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Num arroz-com-feijão sem tempero, o Brasil supera a Bolívia por 3 X 0

Foi um cotejo unilateral, praticamente sem adversário, uma única defesa de Alisson aos 89'. Por que razão Tite optou pela seleção com dois volantes?

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Não houve uma disputa, sequer ocorreu uma exibição. Aconteceu apenas um exercício unilateral, um simulacro de perseguição durante uma caçada, até que, ao invés do abatimento da presa, sucedesse o gol. Fraquíssimo o time da Bolívia, muito elegante, bonito, o time do Brasil, que resgatou o fardamento do Maracanazo de 1950, calções azuis e camisas brancas. Faltaram, todavia, mais agilidade na armação e o indispensável entrosamento ofensivo.

Brasil 3 x 0 Bolívia
Brasil 3 x 0 Bolívia Brasil 3 x 0 Bolívia

ALISSON BECKER (7,0)

O craque do Liverpool na decisão da Champions League mal percebeu que a pelota era alva com detalhes escuros. Bem, mal percebeu até uma defesa preciosa aos 87’, quando evitou o que seria o gol-de-honra da Bolívia.

DANIEL ALVES (6,0)

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Deveria funcionar como um salvo-conduto a escalação de dois volantes, Casemiro e Fernandinho, na proteção da bequeira. Ousou pouquíssimo nas descidas ao ataque. E, quando avançou, se limitou aos cruzamentos insípidos.

MARQUINHOS (6,5)

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Basicamente sem trabalho.

THIAGO SILVA (7.0)

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Recuperou a postura que, antes do seu patético fracasso na Copa de 2014, lhe garantiu a braçadeira de capitão, agora entregue a Daniel Alves. Altaneiro, impositivo, Thiago jogou de cabeça erguida.

FILIPE LUÍS (5,5)

Essencialmente um desaparecido. Saudades de Marcelo. Chamou mais atenção pelo birotinho do seu penteado.

Casemiro, com Phillipe Coutinho
Casemiro, com Phillipe Coutinho Casemiro, com Phillipe Coutinho

CASEMIRO (5,5)

Mesmo com a escolta de Fernandinho, permaneceu preso em demasia à sua metade do gramado. Desnecessário. Mas não por culpa sua.

FERNANDINHO (6,0)

Com certeza apenas iniciou a pugna como titular porque Tite optou por poupar Arthur, que ficou dias no estaleiro, contusão sofrida no amistoso dos 7 X 0 sobre a frágil equipe de Honduras. Desnecessário.

Phillipe Coutinho, Brasil 2 X 0 Bolívia
Phillipe Coutinho, Brasil 2 X 0 Bolívia Phillipe Coutinho, Brasil 2 X 0 Bolívia

PHILLIPE COUTINHO (8,0)

Cobra escanteios, bate infrações, trança e re-trança diante da meia-lua, mas ainda carece da centelha que distingue os já ótimos dos extraordinários. Acabou por inaugurar o resultado aos 49’, num penal justificado pelo VAR. E duplicou o seu tesouro aos 52, numa investida de Firmino pela direita e uma corrida em busca da testada fulminante, direta, fatal.

RICHARLISON (8,5)

Personalidade. Não se atemorizou com a súbita condição de principal definidor em um ataque sem Neymar. E foi o indutor do toque de braço que levou ao penal do 1 X 0. Um quase desconhecido até Agosto de 2018, se tornou o insubstituível desta seleção, ao menos por enquanto.

WILLIAN (S/N)

Entrou, no lugar de Richarlison, aos 83'. Nada.

DAVID NERES (7,5)

Igualmente, personalidade. No entanto, ainda, meramente em lampejos intermitentes. Tem talento. O tempo, mais a certeza de que não precisará se preocupar, afortunadamente, com a sombra de Neymar, cuidarão de propiciar o seu inexorável aprimoramento. Belíssima promessa.

Éverton Cebolinha e Felipe Luís
Éverton Cebolinha e Felipe Luís Éverton Cebolinha e Felipe Luís

ÉVERTON (8,0)

Entrou tarde o Cebolinha do Grêmio, só aos 81’. De todo modo, aos 84’, num lance individual, espetacular, provou ser indispensável, hoje, como parceiro de Richarlison. Em menos de 15', foi quase o melhor do prélio.

ROBERTO FIRMINO (7,0)

Muita movimentação. Contudo, decepcionou porque não finalizou uma única vez à meta da rival. Ao menos construiu o lance que redundou nos 2 X 0.

GABRIEL JESUS (S/N)

Entrou, no lugar de Firmino, aos 64’. Nada, nadica.

Tite, arroz-com-feijão sem tempero
Tite, arroz-com-feijão sem tempero Tite, arroz-com-feijão sem tempero

ADENOR BACCHI, o TITE (6,5)

Apostou bem ao preservar Arthur diante de uma rival tão incipiente. Apostou pessimamente, porém, ao desafiar a pobre Bolívia com dois mastins de meio-campo. Poderia ter utilizado Lucas Paquetá na posição. Como, em vez de Willian, para o posto de Neymar, deveria ter convocado o palmeirense Dudu. Uma partida, ahn, feijão-com-arroz. Quando poderia ter colocado alguma pimenta no cotejo, ao trocar Neres por Éverton, imediatamente neutralizou o seu tempero no equívoco de trocar Richarlison por Willian.

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