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A falta que o amor e ódio a Neymar fez na estreia da seleção brasileira

Jogador, que foi cortado por lesão no tornozelo, provocaria aplausos ou, pelo menos, vaias em jogo burocrático contra Bolívia na abertura da Copa América

Futebol|André Avelar, do R7

Philippe Coutinho tentou no segundo tempo assumir protagonismo de Neymar
Philippe Coutinho tentou no segundo tempo assumir protagonismo de Neymar Philippe Coutinho tentou no segundo tempo assumir protagonismo de Neymar (Ueslei Marcelino/Reuters - 14.06.2019)

Em tempos de muito amor e muito ódio, a seleção brasileira sentiu justamente falta de quem mais representa essa dualidade: Neymar. O previsível time do técnico Tite engrenou só no segundo tempo para vencer a fraca equipe boliviana por 3 a 0 nesta sexta-feira (14), no Morumbi, em São Paulo. A julgar pela partida de abertura do Grupo A, a caminhada até o exigido título da Copa América precisa de um pouco mais de reações extremas.

Como se não bastasse a acusação de estupro, feita pela modelo Najila Trindade, o então camisa 10 da seleção brasileira ainda sofreu uma lesão no tornozelo direito e precisou ser cortado da competição continental. De casa, ao lado do filho Davi Lucca, postou nas redes sociais, uma mensagem de apoio aos companheiro que, aliás, tanto o apoiaram nos dias seguintes à denúncia.

Leia mais: Samba brasileiro é substituído por tímido reggaeton na cerimônia de abertura

Dentro de campo, os ‘externos não foram desequilibrantes’, para usar uma expressão de Tite. Ficou mais do que evidente a falta de um jogador que provoque alguma reação dentro, inclusive, da própria torcida brasileira. Ame-o ou deixe-o, Neymar ainda é importante para a equipe e vender a simples ideia de um bom jogo de futebol. Dos pés dele, é possível esperar ao mesmo tempo aplausos e vais. Sem esse jogador capaz de levantar as mais diferentes emoções, apático foi pouco para um primeiro tempo.

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Substituto de Neymar, David Neres, cria das categorias de base do próprio São Paulo, o dono do palco, foi um dos mais aplaudidos na escalação anunciada nos novíssimos telões do Morumbi. Driblou para lá, driblou para cá e não arrumou mais que alguns escanteios não aproveitados e deu lugar a Everton, autor de um golaço, aos 39 minutos do segundo tempo. Do outro lado, ou fora de posição, ou cansado do título da Liga dos Campeões, Roberto Firmino pouco apareceu e foi substituído por Gabriel Jesus.

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Para voltar um pouco no tempo, nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, essa mesma equipe não teve esse senso de urgência para virar a partida. Como resultado, aceitou demais o placar para a Bélgica e continuou tocando a bola. Quando acordou, já era tarde e passagem de volta para casa já estava comprada por uma equipe não muito mais brilhante.

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Quem deveria, desde o início, demonstrar alguma reação foi Philippe Coutinho. O novo protagonista, que também não levanta as arquibancadas para o bem ou para o mal, marcou um gol de pênalti aos 5 minutos e outro, de cabeça, menos de três minutos depois, na etapa final.

A partir daí, o jogo ficou mais fácil, mas não mais interessante. Everton, com muito brio e vontade de ficar no time titular, chutou cruzado para ampliar. Antes disso, o time ainda andava burocrático e, em um naturalmente frio Morumbi, fez da abertura da Copa América uma sala de cinema para pouco mais de 46 mil pagantes. De um filme sem emoção.

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A torcida agora é para que a agonia da seleção brasileira tenha ficado no Morumbi. Pela segunda rodada do Grupo A, o triste time montado pelo técnico Tite enfrenta a Venezuela, ainda mais modesta que a Bolívia, na terça-feira, às 21h30 (de Brasília), na Fonte Nova, em Salvador.

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