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Governo aponta falhas da Fifa na organização da Copa das Confederações

Ministério do Trabalho critica planejamento em relação à telecomunicação e troca de ingressos

Copa das Confederações 2013|com Agência Brasil

Maracanã: infraestrutura de telecomunicações, de acordo com o secretário do Ministério, foi sempre a última a ser instalada
Maracanã: infraestrutura de telecomunicações, de acordo com o secretário do Ministério, foi sempre a última a ser instalada Maracanã: infraestrutura de telecomunicações, de acordo com o secretário do Ministério, foi sempre a última a ser instalada

O ministério das Comunicações subiu o tom contra a entidade que controla o futebol mundial. Ao contrário do que costumava acontecer na preparação para a Copa do Mundo, com a Fifa criticando e cobrando o governo federal — como o polêmico caso do "chute no traseiro" defendido pelo secretário-geral, Jérôme Valcke —, nesta sexta-feira (28) foi a vez de o Brasil criticar a entidade.

O secretário-executivo do ministério, Cezar Alvarez, fez críticas ao planejamento da Fifa para a Copa das Confederações em relação à telecomunicação e infrasestrutura do torneio.

Nesta semana, o ministério participou de uma reunião de balanço com a Fifa em Belo Horizonte, onde o Brasil bateu o Uruguai por 2 a 1, na última quarta-feira (26), no Mineirão, pela semifinal da competição.

— A Fifa fez uma avaliação bastante positiva do nosso trabalho, mas fizemos uma análise bastante crítica de algumas necessidades, como os tempos em que a Fifa nos dava informação, que pode ter prejudicado nosso trabalho.

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Alvarez é segundo nome do ministério, abaixo apenas do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. O secretário deu um alerta para a Copa do Mundo:

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— O tempo para os chamados key locations (locais chave) tem de ser muito bem antecipado.

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Segundo ele, um dos problemas foi a demora da Fifa em informar onde estariam localizados os centros de troca de ingressos, que precisam, por exemplo, de internet funcionando.

— Precisamos de tempo para preparar a rede para aquele shopping ou estacionamento. Outra coisa: onde realmente vão treinar os times?

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Alvarez citou o caso da seleção do Uruguai, que às vésperas do início da Copa das Confederações precisou trocar de centro de treinamento algumas vezes em Recife por causa da chuva.

— Não é obrigação direta contratual nossa (do governo federal), mas é sempre bom vocês (jornalistas) terem boa cobertura.

Outro problema, segundo Alvarez, foi o atraso das obras de reforma e construção dos seis estádios que sediaram a Copa das Confederações. A infraestrutura de telecomunicações, de acordo com o secretário, foi sempre a última a ser instalada, e com os atrasos (como no caso do Maracanã, que ficou pronto a somente semanas da Copa) as empresas tiveram muito menos tempo para trabalhar.

— Agora, para a Copa do Mundo, o prazo para os seis estádios é dezembro. Pode acontecer um mês antes ou depois, mas o prazo que teremos para junho (de 2014) será de cinco a seis vezes superior ao que tivemos agora.

Rede de fibras óticas

O presidente da Telebras, Caio Bonilha, também lembrou a dificuldade para instalação da rede de fibras óticas, por causa do atraso nas obras dos estádios e da falta de cuidado com os cabos.

— Em Recife, contabilizamos 11 rompimentos de nossos cabos. Eventualmente, a empresa de jardinagem no estádio não estava informada de que, naquela região, a rede, por uma questão geológica, estava a 50 centímetros do solo.

Apesar do bom desempenho dos serviços de telecomunicações, o secretário executivo não garantiu qualidade total para a final da Copa das Confederações, no domingo (30), no Maracanã. Alvarez evitou se comprometer, porque, segundo ele, a rede para troca de dados e voz não depende apenas do governo.

— Estatisticamente, ninguém trabalha com 100%. Mas, além da estatística, os serviços de telecomunicações são de responsabilidade da União, mas prestados por operadoras comerciais privadas, não do Estado.

Para a realização da Copa do Mundo no Brasil, o governo deu à Fifa garantia da prestação de serviços de telecomunicações que devem custar cerca de R$ 200 milhões. Até agora, em seis cidades, foram gastos R$ 90 milhões.

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