Demitidos do Botafogo detonam o presidente do clube em coletiva no Rio de Janeiro

Edilson, Emerson Sheik, Bolívar e Julio César falaram sobre a dispensa da equipe carioca

Futebol|Do R7

15/10/2014 - 16h50 (Atualizado em 13/08/2025 - 15h40)

Edilson, Emerson Sheik, Bolívar e Julio César deram as caras nesta quarta-feira (15) para tentar explicar a saída do Botafogo. Os quatro jogadores foram dispensados pelo clube carioca por serem considerados líderes negativos dentro do elenco. Veja a seguir o que de mais importante aconteceu na coletiva concedida no restaurante Paris 6, no Rio de Janeiro

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Bolívar chegou ao Botafogo neste ano e já conquistou a confiança dos companheiros de equipe e da torcida. Na 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, ele marcou um gol de cabeça contra a Portuguesa

Dispensado pelo Botafogo, Emerson Sheik voltará ao Corinthians na próxima temporada. O retorno do atacante se deve também ao retorno do técnico Tite

— Fomos ao treinamento. Mas até hoje, essa seja a grande pergunta. Por que
isso aconteceu? Uma preocupação nossa, coletiva, era do que isso
poderia gerar. Não foram quatro juvenis que foram afastados. Todos aqui
têm história no futebol. Fiquei preocupado com o Botafogo e também de
manchar nossa história. Com o passar dos dias, entendemos que grande ou pequena, a história do presidente ela é muito inferior à nossa.

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Com passagens por Grêmio e Fluminense, Júlio César era titular da equipe carioca, também, e um dos atletas com experiência no Botafogo, que poderiam contribuir neste momento difícil pelo qual o Fogão passa

Quem também está solteiro e parece gostar desta vida é Emerson Sheik. O jogador já se relacionou com Antônia Fontenelle, Nicole Bahls. Bom gosto ele tem!

No Bahia quem mais se destacou na posição foi Mádson. O
atleta é jovem e também já defendeu as seleções brasileiras de base

Bolívar falou também sobre o caráter do companheiro Emerson Sheik e também que ele ajudou várias pessoas dentro do clube.

— Quando fazíamos uma reunião, essa reunião não era com o presidente, era
com pessoas de confiança dele. Tinha uma decisão de jogadores e
comissão. Tomar uma decisão era em prol de todos. O Emerson ajudou
várias pessoas ali dentro. Aí você vê o caráter da pessoa. Estava
ajudando pessoas que passavam por dificuldades financeiras.

$Edílson é mais novo que os três dispensados, mas era um dos poucos jogadores regulares e bons desta fraca equipe montada para a temporada de 2014. Bom marcador e apoiador, além de grande cobrador de faltas, o lateral-direito pode ser a maior perda para a reta final do Brasileirão$

Já Emerson Sheik está longe de ser o jogador mais bonito do futebol mundial, mas é tão bom de papo que está sempre muito bem acompanhado

Ciente de ser um jogador difícil de lidar, Sheik afirmou que dessa vez não fez nada e só estava jantando quando recebeu a notícia.

— Dessa vez eu não fiz nada, eu estava jantando aqui, onde o
restaurante é top e está todo mundo convidado. Tava jantando e fui dispensado.
Minha irmã tá aqui e eu disse para ele: "eu odeio perder, não gosto de
perder". Se tem uma coisa que me magoou profundamente, foi o fato de eu
chegar em casa arrasado. Também entendo que fui uma das contratações para
resolver o problema

Emerson Sheik defendeu o treinador Vágner Mancini e revelou que ele é um sujeito extraordinário.

— Só vim para ajudar. o Corinthians
passou. Vim de um lugar onde não faltava remédio, onde meus companheiros
não pediam dinheiro para a gasolina, onde a diretoria se fazia
presente, Mancini é extraordinário, assim como seus auxiliares. Não
tenho nada para falar. Mancini é um cara que Deus colocou na vida do
Botafogo.

A provável saída de Mano Menezes no Corinthians pode ter uma consequência que os torcedores alvinegros já nem lembravam mais: a volta do ídolo Emerson ao clube. Sheik foi emprestado pelo Corinthians ao Botafogo no começo do ano. Depois de vencer tudo pelo Timão, o atleta já não conseguia mais render no Parqque São Jorge

O zagueiro Bolívar falou sobre a sua liderança no clube e disse que não tinha como ele ser um líder negativo dentro do elenco, já que os jogadores pediram a sua permanência.

— No início do ano, houve reunião pedindo para que eu permanecesse. Se eu
sou líder negativo quatro meses atrás, os jogadores não teriam pedido
para eu permanecer. Como uma pessoa pode mudar? Todos conhecem minha
história. Hoje vocês podem pegar todos os números pelo Botafogo, sou o
atleta com maior minutagem de jogos. Já estava completando 95 partidas,
estava feliz que faria 100 jogos.

