Zé Rafael e Rony não querem sair do Palmeiras. Mas o clube força a venda. Não precisa deles. Por conta de Richard Rios e Facundo Torres
O habilidoso meio-campista e o velocista atacante não são mais imprescindíveis ao Palmeiras. Pelo contrário. O clube tenta, de todas as maneiras, um bom negócio para a dupla. Zé Rafael recusou o Santos duas vezes. E Rony, o Fluminense. Situação tensa
Cosme Rímoli|Do R7
No planejamento frio, de 2025, não leva em consideração o passado recente.
Muito pelo contrário, o Palmeiras deste ano analisa Zé Rafael e Rony como dispensáveis.
Jogadores que devem sair para o bem do grupo.
Os dois, quando estavam no auge, tiveram seus contratos renovados até dezembro de 2026.
Prazo longo demais para a dupla, que se tornou reserva de luxo.
Ambos ganham excelentes salários.
O meio-campista, R$ 700 mil.
Rony, R$ 1 milhão.
Os dois são próximos e têm conversado sobre a desconfortável situação.
E o assédio dos clubes que os desejam.
Foram na mesma linha de raciocínio.
Disseram ‘não’ ao Santos e ao Fluminense.
Por conta da instabilidade financeira dos dois clubes.
Jogadores de equipes diferentes são próximos, trocam mensagens o ano todo.
E sabem os clubes que pagam em dia e os que não pagam.
O que, infelizmente, aconteceu nos últimos anos na Vila Belmiro e nas Laranjeiras.
O entusiasmo do Cruzeiro diminuiu diante das séries de contratações que o clube mineiro fez.
O executivo Alexandre Mattos tenta o empréstimo da dupla.
Mas o Palmeiras pretende a venda.
Na análise fria de Abel Ferreira, os dois tiveram comportamento ruim, quando perderam as posições para Richard Rios e Estêvão.
Para piorar a situação de Rony, chegou o uruguaio Facundo Torres, com as suas características.
Zé Rafael não mostrou garra, empenho, luta nos treinos a mais que o jogador colombiano.
Mas se manteve sereno, até demais, para o gosto do técnico português.
Rony, pelo contrário, se irritou.
Detestou ter de atuar improvisado como ‘centroavante’, enfiado entre os zagueiros.
Ou deslocado para a esquerda, onde seu rendimento não é o mesmo da direita, reservada a Estêvão.
De jogador mais bem-humorado ao irritadiço do grupo.
Rony desagradou muito Abel Ferreira, que nem o utilizou na partida fundamental contra o Cruzeiro, na penúltima rodada do Brasileiro, quando havia chances matemáticas de alcançar, passar o Botafogo.
O atacante ficou no banco, raivoso, nem desceu aos vestiários, no intervalo.
O executivo Anderson Barros segue a orientação da Comissão Técnica.
Busca saídas honrosas e lucrativas para os dois.
Eles já sabem que serão reservas fixos, se ficarem.
Leila Pereira não quer pagar R$ 1,7 milhão para dois suplentes.
E nem Abel deseja atletas conceituados no banco, que podem deixar o ambiente tenso.
Os dois insistem.
Só irão embora com propostas lucrativas.
E com a certeza de que irão receber seus salários.
Zé Rafael tem 31 anos e meio.
Rony fará 30 em maio.
Para o executivo de futebol palmeirense a hora de vendê-los é agora.
Mas eles insistem.
Entre propostas duvidosas, preferem ficar.
Mesmo no banco.
O clima está se tornando desagradável para os envolvidos...
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