Belgas 'liberam' Henry para cantar hino da França e exaltam auxiliar
Maior artilheiro da seleção francesa, ex-atacante disputou três Copas do Mundo e hoje trabalha como auxiliar do treinador da Bélgica, Roberto Martinez
Lance|Do R7
Thierry Henry não estará em campo na Arena Zenit, em São Petesburgo, nesta terça-feira, quando a bola rolar para a disputa de uma vaga na final da Copa do Mundo, entre França e Bélgica. Mas por razões óbvias, o ex-atacante francês e hoje auxiliar-técnico belga é um dos personagens do embate. Kevin De Bruyne "liberou" até Henry para cantar o hino de seu país antes da partida.
- Eu não sei, ele não falou o que vai fazer. Talvez ele cante a Marselhesa, o que é normal. Nós conhecemos os jogadores da França muito bem, muitos de nós jogam juntos. É uma situação difícil a do Henry, mas ele está trabalhando para a Bélgica e quer vencer. É o trabalho dele, é futebol - afirmou o belga.
Henry foi tema de perguntas dos jornalistas tanto na coletiva da França quanto na da Bélgica. Ele vestiu a camisa da seleção francesa de 1997 a 2010 e hoje é braço direito do técnico Roberto Martinez, espanhol que comanda os belgas. O ex-atleta foi reserva na campanha do título mundial de 1998 e disputou também as Copas de 2002 e 2006. É o maior artilheiro da seleção: 51 gols.
A experiência do francês dentro do grupo da Bélgica é algo elogiado. Dos 23 atletas belgas na Rússia, 15 estiveram na Copa de 2014, no Brasil. É um grupo que já acumula rodagem em Mundiais. Mas muito menos do que Henry.
- Trabalhamos com Henry nos últimos dois anos, temos uma clara metodologia, nos ajuda bastante. Tem know row de Copa do Mundo, experiência, sabe como atletas se sentem nessas horas. Não temos uma geração que tenha vencido uma Copa do Mundo. Henry é um líder, atento aos detalhes. Ele ajuda todos os jogadores - afirmou o espanhol Roberto Martinez.
De Bruyne, aos 27 anos, vai ver a experiência pela primeira vez em uma semifinal. O melhor jogador em campo na vitória por 2 a 1 sobre o Brasil, nas quartas de final, não escondeu a ansiedade para encarar a França.
- Estou muito motivado, é uma semifinal de Copa do Mundo. É sentir e curtir esse momento. A Bélgica tem um time muito bom. Temos uma ambição como time, como grupo de jogadores. Em minha opinião, chegamos longe e podemos ganhar a competição. São sete ou oito anos jogando juntos desse grupo. Talvez alguns jogadores não acreditassem antes, agora é um sentimento maior de cada um, do que nós podemos fazer até o fim - declarou a estrela belga, de olho também em uma estrela atual que veste a camisa da França.
- O Mbappé é uma estrela na França. É um jogador diferente, uma estrela. Está tendo uma fantástica temporada, eu penso que ele é um perigo para nós. Mas vamos tentar pará-lo - completou De Bruyne.
França e Bélgica entram em campo às 15h (de Brasília) desta terça-feira. Quem vencer vai à final contra o vencedor de Inglaterra e Croácia, no domingo.