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Contratação de Neymar no PSG foi mais lucrativa para o jogador do que para o clube?

Transferência mais cara do futebol, brasileiro foi dispensado do time sem ter conquistado o grande objetivo: a Liga dos Campeões

Futebol|Isabella Pugliese Vellani*, do R7

Recuperado de lesão, Neymar participou da pré-temporada com o PSG
Recuperado de lesão, Neymar participou da pré-temporada com o PSG Recuperado de lesão, Neymar participou da pré-temporada com o PSG

Sem ser prioridade no Paris Saint-Germain, Neymar está com o caminho livre para assinar com outras equipes. Por mais que tenha um contrato até 2027 com o clube francês, o time já estipulou que quem quiser ter o brasileiro deverá desembolsar 150 milhões de euros (R$ 804 milhões na atual cotação). O valor é 72 milhões de euros a menos do que foi pago em 2017 para ter o camisa 10 em Paris. Seis anos depois da transferência mais cara do futebol mundial, fica a pergunta: a contratação foi lucrativa para quem?

A saída do atacante do Barcelona para o PSG, em agosto de 2017, aconteceu por 222 milhões de euros. Na conversão de hoje, o valor astronômico é equivalente a R$ 1,19 bilhão.

Apesar das grandes cifras, o preço era justificável, já que no clube catalão, ao lado de Lionel Messi e Luis Suárez, ele conquistou a Supercopa da Espanha (2013), a La Liga (2014–15 e 2015–16), a Copa do Rei (2014–15, 2015–16 e 2016–17), além da Liga dos Campeões da Uefa (2014–15) e do Mundial de Clubes da Fifa (2015).

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O time da França quis o talento do camisa 10 para um projeto tão ambicioso quanto o da Espanha, a conquista da Liga dos Campeões, feito inédito na história do clube. O título não veio, e os franceses chegaram à final da competição apenas uma vez, na temporada 2019/2020. 

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Para Fábio Wolff, sócio-fundador da agência de marketing Wolff Sports, o clube poderia ter explorado melhor a imagem de Neymar, caso os resultados dentro de campo tivessem vindo. "A presença do Neymar deu grande visibilidade ao PSG, porém poderia ter sido ainda maior se o clube tivesse conquistado os títulos almejados", disse para a reportagem.

Expectativa e realidade

Os troféus para o PSG vieram, até em maior quantidade do que para o Barcelona. Em seis anos, o jogador conquistou a Ligue 1 (2017–18, 2018–19, 2019–20, 2021–22 e 2022–23), a Copa da França (2017–18, 2019–20 e 2020–21), a Copa da Liga Francesa (2017–18 e 2019–20) e a Supercopa da França (2018, 2020 e 2022).

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Mas as vitórias nessas competições não representaram um diferencial para o clube, já que todas também foram vencidas antes da chegada do brasileiro na equipe.

Além das vitórias em campo, era esperado que Neymar levasse mais marketing para a equipe, considerando que ele é o brasileiro com mais seguidores do mundo e, em apenas uma rede social, soma mais de 211 milhões de fãs.

Por outro lado, os especialistas acreditam que o uso ativo da internet pelo jogador pode ter agregado aspectos positivos e negativos à marca PSG.

A legião de fãs nas redes sociais

"As redes sociais aproximaram muito os atletas dos torcedores. São muitos os casos em que os atletas possuem mais seguidores do que os próprios clubes. Se bem trabalhadas, elas geram ótimos negócios tanto para eles quanto para seus clubes", explica Rene Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, ao R7.

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Craque em campo e polêmico fora dele

No entanto, a postura do atacante fora de campo pode ter impactado a relação entre Neymar e o PSG. Colecionador de polêmicas, o jogador já usou as redes sociais até mesmo para se desculpar de uma traição.

"Qualquer atleta, ainda mais de alto nível, precisa se resguardar fora de campo, pois além de tudo ele é um influenciador da torcida. Quanto mais bem preparado ele estiver, maior será a chance de ele desempenhar bem seu papel nos jogos", reforça Salviano.

"Se, em algum momento, as notícias fora do campo tiveram repercussão maior do que dentro dele, então eu acredito que, sim, o extracampo pode ter prejudicado", completa Wolff.

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Com os milhões de seguidores do atacante, não foi a falta de apoio dos fãs que ocasionou a dispensa do Paris Saint-Germain. Assim que foi anunciado pelo time, em 2017, mais de 50 mil camisas com o nome do jogador foram vendidas nas lojas oficiais, o que representou 70% das vendas gerais.

Mas a venda de camisas não reverteria nenhuma situação para a permanência do jogador: "A venda de camisas não paga as contratações de superatletas como Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar. Por mais que seja um tipo de receita importante e que deve ser sempre levado a sério, engana-se quem acredita que apenas a venda de camisas paga a conta final", conclui o CEO da Heatmap.

Com um futuro indefinido, Neymar viajou com o PSG para os jogos amistosos de pré-temporada na Ásia, em agosto, e entrou em campo no jogo contra o Jeonbuk Hyundai, da Coreia do Sul. Na ocasião, ele marcou dois gols. De volta à Europa, recebeu a notificação de dispensa e faltou a um treino, mas logo retornou às atividades. O brasileiro é cotado para ir para o Al-Hilal, da Arábia Saudita, e para o Chelsea, da Inglaterra.

* Sob supervisão de Carla Canteras

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