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Opinião: Bruno deveria ser esquecido na cadeia e jogar apenas em quadras de cimento

Ex-goleiro está perto de voltar aos gramados defendendo o Montes Claros, de Minas Gerais 

Futebol|Do R7*

O goleiro Bruno chora em seu julgamento
O goleiro Bruno chora em seu julgamento O goleiro Bruno chora em seu julgamento

Um absurdo está perto de acontecer. Um assassino condenado pela Justiça a 22 anos de prisão deve jogar futebol profissional. O goleiro Bruno, que foi sentenciado por matar e ocultar o cadáver de sua amante Eliza Samudio, foi autorizado na última quarta-feira (16) a se mudar para o presídio de Montes Claros, em Minas Gerais. Lá, o clube local tem a intenção de contratá-lo e o presidente já confirmou isso. Atualmente, ele está em um presídio de segurança máxima em Belo Horizonte.

Pela lei, ele só poderia sair da cadeia para trabalhar a partir de 2018, que é quando seu regime deixa de ser fechado. Até lá, nem um pé fora do xadrez. Mas parece que as coisas vão conspirar para Bruno voltar antes. A vontade da imprensa em repercuti-lo e os dirigentes do futebol mineiro vão ajudar muito. Alguma brecha em algum artigo vai ser encontrada.

O maior problema é o time Montes Claros querer a contratação e se orgulhar disso. O vice-presidente do clube chegou a falar em “contribuir para a recuperação da pessoa humana”. Mas contribuir é apoiar a impunidade? Quantos outros presidiários não gostariam de ter a chance de trabalhar fora da cadeia? A chance só vale para quem era famoso?

Bruno tem que pagar pelo crime que cometeu. Assim como todos os outros criminosos. Não deveríamos apoiar e fazer a impunidade crescer ainda mais. Nessa questão, o Brasil é exemplo mundial. Engraçado são alguns comentários nas páginas vinculadas as notícias do ex-goleiro, muitos internautas apoiam a volta e falam em “dar mais uma chance”. Mas pode ter certeza que a mãe de Eliza Samudio não estava entre eles. Ou você acha que ela gostaria de ver o autor da morte de sua filha sendo aclamado pela torcida e atuando novamente em sua profissão?

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Somente a irracionalidade explica essa idolatria. Bruno nunca foi carismático, pelo contrário, seu estilo sempre foi “calado”. Apresentou alguns episódios de nervosismo, quando atuava por Altético-MG e Flamengo. Viveu uma boa fase no rubro-negro, chegando a ser cotado para Seleção Brasileira. Mas só. Depois de condenado por assassinar uma mulher, ele deveria deixar para sempre o mundo esportivo. Esqueçam o Bruno. Ele não tem mais nada a oferecer.

*Victor Rocha é estagiário do R7 e acompanhou toda a carreira profissional de Bruno. Como todo brasileiro, acompanhou o processo da morte de Eliza Samudio

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