Já no fim de outubro, Rubinho Barrichello não era mais comentarista de F-1 da Rede Globo. Mas no último domingo (9), depois de 20 anos, ele deixou de comparecer a um GP do Brasil para não ter de explicar a demissão
Em vez de circular pelo paddock para rever os velhos amigos da F-1, ele foi jogar golfe em Itu, ficando o mais distante possível do circo da F-1 no Brasil
Djalma Vassão/Gazeta Press
Vários órgãos de imprensa informaram que um dos motivos da saída do piloto do time de comentaristas da emissora foi o fato de fazer mais do que lhe era solicitado, além de ter dificuldades de obedecer determinações da produção
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Isso teria gerado um atrito profissional com o narrador Galvão Bueno, que sempre busca centralizar as atenções em torno de seu trabalho, até como uma estratégia de transmissão
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Houve divergência, mas Rubinho tentou minimizar, publicando no twitter, no último dia 24, uma mensagem em que agradecia Galvão e o comentarista Reginaldo Leme.
— Galera ... Eu so tenho a agradecer estes dois anos de aprendizado especialmente ao Galvao,Reginaldo
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A Globo afirma que o fim do vínculo foi amigável e que, no contrato, era prevista uma quantidade de transmissões com a participação do piloto, que foi cumprida
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Outro motivo que teria incomodado a direção da Globo foi o fato de que Rubinho, muito conhecido no mundo da F-1, estivesse, segundo comentários, se aproveitando de algumas viagens para tentar se encaixar na Mercedes, o que marcaria seu retorno à principal categoria do automobilismo
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Rubinho é o piloto que mais disputou GPs na história da F-1: 323, obtendo 11 vitórias. Também é o que atuou o maior número de temporadas consecutivas: 19, entre 1993 e 2011, quando deixou a categoria
Agência Estado
Esta experiência, porém, facilitava o trabalho nas transmissões, já que Rubinho tem acesso à quase todos os protagonistas da categoria, como nesta foto informal com o tetracampeão mundial, entre 2010 e 2013, Sebastian Vettel
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Rubinho, porém, ainda mantém o desejo de retornar à F-1. Segundo o jornalista Adam Cooper, da revista Autosport, ele tinha tudo acertado para retornar pela equipe Caterham, no último GP dos Estados Unidos
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Mas a crise financeira da equipe impediu a volta do brasileiro. A Caterham ficou de fora da prova nos EUA, assim como na do Brasil e ainda luta para disputar a última etapa, em Abu Dhabi
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Enquanto isso, Rubinho, aos 42 anos, parece feliz da vida com um ano de vitórias. Afinal, ele é o atual líder da temporada de Stock Car, com 170 pontos. Em agosto venceu a famosa Corrida do Milhão, faturando R$ 1 milhão e mostrando seu lado vencedor
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Faltam duas provas para o encerramento da temporada da Stock Car, nos próximos dias 15 (Salvador) e 30 (Curitiba) e Rubinho espera se manter na ponta para, quem sabe, experimentar novamente dirigir um monoposto da F-1, desta vez como um veterano campeão