"Convocação coloca integridade física de Valdivia em risco", alerta Oswaldo

A convocação de Valdivia para os amistosos do Chile contra Irã e Brasil, nos dias 26 e 29 deste mês, irritou Oswaldo de Oliveira. O técnico do Palmeiras reafirmou nesta quinta-feira (19) que o camisa 10 ainda não está pronto para jogar e que o ideal seria continuar com os trabalhos de recuperação feitos pelo clube.

— Não ficamos muito satisfeitos com essa convocação. Ela é legal, é legitima, é boa para o jogador. Mas a nossa intenção era que ele voltasse a jogar pelo Palmeiras. Segundo a nossa programação, ele não estaria apto a voltar nessa data. Coloca em risco a integridade física do jogador. Eu espero que haja consciência de que a precipitação pode ser fatal. Essa volta dele, de forma racional, tinha que ficar a cargo do Palmeiras - disse o comandante, ao Sportv, antes de dizer que não soube de contato entre os departamentos médicos.

— Não. Pelo menos isso não chegou a mim. Não houve nada. Não houve essa relação [entre Chile e Palmeiras]. Fui pego de surpresa. No nosso julgamento ele não estaria pronto para voltar a atuar.

A última previsão oficial para a estreia de Valdivia em 2015 foi dada pelo próprio Oswaldo no último domingo (15). Na ocasião, ele afirmou que o Mago precisaria de mais 15 dias para ter condições de jogo, data que bate justamente com o segundo amistoso do Chile. Há a possibilidade de o jogador nem ser escalado por Jorge Sampaoli, técnico de La Roja, mas a federação local não abriu mão de tê-lo por perto nos últimos compromissos antes da Copa América.

O Palmeiras enviou um pedido de desconvocação, mas não foi atendido. Valdivia conversou com a diretoria do clube e disse que estava disposto a abrir mão da seleção para dar sequência ao tratamento, mas não quis se envolver nas conversas. No Palmeiras, essa atitude foi compreendida como falta de esforço para conseguir a liberação. Nesta quinta (19), o presidente Paulo Nobre disse respeitar “as escolhas” do jogador.

— O Valdivia tem me impressionado exatamente pela motivação, pela disposição que tem demonstrado tanto nos trabalhos internos quanto agora que passou para o campo. Acompanhei muito ele na fase da musculação, da fisioterapia. Chegava, procurava colher uma impressão dele. Ele é sempre muito otimista, muito para cima, está vendo com muito bons olhos tudo o que tem sido feito no clube neste ano. Fiquei muito feliz em saber que partiu dele espontaneamente a vontade de jogar primeiro pelo Palmeiras do que pela seleção. Minha expectativa ainda é muito saudável.