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Lei de Gil: ex-corintiano dita ritmo do comércio na Mooca no acesso do Juventus

Torcida lotou a Javari, comprou camisas, comeu esfihas e acabou com cannolis do Seu Antônio

Futebol|Vinícius Bacelar, do R7

Torcedores comparecem em peso ao restaurante Esfiha Juventus após acesso para a Segunda Divisão do Paulista
Torcedores comparecem em peso ao restaurante Esfiha Juventus após acesso para a Segunda Divisão do Paulista Torcedores comparecem em peso ao restaurante Esfiha Juventus após acesso para a Segunda Divisão do Paulista

Para o ex-corintiano Gil, a lei é uma só: vale quase tudo quando o assunto é futebol. Aos 34 anos e famoso por dizer a célebre frase "vale tudo, só não vale dar o c...", o atacante se destacou no acesso do Juventus da Mooca para a Segunda Divisão do Campeonato Paulista e movimentou o comércio do tradicional bairro da zona leste de São Paulo no primeiro semestre de 2015. 

Dono da Esfiha Juventus, restaurante que patrocina o clube e premia o melhor jogador de cada partida com salgados, o empresário Celso Abrahão afirmou que as vendas em seu estabelecimento aumentaram 30% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Graças ao Gil.

— Ele (Gil) começou ir aos programas de TV e falar sobre a gente. As pessoas ficaram curiosas e quiseram nos conhecer. Então não dá para dizer que houve prejuízo ao premiar com as esfihas. Só tivemos retorno positivo. A repercussão foi muito grande. Ninguém esperava. Nem nós, nem a Web Rádio Mooca (parceira nas premiações), nem o Gil e nem o Juventus. Até porque já fazemos isso há dois anos e era uma época em que o time nem estava tão bem.

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Apesar de ser escolhido apenas duas vezes como o melhor atleta em campo, o atacante acabou sendo o jogador mais premiado em quantidade de esfihas durante a competição: 140. Cada salgado custa R$ 4 em média e os atletas podem escolher entre os mais de 35 sabores da casa, segundo Abrahão.

— O (meia) Daniel Costa ganhou a premiação em quatro oportunidades, mas antes dávamos só 30 esfihas. Aumentamos a quantidade durante o campeonato. Por isso, o Gil acabou levando mais. Foram 60 em um jogoe 80 em outro. 

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Outro comerciante que também comemorou a chegada do ex-corintiano à Mooca foi Antônio Pereira Garcia, mais conhecido conhecido como "Seu Antônio", responsável pela preparação e venda dos famosos cannolis (doce típico italiano) da Rua Javari. 

— A grande campanha do Juventus favoreceu o nosso trabalho. É um clube tradicional e querido, mas percebemos que a torcida estava diferente neste ano. O estádio ficou cheio em vários jogos e na partida do acesso vendi 780 cannolis antes mesmo dos 30 minutos do segundo tempo. Não sobrou nenhum. 

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O confronto diante do Grêmio Osasco (vitória juventina por 4 a 1), que sacramentou o acesso à Segunda Divisão, foi acompanhado por 4 mil torcedores no último 17 de maio.

De acordo com o presidente do Juventus, Rodolfo Cetertick, foi a primeira vez que todos os ingressos para uma partida na Rua Javari foram vendidos durante a sua gestão. Ele está à frente do clube desde janeiro de 2012. 

Frequentador assíduo dos jogos do clube na Mooca, o gerente de comércio exterior Moacyr Pedro é palmeirense. Mesmo assim, rendeu-se ao encaixe de Gil ao elenco.

— A rapidez com que ele se entrosou foi impressionante. É nítido que é um atleta diferenciado para a Terceira Divisão do Paulista, além de ser carismático. Muitos amigos me pediram para levá-los ao estádio por causa do Gil. 

Fardamento juventino

Os proprietários das lojas Grená e Branco e Camiseteria di Mooca, locais que vendem uniformes e outros artigos do Juventus, aproveitaram o "fator Gil" para faturar.

Oswaldo de Lemos é o dono das duas unidades da loja Grená e Branco na Mooca. Uma fica localizada na sede social do clube e a outra no próprio estádio da Rua Javari. 

— A Super Bolla (fornecedora de material esportivo) só fabricava a camisa com o número 10 e sem o nome de nenhum jogador. Conversei com a empresa e tivemos a ideia de comercializar a 9 com o nome do Gil. Todas foram vendidas ao preço de R$ 139,90 cada. Já encomendei outra remessa que deve chegar daqui 15 dias. Ele (Gil) mesmo me pediu algumas camisas. 

Lemos admitiu que alguns torcedores reclamaram por não ter uniformes personalizados com os nomes de outros jogadores, mas isso não atrapalhou a aposta no ex-corintiano. 

— O Gil tem carisma e caiu no gosto da torcida. Foi um diferencial na campanha do acesso. Ajudou muito dentro e fora de campo. Mesmo com 34 anos, ele parece um menino correndo. Não veio aqui só para ganhar dinheiro. O bom rendimento dele junto com a equipe fez com que mais pessoas comprassem na loja. Houve um aumento de 50% no faturamento comparando com o ano passado. 

Responsável pela Camiseteria di Mooca, Henrique dos Santos Dias disse que suas vendas dobraram no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014, porém preferiu atribuir o "boom" da loja a todo elenco juventino.

— Nenhum jogador faz nada sozinho. Alguns corintianos aparecem aqui e perguntam pelo Gil. Por curiosidade mesmo. Mas não posso dizer que estou vendendo mais só por causa dele. Vale ressaltar que a campanha do ano passado foi horrível e refletiu pessimamente no comércio. Então estou comparando um dos piores anos com um dos melhores para mim. 

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