— Dos sete anos que fiquei no Inter, fui seis como capitão. Não pode um
cara que sempre foi líder no Inter, chegar como líder positivo e no ano
seguinte não servir como líder. A liderança que exerço é só em questão
de ajuda, ser amigo fora de campo, auxiliando. Vou citar nome do Dória,
cara que sou padrinho de casamento. O crescimento do Dória não foi por
minha causa, mas sempre escutou. Por que a gente não está no Botafogo mais? A gente não tem explicação.
Vai falar que Emerson e Julio Cesar eram aquilo, e que o Bolívar era
líder negativo. Quando Jefferson disse que se sentia sozinho, era por
isso (presidente ausente). A gente se cobrava muito porque queremos o
melhor do Botafogo.

O Botafogo fez uma campanha ruim no Brasileirão, mas o lateral-direito Edílson, 28 anos, enquanto defendeu o clube, foi um dos destaques da equipe

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Julio César voltou a pedir que o presidente do Botafogo seja homem e assuma tudo o que está fazendo.

— Ele é o presidente, tem todo o direito. Tem jogador hoje com sete meses
de salários atrasados. Primeiro ele tem que arcar com os custos disso.
Tá tentando parcelar e passar para a próxima diretoria. Ele tem que ser
homem de assumir isso tudo. Não sei por quê fui mandado embora.

O zagueiro Bolívar foi questionado se ele se sentia apunhalado. O defensor ressaltou que se sente pelas pessoas, não pelo clube.

— É um bom termo, apunhalado, não pelo clube, mas pelas pessoas.
Não tem arrependimento pelo clube. Conseguimos levar o clube de volta à
Libertadores ano passado. O comprometimento dos quatro que estão aqui
sempre foi o melhor possível. A situação não era a melhor (na
Libertadores). A gente sempre honrou muito a camisa do Botafogo, pela história bonita
que tem, mas pelos jogadores brilhantes que sempre ficaram marcados pela
Seleção. A gente fica triste pela situação, pelo desrespeito. Seria
muito simples chamar os quatro, conversar, mas infelizmente não foi
dessa maneira. A palavra do homem é sempre mais importante que tudo, mas
não foi isso que aconteceu

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O lateral Edílson revelou que não acredita no pagamento da rescisão por parte do Botafogo.

— Já tão botando pra 2015 (pagamento da rescisão), então não vão pagar. A
comissão técnica segurou a bronca em vários momentos. O Mancini é um
cara que fiquei muito feliz de ter trabalhado. Acho que a decisão foi
total do presidente. Talvez ele entenda mais de futebol.

Próximo do fim da coletiva, os jornalistas questionaram se os quatro voltariam a jogar pelo Botafogo. O lateral Edilson disse que voltaria a jogar no clube sem problemas, desde que seja com uma nova diretoria.

— Não pensaria duas vezes em voltar com uma nova diretoria, sou muito
grato ao Botafogo, ao próprio Sidney, ao Julio Cesar, um dos caras que
me trouxe. No ano passado, quando não estava jogando, tive para sair
duas vezes, não saí e fiz uma história legal no clube. Fico triste,
poderíamos ajudar nesse momento mais difícil em que o Botafogo se
encontra. Sem dúvida, voltaria sim.

Assim como Edílson, Emerson Sheik também afirmou que voltaria ao clube com uma nova direção. Além disso, o atacante enalteceu o amor da torcida.

— O Botafogo tem uma torcida não muito grande, mas vibrante, apaixonada.
Ela é diferente. Leva público de mais idade aos estádios, resgatando uma
paz que não vemos em todos os jogos. Eu certamente voltaria a vestir a
camisa do Botafogo com uma nova direção, novo planejamento, aí sim

Bolívar revelou que também voltaria ao clube no futuro.

— No meu caso, o primeiro clube que me acolheu foi o Botafogo, após a
saída do Inter, sou muito grato ao torcedor. Vi uma das imagens mais
bonitas na minha carreira. Aquela frase 'O gigante voltou. O Botafogo
ali mostrou a força que a torcida tem. Só tenho a agradecer. Se tivesse a
oportunidade, estaria de volta

O lateral-esquerdo Julio César também está na pista. Após ser dispensado pelo Botafogo em 2014, o atleta é o único dos atletas que foram liberados a estar disponível

Outro fator determinante para rebaixamento iminente do clube carioca foi a dispensa de quatro jogadores importantes: Edilson, Émerson Sheik, Bolívar e Júlio César. Jogadores experientes que poderiam evitar que o Fogão fosse rebaixado. No entanto, Mauricio Assumpção, ex-presidente, achou que eles possuíam uma liderança negativa sobre os demais atletas

Edilson, Emerson Sheik, Bolívar e Julio César deram as caras nesta quarta-feira (15) para tentar explicar a saída do Botafogo. Os quatro jogadores foram dispensados pelo clube carioca por serem considerados líderes negativos dentro do elenco. Veja a seguir o que de mais importante aconteceu na coletiva concedida no restaurante Paris 6, no Rio de Janeiro Veja também: Emerson Sheik ainda tem espaço em muito time no Brasil