Novo modelo de transmissão, mudanças na arbitragem e domínio paulista: o raio-x do Brasileirão 2025
Principal mudança se diz respeito à redistribuição dos direitos de transmissão; Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Internacional, Atlético-MG e Botafogo entram como favoritos
Futebol|Estadão Conteúdo

O Campeonato Brasileiro começa neste fim de semana com importantes mudanças que prometem transformar a maneira como o torcedor consome o futebol. A principal delas diz respeito à redistribuição dos direitos de transmissão, a partir da formação dos dois blocos comerciais, LFU e Libra.
Em campo, Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Internacional, Atlético-MG e Botafogo entram como favoritos na disputa pelo título.
O novo contrato dos clubes da Série A com as emissoras pela exibição dos jogos não vai coincidir com um movimento de união das ligas para a organização do Campeonato Brasileiro a partir de 2027. A previsão é que a edição de 2026 seja a última com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como responsável pela estruturação do torneio.
A LFU firmou contrato com a Record para a exibição de um jogo por rodada até o fim de 2027.
A média de faturamento das equipes da Libra com os direitos de transmissão deve beirar os R$ 150 milhões, enquanto os clubes filiados à LFU tendem a receber, em média, R$ 130 milhões.
DOMÍNIO PAULISTA
O Estado de São Paulo volta a ter seis representantes na elite do Campeonato Brasileiro, fato que não ocorria desde 2012. Entre eles, há um estreante: o Mirassol. A equipe sediada a cerca de 450 quilômetros da capital paulista foi vice-campeã da Série B de 2024.
O campeão foi o Santos, que retorna ao topo com um ídolo no elenco: Neymar. Com problemas físicos, ele não estará em campo na estreia. Sua presença em todo o torneio também está em xeque, uma vez que seu contrato se encerra em junho, com somente 12 rodadas realizadas.

Melhor paulista no Nacional nos últimos anos, o Palmeiras foi vice na última temporada e terminou o ano com um gosto amargo. A equipe conta com contratações de peso para reencontrar o caminho do título e ampliar sua liderança na lista de campeões. Vitor Roque e Paulinho custaram pelo menos R$ 260 milhões aos cofres palestrinos e querem ajudar o time a chegar à sua 13ª conquista
O Corinthians não fez grandes investimentos para esta temporada. Após assustar a torcida em 2024, o conjunto alvinegro tem time para brigar por posições melhores desde a primeira rodada e, para isso, conta com Memphis, Yuri Alberto, Rodrigo Garro e André Carrillo, que estão na graça da torcida após o título do Paulistão sobre o arquirrival.
O São Paulo, por sua vez, tem Oscar, Lucas Moura e Calleri como referências, mas também poupou gastos que fazem os torcedores tricolores suarem frio. Com Luis Zubeldía contestado, o clube do Morumbi não deve ter um Brasileirão tão tranquilo. O Red Bull Bragantino acumula decepções e é um dos cotados para lutar do princípio ao fim contra o rebaixamento.
Favoritos ao título
Estão entre as favoritas ao título estão as equipes que lutaram por posições no topo da tabela nas últimas edições, como Flamengo, Palmeiras e Botafogo.
O clube rubro-negro, sob o comando de Filipe Luís, tem sido amplamente elogiado e conquistou todos os torneios que disputou este ano. Já o atual campeão nacional e continental vive cercado de dúvidas, e perdeu seu técnico e seus principais destaques para este ano. A forças dos títulos estaduais também impulsionam Inter, Corinthians e Atlético-MG.
Disputando a Libertadores neste ano, São Paulo, Bahia e Fortaleza devem lutar pelas colocações mais altas, mas ainda são incógnitas, da mesma forma que Santos e Cruzeiro. Enquanto a equipe da Vila aposta em Neymar, o time celeste investiu alto em medalhões que não vão bem há algum tempo, casos de Dudu, Gabigol e Cássio.
Grêmio, Fluminense e Vasco, entre os grandes times do País, não têm um elenco tão farto e tiveram dificuldades em seus estaduais. Já com Ceará, Red Bull Bragantino, Juventude, Mirassol, Vitória e Sport, a tendência é que a luta contra o rebaixamento seja uma constante ao longo da temporada.
Favoritos ao título: Flamengo, Internacional, Corinthians, Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG. Lutam por Libertadores: Bahia, Santos, São Paulo, Fortaleza e Cruzeiro. Coadjuvantes: Grêmio, Fluminense e Vasco. Lutam contra o Z-4: Ceará, Red Bull Bragantino, Juventude, Mirassol, Vitória e Sport.
Mudanças na arbitragem
Para esta temporada, a CBF promoveu uma reformulação em sua comissão de arbitragem. Com Rodrigo Cintra como coordenador, a área contará com nomes experimentados no setor: Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Câmara Bezerra, Eveliny Almeida e Emerson Coelho.
O trabalho, porém, não vai parar por aí. Um comitê externo vai avaliar semanalmente o desempenho da arbitragem. O italiano Nicola Rizolli, o argentino Nestor Pitana — árbitros das finais das Copas de 2014 e 2018, respectivamente — e Sandro Meira Ricci se ocuparão da tarefa de supervisão.
Além das alterações no comando do apito, o Brasileirão 2025 terá duas importantes novidades dentro de campo. A primeira delas afetará especialmente os goleiros e foi aprovada recentemente pela International Board (comitê internacional), com o objetivo de impedir o retardo no reinício dos jogos — a famosa “cera”. Se o goleiro ultrapassar oito segundos com a bola em suas mãos, o time adversário terá um escanteio a seu favor.
Outra medida implementada pela CBF será o sistema multiball, que vigorou no Paulistão deste ano e compartilha do mesmo objetivo da primeira regra. Nas laterais do campo e linhas de fundo, são espalhadas 16 bolas que ficam posicionadas sobre cones. Dessa forma, a interferência dos gandulas na sequências dos jogos cai e a reposição se dá de forma mais ágil, com os atletas pegando as bolas mais próximas do local onde a partida deve ser reiniciada
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