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BRASILEIRO 2022

Crise diplomática entre países do Oriente Médio pode colocar Copa de 2022 em risco

Terrorismo e quebra de parcerias são dois dos principais problemas que afetam Qatar

Futebol|Do R7

Khalifa International Stadium, em Doha, é o primeiro estádio da Copa do Mundo do Qatar a ficar pronto
Khalifa International Stadium, em Doha, é o primeiro estádio da Copa do Mundo do Qatar a ficar pronto

Diante do fim das relações diplomáticas de países árabes com o Qatar, acusado de apoiar o terrorismo e interferir na política interna de seus vizinhos, a sede da Copa do Mundo de 2022 passa por novo momento delicado. A cinco anos da realização do evento, o cenário ainda pode mudar, mas afinidade com Arábia Saudita, Egito, Bahrein e Emirados Árabes neste momento atrapalha os planos da Fifa no Oriente Médio.

Tão logo as relações foram estremecidas, foi ventilada a possibilidade de os Estados Unidos, país com infraestrutura pronta para grandes eventos, abrigar o Mundial. O mesmo já havia acontecido depois da explosão que deixou pelo menos uma dezena de mortos em abril, em um trem em São Petesburgo, na Rússia, palco da próxima Copa — a Fifa, como não poderia deixar de ser, negou a possibilidade de alteração.

No mês passado, em mais um grande investimento do comitê organizador local, Doha inaugurou o primeiro estádio previsto para a Copa 2022, o Khalifa International Stadium, com capacidade para 40 mil pessoas. 

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Khalifa International Stadium terá capacidade para 40 mil pessoas
Khalifa International Stadium terá capacidade para 40 mil pessoas

Os países vizinhos romperam com o clima de festa pela inauguração e fecharam a única via terrestre que dá acesso ao Qatar. Além disso, impediram que o país fizesse uso de seus espaços aéreos. Segundo o especialista em Oriente Médio e Segurança Internacional, Gunther Rudzit, o alvoroço é normal, mas ainda é cedo para prever mudanças na Copa do Mundo:

— Tudo muda muito rápido nesses países, principalmente no que se diz respeito a acordos internacionais. Não acredito que o Qatar deixe de sediar o Mundial devido a esses últimos acontecimentos. 


No entanto, é claro que há fatores que podem prejudicar o bom andamento do campeonato e, segundo Rudzit, o principal deles diz respeito às empresas aéreas locais:

— As linhas aéreas do Qatar vão sofrer devido ao aumento dos custos. Há grandes chances de haver pouca adesão de torcedores, uma vez que o fechamento da via terrestre pelos países vizinhos e a proibição do uso do espaço aéreo vão dificultar o acesso de estrangeiros. 


Fim de parcerias

A crise diplomática já gerou frutos: o clube árabe Al Ahli encerrou o acordo de patrocínio com a Qatar Airways — que até pouco tempo estampava sua marca na camisa do Barcelona. O time não se importou em quebrar o contrato, que duraria mais três anos.

A Copa das Nações de futebol do Golfo, que vai acontecer em dezembro, em Doha, é outra que pode ser vítima dos problemas entre os países da região, já que entre os times que participarão do campeonato estão Arábia Saudita, Egito, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. 

Terrorismo

As denúncias de apoio ao terrorismo já se espalharam mundo afora. Os últimos atentados reivindicados pelo Estado Islâmico, em Londres e Manchester, causaram pânico na Europa e têm feito com que turistas pensem muito antes de viajar para destinos turísticos do continente. 

Desta forma, estar associado ao terrorismo só vai fazer com que os torcedores evitem o Qatar, principalmente em grandes eventos como é o caso da Copa do Mundo de 2022. 

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