Deputado estadual e membro do Comitê Organizador Local da Copa das Confederações 2013, o ex-jogador Bebeto pediu na última quinta-feira (27) que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, explicasse o custo da obra de reforma do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã.
Segundo os últimos valores registrados no Portal da Copa do governo federal, o gasto com a reforma do estádio construído em 1950 chegava a quase R$ 900 milhões, em dezembro de 2012. Termos aditivos posteriores podem ter elevado o custo para mais de R$ 1 bilhão.
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O dinheiro foi pago pelo governo do estado, proprietário do estádio, e, em parte, financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O custo inicial do Maracanã, previsto em 2010, quando começou a reforma, era de R$ 600 milhões. Ou seja, um possível aumento de R$ 400 milhões em apenas dois anos.
Em entrevista coletiva, Bebeto cobrou do governo e afirmou estar preocupado com a situação:
— Como parlamentar, eu tenho que cobrar do governo. Por que gastou isso? Acho que o governador tem que mostrar por que gastou. É dinheiro público. A gente tem que ficar preocupado. Eu me preocupo muito.
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Bebeto disse acreditar que o custo foi elevado pela necessidade de adequação da reforma a uma fachada existente e que não poderia ser modificada. Além disso, ele acredita que os atrasos no andamento da obra forçaram a contratação de mais mão de obra. O custo inicial do Maracanã, previsto em 2010, quando começou a reforma, era de R$ 600 milhões.
No total, os gastos com a Copa do Mundo chegam a R$ 28,1 bilhões. Enquanto, de um lado, a presidente Dilma Rousseff afirma que não injetou dinheiro público nas reformas e obras para o evento, a Fifa também diz que não é uma entidade com fins lucrativos - apesar de ter dobrado o seu lucro desde que o Brasil foi escolhido como sede da Copa, em 2007.