Depois da surpreendente derrota na
semifinal, Luiz Felipe Scolari se assumiu como o responsável pelo vexame da seleção
brasileira e disse não se arrepender de suas escolhas neste Mundial. De fato, o
treinador é o principal culpado pelo vexame diante da Alemanha. Sete erros
explicam o ocorrido
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Com a ausência de Neymar,
esperava-se que o técnico fortalecesse o meio de campo do Brasil com a entrada
de Paulinho, que passaria a formar uma linha de três volantes ao lado de Luiz
Gustavo e Fernandinho. No entanto, a opção de Felipão para substituir o
lesionado camisa 10 foi a entrada de Bernard
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O segundo erro veio logo em
seguida, já com a bola rolando. O treinador permaneceu o primeiro tempo todo de
braços cruzados e não fez nenhuma alteração na equipe, mesmo quando uma goleada
já se desenhava. Resultado: 5 a 0 para a Alemanha ao fim da etapa inicial
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Utilizar a Granja Comary para
realizar a preparação da equipe foi outro erro do comandante. O centro de
treinamento situado em Teresópolis é demasiadamente aberto, com morros ao
redor, e não possui privacidade suficiente para que a equipe pudesse executar qualquer
tipo de treino secreto. Além do mais, a temperatura serrana, baixa na maior
parte dos dias, não correspondeu ao que o Brasil encontrou nas quentes cidades-sede
Fernando Dantas/Gazeta Press
Antes da Copa a comissão técnica
da seleção brasileira sentenciava: “Já estamos com uma mão na taça”. Quem afirmou isto foi o coordenador técnico Carlos
Alberto Parreira, mas Felipão concordou. Nos momentos em que a equipe precisou
mostrar reação, o otimismo e a confiança exagerada não ajudaram
Gaspar Nóbrega/VIPCOMM
Acreditar demais em um só
jogador. A convicção que Luiz Felipe Scolari depositou na volta por cima de Fred
passou da conta e foi longeva demais. Se na Copa das Confederações o centroavante
começou o torneio apagado e depois explodiu nos momentos decisivos, desta vez o
mesmo não se repetiu
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O “erro Fred” pode estra ligado a
outro equívoco: os 23 convocados. Luiz Felipe priorizou em sua escolha os
atletas que haviam estado com ele na conquista da Copa das Confederações, em
2013. Porém, um ano depois, jogadores como Dante, Ramires, Bernard e Jô estavam em baixa – este último
deveria ser o substituto de Fred, mas Felipão não confiou
Alex Livesey/Getty Images
Em alguns instantes da campanha,
Felipão adotou uma conduta, de certa forma, agressiva contra a imprensa, e
soberba. Tratar a humilhante derrota como normal é um nítido exemplo disso. Na
entrevista coletiva após a semifinal o técnico abusou da ironia nas respostas e
utilizou palavras impensáveis para quem acabara de levar 7 a 1.
— Tivemos uma derrota hoje, mas,
de um ano e meio para cá, foi a terceira.