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Cosme Rímoli - Blogs

Vexame histórico do Brasil. Derrota por 6 a 0 para a Argentina, no Sub-20, terá consequências. CBF fará reformulação geral na base

O Brasil teve a maior derrota de sua história, para sua maior rival. Na estreia do Sul-Americano, sub-20, os argentinos foram impiedosos. Venceram por 6 a 0. O presidente Ednaldo Rodrigues promete ‘mudar tudo’. A começar por Ramon Menezes e Branco

Cosme Rímoli|Do R7

A maior derrota da história para os argentinos. E terá consequências sérias na CBF Conmebol

Foi a gota d’água.

Na mesma noite, que Ednaldo Rodrigues comemorava o acordo com o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, garantindo sua permanência como presidente da CBF até dezembro de 2026, veio o resultado humilhante, na Venezuela.

A Seleção Brasileira sub-20 foi massacrada pela Argentina.

O time escolhido, organizado, comandado por Ramon Menezes perdeu por 6 a 0.


Jamais na história do confronto com os maiores rivais, em todas as categorias, houve tamanha goleada.

O resultado já ganhou o mundo.


Robert, Igor Serrote, Jair, Arthur Dias e Zé Guilherme (Moscardo, intervalo); Alisson (Nathan, 21′/2ºT), Pedrinho e Breno Bidon; Rayan (Leadrinho, intervalo), Kauan Rodrigues e Wesley (Deivid Washigton, intervalo).

Esses foram os atletas que entraram no estádio Misael Delgado, em Valencia, Venezuela.


Ainda na noite de ontem, houve revolta dos presidentes de Federações Estaduais de Futebol.

Vários deles trocaram mensagem, telefonaram para Ednaldo Rodrigues.

A avaliação era a mesma.

É necessária uma revolução na base.

Mesmo se acontecer reviravolta, e o Brasil voltar campeão do Sul-Americano, o vexame foi grande demais e consolidou a necessidade de mudança urgente de rumo.

Ramon Menezes, que chegou a ser treinador da Seleção principal, é o principal alvo.

O Brasil perdeu para Marrocos e Senegal.

O ex-jogador do Vasco se dá muito bem com Ednaldo.

E foi confirmado como técnico da pré-olímpico.

Novo vexame, não classificou a Seleção para Paris.

A notícia era, ainda em janeiro de 2024, que tanto Ramon quanto o coordenador Branco seriam demitidos.

Só que, outra vez, a relação pessoal com a dupla e o presidente da CBF prevaleceu.

Dorival Júnior orientou, por vídeo, a Seleção Brasileira sub-20. Antes do 6 a 0 para a Argentina CBF

Ele seguiu dando seu voto de confiança, para surpresa de alguns presidentes de federações poderosas no país.

O dirigente seguiu com os dois porque eles sempre seguiram as determinações do dirigente, sem questionamento.

O novo coordenador-geral de Seleções, Rodrigo Caetano, afirmou, ao assumir, que a dupla continuaria.

“Por enquanto”, foi o termo que ele usou.

E Branco e Ramon seguiram.

Aceitavam as inúmeras recusas dos clubes em cederem seus atletas para os times de base.

E as equipes não são obrigadas a liberá-los.

A legislação mundial só prevê em datas-Fifa, o que não acontece nos torneios dos garotos, como o Sul-Americano sub-20, da Venezuela.

Por isso, Estêvão, Lorran, Luís Guilherme, Vítor Reis, Endrick, Chermont não estavam no grupo que passou vergonha ontem.

Situação que aconteceu no pré-Olímpico de Paris e que teve reflexo no fracasso na conquista de uma vaga para o Mundial sub-20.

Ednaldo garantiu nesta manhã de sábado, em troca de mensagem, que fará uma profunda reformulação na base.

Não só nos nomes de Ramon Menezes e Branco.

Endrick e Estêvão poderiam estar no Sul-Americano. Mas a CBF não conseguiu convencer Real Madrid e Palmeiras a liberá-los CBF

Agora garantido judicialmente até dezembro de 2026 e desejando um novo mandato, até 2030, Ednaldo e os presidentes de federações mais próximos, querem mudar o modelo com que o país trabalha seus garotos.

A unificação de trabalho — como a Espanha faz muito bem.

Com treinadores com resultados efetivos nas divisões menores.

Participação ‘de verdade’ do treinador da Seleção principal.

Não só uma palestra virtual motivadora, como fez Dorival Júnior, antes da partida de ontem contra a Argentina.

E os presidentes de federações querem que Ednaldo tenha um coordenador com mais diplomacia.

Capaz de convencer os dirigentes de clubes a cederem mais atletas para os torneios importantes de Seleção.

Em um exemplo.

Se o Palmeiras tem quatro atletas diferenciados e que mereceriam estar convocados, que se tente a liberação de dois.

Com a garantia de não chamá-los em amistosos.

Algo nesse caminho.

Essa ação é fundamental.

Ramon e Branco. Não seguirão depois do Sul-Americano CBF

Quanto aos nomes, há a certeza, desta vez, absoluta, que Ramon Menezes e Branco não seguirão.

Desde ontem à noite, Ednaldo é pressionado para demitir Ramon.

Algo que ele não concordava, porque o torneio sul-americano segue acontecendo.

O Brasil já jogará amanhã contra a Bolívia.

Seria radical demais, pela forma de Ednaldo trabalhar, mandar o técnico embora.

Mas haverá mudanças significativas na maneira com que a CBF tratará a base.

Até porque os reflexos são fortíssimos na Seleção principal, tão desgastada.

Que não vence a Copa do Mundo desde 2002.

E que já perdeu também a hegemonia da América do Sul.

Para a mesma Argentina, que humilhou os brasileiros ontem....

Veja também: Dorival manda mensagem de apoio à Seleção Sub-20 antes da estreia no Sul-Americano

Na véspera da estreia, treinador da Amarelinha se reuniu de forma virtual com os jogadores; Brasil enfrenta a Argentina na Venezuela.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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