São Paulo, Brasil
Veio o golpe final.
Aquele que vai afugentar os patrocinadores de vez.
E colocar o fim na sobrevida dos canais Fox Sports no Brasil.
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A Walt Disney Company comprou, em dezembro de 2017, a 21st Century Fox por US$ 52,4 bilhões (cerca de R$ 173 bilhões) em ações.
No pacote, adquiriu os canais FX Networks, National Geographic Partners, Fox Sports Regional Networks, Fox Networks Group International, Star India, além das participações da Fox no serviço de streaming Hulu na produtora Endemol Shine.
Com o negócio, a Disney assumirá uma dívida líquida de US$ 13,7 bilhões (R$ 45 bilhões) da 21st Century Fox.
Em relação ao esporte, a Disney já possuia os canais ESPN no mundo.
No Brasil, além de não interessar manter a Fox Sports, a Disney foi proibida pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), em fevereiro deste ano, de manter os dois canais esportivos. Para evitar o monopólio.
Decisão que agradou em cheio aos executivos do Globosat.
Com a extinção do Esporte Interativo pela Turner, o Sportv perderia também a concorrência da Fox Sports.
Havia uma enorme esperança entre os funcionários da Fox Sports Brasil que eles seriam todos cooptados pela ESPN/Brasil.
O que não acontecerá.
A Copa do Mundo da Rússia deveria servir para provar a eficácia do canal Fox Sports.
Só que foi um fracasso.
A Fox Sports que investiu perto dos 120 milhões de dólares, cerca de R$ 492 milhões, ficou com resultados totalmente abaixo da expectativa. Sem a Band, a Globo chegou a 45 pontos nos jogos que transmitiu. 10 pontos a mais do que em 2014.
O Sportv ficou com a média de dois pontos.
A Fox Sports mal chegou a meio ponto de Ibope.
Mesmo contratando celebridades.
Como Jô Soares.
A busca de patrocinadores foi péssima.
Em vez de seis, cinco.
E dois com preços muito baixos.
Promocionais.
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O que provocou a demissão do seu vice-presidente comercial, Arnaldo Rosa, durante a Copa do Mundo.
Os gastos foram altos e não compensaram.
Nem na audiência e muito menos nas propagandas.
Foi a gota d'água para a Disney.
Mesmo se o Cade não obrigasse, ela iria se livrar da Fox Sports.
E a decisão vai se materializando.
A Pyne Media, consultoria independente, foi contratada para vender a Fox Sports Brasil.
Ela já oferece o canal no mercado.
Até o final do ano, a Disney quer efetivar a negociação.
Tanto que a ordem é não investir mais um centavo em qualquer evento para a Fox Sports.
Nada de comprar os jogos da Libertadores que o Facebook transmitirá, como o de amanhã, entre Palmeiras e Melgar.
Além da ordem de cancelar a transmissão do Brasileiro da Série C, que já estava acertada.
O único interessado é o DAZN, plataforma de streaming. Empresa que pretende se transformar em uma espécie de Netflix do Esporte.
Mas também está de olho no mercado de apostas esportivas no Brasil.
A notícia que já há uma empresa oferecendo a Fox Sports no mercado brasileiro é a última ducha gelada nos patrocinadores da emissora.
Como investir em um canal que será vendido?
Ou até mesmo fechado, se não houver interessado?
Profissionais da emissora estão preocupados.
Não sabem o futuro.
O Esporte Interativo demitiu 160 funcionários.
A Fox Sports conta com cerca de 200 funcionários.
Como o blog já anuncia desde 2017...
A situação é irreversível.
A princípio se anunciou que o prazo da solução do problema seria até 2025.
Mas apenas para acalmar o mercado.
E os próprios funcionários.
Só que ninguém brinca com dinheiro.
Principalmente um grupo fortíssimo como a Disney.
A ordem é se livrar do Fox Sports Brasil.
Até o final de 2019.
Vendendo ou até extinguindo o canal.
Simples assim...
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