Boca Juniors é punido por racismo contra o Corinthians e estreia sem torcida na Libertadores
O segundo maior campeão da América entra em campo no dia 6 de abril, na Venezuela, contra o Monagas
Futebol|Do R7

O Boca Juniors não terá torcida em sua estreia na Copa Libertadores, no dia 6 de abril, na Venezuela, diante do Monagas. O clube argentino foi punido pela Conmebol por atos racistas e xenofóbicos contra a torcida do Corinthians nas oitavas de final da edição passada do campeonato. Torcedores do Boca, reincidentes, imitaram um macaco e ainda fizeram gestos nazistas para os corintianos.
Em 2022, o Boca Juniors e o Corinthians jogaram quatro vezes — caíram na mesma chave na primeira fase — e se cruzaram nas oitavas, com o time paulista levando a melhor nos pênaltis. Ainda pela fase de grupos, torcedores xeneizes foram presos em São Paulo por atos racistas e só foram liberados após o pagamento de fiança. Os gestos discriminatórios se repetiram, e o clube argentino acabou multado em 100 mil dólares (aproximadamente R$ 525 mil na época). O Corinthians queria que eles não tivessem torcida na volta das oitavas.
O pedido não funcionou na época, mas agora a Comissão Disciplinar da Conmebol resolveu proibir os torcedores do time argentino na abertura da atual edição. "O Boca Juniors informa a seus sócios e torcedores em geral que, por uma medida disciplinar da Conmebol, como consequência de incidentes produzidos na partida contra o Corinthians na Libertadores de 2022, não haverá venda de entradas nem ingressos de público visitante na partida que o clube disputará na quinta-feira diante do Monagas, na Venezuela, pela Copa Libertadores", informou o clube.
Muitos xeneizes não gostaram da medida e até sugeriram apoiar o clube como infiltrados, por meio da compra de ingressos da torcida venezuelana. O Boca, temendo novas sanções, pediu que ninguém vá à partida contra o Monagas. "Para evitar possíveis sanções futuras, os torcedores deverão abrir mão de tentar acompanhar a partida [no estádio]", pediu.

Desde a edição passada, os dirigentes do clube cobram "educação" nas arquibancadas. Mesmo assim, o racismo foi presenciado mais de uma vez nos jogos da equipe contra o Corinthians, o que obrigou o clube a repetir o pedido.
"O Boca mais uma vez reprova qualquer ato xenófobo que viole os direitos de qualquer grupo e pede cuidado com todos os comportamentos no estádio, em linha com os valores que o clube incentiva para construir a cada dia um clube e um futebol mais inclusivos."
Corintianos são alvos de racismo pela terceira vez diante do Boca: relembre casos contra brasileiros
A atual edição da Libertadores tem estampado capas de jornais não só pelo que ocorre dentro das quatro linhas. Episódios de racismo contra times brasileiros têm sido cada vez mais comuns. Só em 2022, foram dez casos contra equipes como Corinthians, Flu...
A atual edição da Libertadores tem estampado capas de jornais não só pelo que ocorre dentro das quatro linhas. Episódios de racismo contra times brasileiros têm sido cada vez mais comuns. Só em 2022, foram dez casos contra equipes como Corinthians, Fluminense, Flamengo e Palmeiras. Relembre todos os episódios na galeria a seguir