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Briga generalizada toma conta do gramado e clássico é suspenso em Israel

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Jerusalém, 4 nov (EFE).- O clássico de segunda-feira do Campeonato Israelense entre Hapoel e Maccabi em Tel Aviv, empatado em 1 a 1, precisou ser suspenso depois que uma briga generalizada tomou conta do gramado do estádio Bloomfield. A imprensa classificou nesta terça-feira como "vergonha" e "noite mais fatídica da história do futebol em Israel" as agressões que protagonizadas no estádio depois que o meia Eran Zahavi, ex-jogador do Hapoel, empatou a partida com um gol de pênalti e provocou a torcida da casa. Aos 33 minutos do primeiro tempo, um torcedor sem camisa invadiu o campo e agrediu o jogador, que revidou com um chute na altura da cintura. Após a troca de golpes, o árbitro Roei Reinshriber expulsou Zahavi com um cartão vermelho direto. Indignado, o jogador pediu aos companheiros de equipe para abandonarem o gramado, o que não ocorreu. Os jogadores permaneceram em campo e a partida foi retomada com Zahavi escoltado pela polícia aos vestiários entre uma chuva de objetos lançados da arquibancada. Insatisfeitos com a expulsão, um grupo de torcedores do Maccabi Tel Aviv invadiu o gramado para protestar. Com 43 minutos de jogo no cronômetro e a incapacidade das forças de segurança de controlar a situação, o árbitro, em acordo com os capitães das equipes, suspendeu o clássico. "É uma mancha para o futebol israelense. Não me importa de quem é a culpa, ambas equipes devem ser punidas de forma exemplar. Estou muito triste. O futebol é só um esporte e não a guerra que vivemos essa noite", declarou o técnico do Hapoel, o ex-jogador israelense Eyal Berkovic. O espanhol Paco Ayestarán, treinador do Maccabi, afirmou que a prioridade era a segurança dos jogadores e que ela "não estava garantida". A segurança do estádio e a atuação da polícia foram o alvo da maior parte das críticas sobre o incidente, que acabou com pelo menos dez prisões. A ministra israelense da Justiça, Tzipi Livni, afirmou nesta terça-feira que os graves incidentes que fizeram o árbitro suspender a partida em Tel Aviv "são um reflexo da violência que vive o país". "Na segunda-feira foi sobre um gramado. Na realidade, estamos vendo como uma horrível onda de violência explode na nossa frente. A violência está entrando em nossos times, em nosso esporte, na sociedade e na vida de nossos filhos", comentou. Em declarações divulgadas pelo jornal "Jerusalam Post", a Livni insistiu que a educação e as punições mais severas devem ser as ferramentas para acabar com o problema. "Temos que acrescentar outras ferramentas se for necessário e ser mais severos, já que o racismo, a violência e o ódio são as verdadeiras ameaças dentro da sociedade e do país, não só o terrorismo que nos ameaça de fora", ressaltou a ministra. Está prevista para esta terça-feira uma reunião de emergência da Comissão Antiviolência do Esporte para analisar os incidentes da "noite mais obscura do futebol em Israel" como já é chamada no país. O comitê de disciplina da Federação Israelense de Futebol fará o mesmo nas próximas horas. O Campeonato Israelense é liderado pelo Ironi Kiryat Shmona, com 17 pontos, seguido pelo atual campeão Maccabi Tel Aviv, com 15 pontos e uma partida a menos. Com problemas financeiros há anos, o que permitiu que o clube rival contratasse Zahavi, o Hapoel Tel Aviv é o sexto colocado, com 10 pontos e também um jogo a menos. EFE jm/vnm

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