Brigas, provocação e rivalidade com Fla: as polêmicas de Eurico Miranda

Ex-mandatário do Cruz-Maltino foi levado à hospital na zona oeste do Rio nesta terça e acabou falecendo. Ele vinha sofrendo com problemas de saúde

12/03/2019 - 14h00 (Atualizado em 21/02/2024 - 13h58)

Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco, que morreu nesta terça-feira aos 74 anos, tem um histórico de polêmicas no futebol. Muitas delas relacionadas ao arquirrival Flamengo.

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Eurico sofria de graves problemas de saúde, especificamente um câncer no cérebro. Ele foi hospitalizado pela última vez nesta manhã, num hospital da zona oeste do Rio, após passar mal em casa.

Polêmica na Libertadores

Em 1990, Eurico Miranda criou polêmica com a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) ao dizer que, na partida em que o Vasco foi derrotado por 1 a 0 para o Atlético Nacional (COL), a arbitragem havia sido pressionada pelo cartel do país e, devido a isso, prejudicado o Cruz-Maltino. A ação gerou revolta por parte da equipe colombiana, mas ação foi acolhida e a partida remarcada.

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A principal marca de Eurico foi criar rivalidade com o Flamengo. Na final da Taça Guanabara de 2000, o mandatário distribuiu 40 mil ovos de páscoa para os torcedores nas arquibancadas. Em campo, o cruz-maltino venceu por 5 a 1, e o dirigente não fugiu da provocação: "Tomaram chocolate. Eu dei os ovos de Páscoa para a torcida [do Vasco, antes do jogo] e o chocolate para eles.

Copa João Havelange

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Em 2000, Eurico Miranda agiu quando a CBF foi impedida de organizar o Campeonato Brasileiro daquele ano devido a uma ação do Gama (DF) na Justiça Comum. Nos bastidores, o dirigente reuniu o Clube dos 13 e organizou a Copa João Havelange. O episódio ficou marcado pela "ajuda" ao Fluminense a voltar para a elite nacional após ter disputado a Série C.

Uma das polêmicas mais marcantes aconteceu durante esta Copa João Havelange, quando Vasco e São Caetano realizavam a final. Na ocasião, alambrado de São Januário desabou, deixando vários feridos. Um pedido de suspensão da partida veio do então governador Anthony Garotinho. Eurico Miranda o chamou de "frouxo" em rede nacional como resposta.

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Ainda como reflexo daquela final, Eurico Miranda afirmou que o Vasco estava sendo perseguido pela TV Globo. Após a polêmica queda do alambrado, o mandatário entrou em campo, no Maracanã, durante a partida remarcada, exibindo um patrocínio do SBT, que na época era a maior concorrente da empresa televisiva.

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Eurico x Dinamite

Na última década, a batalha interna no Vasco marcou Eurico Miranda contra Roberto Dinamite, maior ídolo do clube, que travaram uma batalha política. Após perder a presidência em 2008, tentou retirá-lo do cargo por meios judiciais. Sem sucesso, retornou à presidência em 2012 e tratou de expulsá-lo de São Januário, retirando até seu nome da tribuna de honra.

"O respeito voltou, ponto". Talvez seja a fala mais emblemática do dirigente desde a sua volta. Após a classificação para a decisão do Campeonato Carioca 2015, Eurico Miranda parou para conversar com a imprensa e afirmou que o respeito ao time de São Januário estava de volta. Até hoje a fala é muito comentada no futebol brasileiro.

Naquele ano, o dirigente afirmou que se o Vasco fosse rebaixado no Campeonato Brasileiro, ele iria morar na Sibéria, região da Rússia com índices baixíssimos de temperatura. O clube de São Januário acabou rebaixado pela terceira vez à Série B ao final daquela temporada. Eurico jamais pagou a promessa.

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Veja quais são os os 10 maiores artilheiros da história do Vasco

O Vasco é um dos clubes mais tradicionais do Rio de Janeiro e nesta terça-feira (21) completa 120 anos. Nela, artilheiros, como Roberto Dinamite, aparecem na história do clube. Confira os 10 maiores artilheiros.

ROBERTO DINAMITE - Um dos maiores ídolos do clube, se não o principal, se destacou na equipe carioca nos anos de 70 e 80. Com isso, tornou-se o maior artilheiro da história, com 702 gols marcados.

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ROMÁRIO - O baixinho aparece na segunda posição, com 326 gols marcados. O ex-camisa 11 se destacou nos anos 90 e 2000 e também se tornou um dos ídolos da história do clube.

ADEMIR MENEZES - Conhecido como "O Queixada", jogou no Vasco nos anos de 40 e 50. Ademir chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira por se destacar na equipe cruzmaltina, ao marcar 301 gols na passagem pelo clube carioca.

VAVÁ - Com um estilo que aliava técnica à valentia, o atacante fez a alegria à torcida vascaína nos anos de 1950. Na sétima posição, aparece com 191 tentos. Com a Cruz de Malta, o jogador chegou à Seleção Brasileira.

PINGA - Na década de 50, o meia esquerda marcou presença em São Januário. Jogador aparece na quarta colocação, com 256 gols marcados, destacando-se principalmente no Campeonato Carioca.

IPOJUCAN - O atacante de 1,90 era habilidoso e criativo. Se utilizando bem das jogadas de efeito, o jogador foi diversas vezes peça importante para gols vascaínos. Deste modo conseguiu colocar 225 bolas para o fundo das redes.

RUSSINHO - Ao lado de Ipojucan e na quinta posição, também está na lista. O atleta alcançou uma vaga na primeira Copa do Mundo, além de ser considerado o melhor jogador do Brasil nessa mesma época, e balançou as redes com a camisa do Vasco 225 vezes.

SABARÁ - Era eficiente jogando ofensivamente ou na parte defensiva. Era do tipo de jogador que se entregava em campo, e que tinha identificação com a torcida vascaína. Mesmo não sendo um atacante de ofício, tornou-se artilheiro ao marcar 165 gols.

ORLANDO LELÉ - O lateral-direito era muito importante no apoio ao ataque, e se destacou em grande parte de sua carreira por esse atributo, marcando 147 gols. Além disso, fez parceria com Dinamite, nos anos 70 e 80.

VALDIR BIGODE - Nos anos 90 e 2000, o atacante se destacou ofensivamente e sendo responsável pelo título estadual, em 2003. Antes disso, em 1992 tornou-se artilheiro também do Carioca, além de fazer parte do tricampeonato. Em sua história, balançou as redes 143 vezes.

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EDMUNDO - Sem dúvidas, o "Animal" está entre os seletos ídolos da história do Vasco. Em seu primeiro ano de clube, foi considerado melhor jogador do carioca, em 1992. Cinco anos depois foi o melhor atacante do Campeonato Brasileiro. Sua atuação refletia obviamente nos gols, marcando 138 na história do clube carioca.

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