exemplo, diante da Argentina (masculino). É do jogo. Não dá para culpar A, B ou C. Não deu.

Quando falamos de seleção, se pensa no masculino. Mas o feminino está em situação pior. Como mudar esse cenário?

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A CBB não pode fazer nada. O feminino são os clubes, eles que precisam trabalhar. Estou otimista porque a LNB assumiu o controle da liga feminina. O modelo será o mesmo implementado no masculino. Hoje, poucos clubes abraçam o feminino. Tenho certeza de que agora, na mão da LNB, a situação vai melhorar.

Qual foi o peso do movimento encabeçado por Americana (liderou boicote no evento-teste por mudança na gestão do basquete feminino da CBB) no desempenho da seleção?

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Não influenciou. Essa situação só serviu de lição. Se esse grupo tivesse vindo falar comigo, teríamos feito outra estratégia, mas o time foi direto na imprensa, com quatro pedras na mão, e nos deixou sem alternativa. Não há o mesmo problema com a liga masculina porque há entrosamento, há conversa. Isso faltou nesse caso.

A seleção feminina tem condições de reagir? Ou a geração como a de Hortência, Paula, Janeth nunca mais vai existir?

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Nunca é uma palavra forte. Pode demorar. Não tenho estimativa de quanto vai demorar, mas sei que temos de trabalhar bastante. Volto a dizer que tenho esperança que na próxima edição da liga feminina vão surgir novas atletas para formamos uma seleção.

Além da LNB, não há mais nada o que fazer para ajudar no crescimento do feminino?

O Ministério do Esporte precisa aprovar projeto que enviamos para ajudar as federações. Elas precisam muito de apoio financeiro. As ligas conseguem diminuir os custos e isso pode gerar filiações de novos clubes. Hoje isso não acontece porque há um custo de inscrição, arbitragem, deslocamento, além do plantel. Com mais equipes, teremos uma seleção estadual mais forte e, logo, mais opções para formar uma seleção.

O senhor tem mais seis meses no cargo. O que fazer para entregar uma confederação em melhores condições?

Nossa dívida é de R$ 10 milhões. Temos auditoria interna, externa, feitas pelo COB e Ministério do Esporte. Estamos em processo de enxugamento. Existe uma ação da CBB contra a Eletrobras de R$ 21 milhões e vamos tentar acordo, já que, na Justiça, tudo se prolonga. Nosso marketing também tem nos passado coisas positivas. Estamos forçando para fechar patrocínio antes da eleição, até porque o presidente só será conhecido em 31 de março. A CBB terá solução. O próximo presidente terá trabalho. Mas temos o produto.

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