Maracanã: como o palco das finais da Copa e da Rio 2016 foi do brilho ao abandono
Principal estádio do Brasil está abandonado, praticamente sem dono e sendo saqueado
Futebol|Do R7

Foram-se os dias de glória do mais famoso palco do futebol brasileiro. Depois de receber a Copa do Mundo e ver a seleção brasileira conquistar o inédito ouro olímpico, o Maracanã, cuja reforma para o Mundial de 2014 consumiu mais de R$ 1,3 bilhão em recursos públicos, está abandonado, praticamente sem dono e sendo saqueado.
A informação é da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, que na última terça-feira (10) divulgou as ocorrências. Segundo a entidade, foram roubados mangueiras, extintores, bustos e televisores. Além disso, há contas de luz, água e gás em atraso.
A responsável pelo estádio é a Concessionária Maracanã S/A, cuja principal acionista é a Odebrecht. Mas, desde o fim de março do ano passado, a gestão foi repassada ao Comitê Rio 2016, que utilizou o estádio nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
O gerenciamento deveria ter sido devolvido à concessionária no final de outubro, no entanto a Maracanã S/A nega-se a recebê-lo por considerar que a arena não foi entregue pelo Comitê Rio 2016 da mesma forma como havia sido recebida.
“O complexo deveria ter sido devolvido à concessionária em 30 de outubro de 2016, o que não ocorreu em função de dezenas de não conformidades já relatadas ao Rio 2016 e ao governo do estado. Entre elas estão a falta laudos que atestem a integridade da cobertura e do gramado, a mudança na numeração das cadeiras, a falta de assentos e de equipamentos de segurança como as catracas eletrônica, televisões e móveis, além de mais de uma centena de equipamentos como portas e corrimãos quebrados”, informou, em nota, a concessionária.
Foram-se os dias de glória do mais famoso palco do futebol brasileiro
Foram-se os dias de glória do mais famoso palco do futebol brasileiro
No ano passado, a situação do Maracanã já havia sido pauta de reclamações por parte do Flamengo, que emitiu um comunicado em dezembro mostrando descontentamento com a forma com que o futuro do estádio vinha sendo tratado. À época o Rubro-Negro cobrava um posicionamento mais claro do Governo do Estado sobre o assunto. “Está sendo considerada uma nova licitação ou a possibilidade da venda do controle do consórcio para outra empresa?”.
Para o presidente do Fla, Eduardo Bandeira de Mello, não resta dúvida. A solução é uma licitação que tire das mãos do Consórcio Maracanã S/A o controle do local – do contrário, a situação pode se agravar.
“A melhor solução seria uma nova licitação. Daria muito mais segurança jurídica e aos investidores”, afirmou Bandeira de Mello em entrevista ao canal Fox Sports. “Essas notícias [sobre os furtos] são lamentáveis. Acredito que devam estar providenciando alguma coisa, alguma medida para evitar que essa situação se agrave ainda mais. Porém, entendo que o pior para o Maracanã ainda pode acontecer, que é ser entregue a um grupo de atravessadores. Aí a gente veria a falência completa do estádio”, disse.
Em meio ao jogo de empurra-empurra e sem a definição do consórcio em seguir, ou não, gerindo o estádio (o contrato é válido até 2048), o Governo do Rio encomendou um estudo sobre um novo processo de licitação. Ao que parece, é o que deverá acontecer. Porém, até lá, o Maracanã deverá continuar vivendo capítulos para esquecer.
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