Emocionado com vitória sobre o Palmeiras,Ramón Díaz revela:recusou a Seleção da Arábia Saudita. Para ficar no Corinthians. Não quer sair
O treinador argentino foi vaiado quando seu nome foi anunciado antes do clássico. Ele sabe que há forte pressão para que vá embora, ao final do Brasileiro. Só que ele deseja ficar. E disse que recusou proposta ‘única’ para ficar no Corinthians. Da seleção da Arábia Saudita
Cosme Rímoli|Do R7
“Estamos em um clube que tem muita história e não é brincadeira estar na zona de rebaixamento. Primeiro objetivo era sair do rebaixamento. Claro que sempre planejamos o futuro. Temos um ano (de contrato), todo 2025.
“Deixamos passar um oferta única na semana passada, a mais importante da nossa história, recusamos essa oferta porque estamos cumprindo o sonho de estar no Corinthians.”
As frases foram ditas por Emiliano Díaz, auxiliar e filho de Ramón, treinador do Corinthians.
Ele queria que ficasse no ar qual seria essa ‘oferta única’.
Mas seu pai estava emocionado demais depois da vitória diante do rival, e favorito, Palmeiras.
“É foi da Arábia Saudita”, confirmou o argentino.
Tanto Ramón quanto Emiliano sabem que a pressão pela rescisão do contrato dos dois, ao final da temporada, é muito grande.
Pela instabilidade do time.
Por mais que o Corinthians tenha chegado às semifinais da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana.
As eliminações contra o Flamengo e Racing pesaram demais.
“Ser treinador não é fácil. É muita pressão em todos os sentidos. Te exigem resultados. E toda vez que perdemos uma semifinal vamos ser questionados. Aqui está Fabinho (Soldado, executivo), que sempre nos apoiou. Estamos há três meses aqui. Sabemos que teremos que entender isso, mas estamos acostumados, tranquilos. Nunca perdemos a tranquilidade, sabemos do nosso trabalho”, disse o técnico.
Emiliano sobre defender o trabalho do seu pai e o seu.
“O que o Corinthians almeja? “Fomos claros: a prioridade era o Brasileirão. Tínhamos 12 pontos quando chegamos. É jogo a jogo, dia a dia. Ninguém acreditava que chegaríamos a duas semifinais e chegamos. Poderíamos ir além, mas são coisas do futebol. É fazer sempre com que o Corinthians compita no máximo até o final. Estamos em um clube muito grande e que está se formando há três meses. O presidente chegou há um ano, o Fabinho há oito meses, há jogadores com dois meses. O treinador erra, a diretoria erra... é normal. É tudo muito novo. Acho que estamos fazendo as coisas bem, e a meta é ganhar todos os jogos, com esta camisa, a obrigação é essa.”
Sobre o jogo, Ramón foi superficial.
De propósito.
Seu time foi vitorioso.
Mas deu apenas seis arremates a gol.
E sofreu 16, mesmo jogando em Itaquera.
“Foi uma partida disputada, linda para a torcida. O rival é uma grande equipe, por isso conseguiram tantas coisas importantes. Todo jogador que entrou deu o máximo, estamos muito contentes com o triunfo.”
Emiliano Díaz tratou de ironizar as vaias da torcida corintiana, quando o nome do seu pai foi anunciado na arena de Itaquera, antes de começar a partida.
“É normal porque estamos no maior time do Brasil. Ele ganhou 24 títulos. Juntos, ganhamos 12. É normal, perdemos muitas finais também. Sabemos que é um time grande com cobrança grande. Sempre cobram de pessoas capazes, nunca cobram de alguém que não ganhou nada. Quando as coisas não dão certo ou quando a gente erra — como erramos —, é normal, está bem, aceitamos. Internamente, nem o elogio e nem a crítica nos mudam. É um foco do nosso trabalho, sobretudo dando tranquilidade ao grupo. O objetivo, quando chegamos, era tirar o Corinthians desta situação. Pouco a pouco, estamos fazendo. É uma alegria enorme para o torcedor, que via o time não ganhar o clássico há três anos.”
“Você só entende (a importância do derby) quando está aqui. Sabíamos a importância de Corinthians x Palmeiras, mas a semana foi brava, ainda mais depois de uma eliminação. Era inferno ou céu. É bom para desfrutar muito, ainda mais depois da eliminação. Para a gente, que trabalha em clássico, é melhor ainda. Agora sim, entendi o que é Corinthians contra o Palmeiras. Vivemos para isso.”
A vitória sobre o Palmeiras pode ter um peso grande sobre o futuro da dupla.
Muito maior do que os dois terem recusado treinar a Arábia Saudita.
Mas o melhor caminho está traçado.
Evitar o rebaixamento...
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