A um dia do clássico contra o Palmeiras, no meio da disputa da Pré-Libertadores e com rachas políticos: é assim que está o Corinthians neste sábado (7), data das eleições presidenciais do clube. Depois de três anos à frente da diretoria alvinegra, Mario Gobbi deixa o cargo, que tem dois candidatos para a votação
Nome da situação, Roberto de Andrade deixou a diretoria do time em 2014 para se candidatar. O cartola esteve com o Timão de 2011 a 2013 e participou ativamente das contratações nesse período, principalmente no fracasso envolvendo o atacante Alexandre Pato
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Apesar de discordâncias com Mário Gobbi, Roberto de Andrade tem apoio total do ex-presidente Andrés Sanchez, que é muito respeitado e querido pela torcida e por dirigentes do clube. Muitos dizem que Andrés comanda o Timão até hoje, mesmo afastado oficialmente. Também foi ele quem liderou o projeto da Arena Corinthians e administrou o estádio durante a preparação para a Copa do Mundo
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Velho conhecido dos torcedores, Antonio Roque Citadini é o candidato da oposição no Corinthians. No Timão, o cartola já foi vice-presidente de 2001 a 2004 e é conselheiro vitalício do clube paulista...
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Se Roberto de Andrade tem o apoio de Andrés Sanchez, Citadini também conseguiu reunir um bom time para as eleições, já que toda a oposição do clube se uniu a ele. Paulo Garcia, por exemplo, abriu mão da candidatura para fortalecer a chapa, que também tem Osmar Stábile e Emerson Piovesan
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Mesmo com todo o apoio da oposição corintiana a Citadini, Roberto de Andrade ainda é considerado o candidato com mais chances de vencer a eleição. Além da proximidade com Andrés Sanchez, a situação do Corinthians conseguiu se fortalecer com os títulos da gestão Mario Gobbi, entre eles a inédita Libertadores e o bi Mundial
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Ainda assim, Citadini também chega forte para a disputa, já que também tem história no Corinthians e é muito bem relacionado no clube. Um dos amigos do candidato é Luis Paulo Rosenberg (foto), responsável por reformular o departamento de marketing do Timão há alguns anos
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Se o futuro do novo presidente ainda é incerto, Mario Gobbi já sabe que não continuará no clube e deixa o Corinthians após títulos, mas muita polêmica. De 2012 a 2014, anos em que o ex-delegado esteve à frente do Alvinegro, foram quatro títulos: Libertadores, Mundial, Paulistão e Recopa, além da inauguração da nova arena. Apesar dos feitos, também no período do mandado de Gobbi, o Timão viveu o caso Kevin Espada, acumulou fracassos sob o comando de Mano Menezes no ano passado e se afundou em uma crise financeira
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Assim que assumir o clube, além da crise, o futuro presidente já tem a primeira missão: tratar a renovação do principal jogador do time, o peruano Paolo Guerrero. Sem grana, o cartola terá que avaliar se vale a pena pagar os cerca de R$ 18 milhões que o atacante pede para permanecer no clube após o meio do ano, quando o contrato com o Corinthians se encerra. Andrade ou Citadini? Qualquer um que vencer terá bastante trabalho pela frente