Emily Dyke é uma árbitra mirim inglesa que, aos 14 anos, já está pensando em "pendurar o apito". Apaixonada por futebol, a garotinha atua em partidas de futebol disputadas por crianças de oito e nove anos de seu colégio, mas ficou horrorizada ao receber xingamentos de pais dos alunos
O pai de Emily, Paul Dyke, contou ter presenciado os adultos proferirem comentários absurdos sobre as decisões tomadas por sua filha durante uma partida. De acordo com ele, a garota foi chamada de nomes como "desgraçada", e outros ainda piores. Paul tentou intervir e pedir aos outros pais que parassem de xingar a menina, mas ouviu que, por ser uma juíza, deveria esperar por isso
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Emily, que se tornou árbitra no início deste ano e também pratica futebol, disse saber que um juiz precisa ter "casca grossa", mas lembrou aos que a xingaram que ela é apenas uma criança
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Inconformada com a situação, Emily resolveu se pronunciar. Em um grupo fechado no Facebook, a garotinha compartilhou uma mensagem na qual desabafava sobre a infeliz situação. Veja a seguir
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— Olá, todos. A maioria de vocês não me conhece. Eu tenho 14 anos de idade e amo futebol. Eu jogo aos sábados e apito partidas quando posso. Recentemente, eu sofri alguns abusos verbais de algumas pessoas enquanto apitava. Achei tão difícil lidar com isso que estou pensando em não ser mais juíza
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— Eu não estou querendo a simpatia de ninguém, ou nada do tipo. Eu só quero que as pessoas percebam que eu sou apenas uma criança fazendo aquilo que amo
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— Quero que todos olhem para seus filhos e se coloquem no meu lugar quando o abuso estiver sendo feito. Eu estou aprendendo que, para ser um juiz, você precisa ter "casca grossa", e tentando ignorar quando as pessoas dizem esse tipo de coisa, mas é difícil quando os xingamentos continuam
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Emily ainda disse esperar que ninguém tenha se ofendido com suas palavras. "Mas percebam que eu sou uma criança, então, por favor, me respeitem", concluiu a garotinha
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O pai de Emily ainda ressaltou os problemas que o abuso verbal aos pequenos árbitros pode causar. "Essa é a próxima geração de juízes. Se não tem árbitro, não tem jogo, mas se coisas assim continuarem acontecendo, seus filhos terão medo de entrar nesse meio", disse
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Apesar dos tristes episódios, Emily se deu conta que os comentários maldosos partiam da minoria presente nos jogos, e, por isso, não abandonou o esporte