Palmeiras ensina a ‘oráculos’: não duvidem do time de Abel. E segue mais que favorito para o tri brasileiro. Enquanto o Botafogo desaba
Videntes precipitados diziam que o Brasileiro havia acabado para o Palmeiras, com derrota diante do Corinthians. Agora, envergonhados, precisam admitir o erro infantil. O Botafogo implode. Enquanto os palmeirenses, líderes, são enormes favoritos ao tri deste país
Cosme Rímoli|Do R7
Luiz Henrique, completamente descontrolado, jogou uma garrafa de água no segurança do Atlético.
Seu time havia acabado de empatar em 0 a 0, na quarta-feira passada, diante da equipe que decidirá a Libertadores, no próximo sábado, dia 30.
O Botafogo atuou com um jogador a mais desde o primeiro tempo, com a expulsão de Rubens.
Mesmo assim, não conseguiu vencer o rival.
E o atacante, que havia ironizado os mineiros, qualificando como ‘time de m...’, escapou da agressão dos atleticanos, mas não da expulsão tola, infantil e não enfrentou ontem o Vitória, no estádio Nilton Santos.
Igor Jesus mostrou outra vez péssimo futebol e nada contribuiu no lastimável empate em 1 a 1.
Parece outro jogador, desde que serviu a Seleção de Dorival Júnior.
Enquanto isso, em Goiânia, mesmo com gramado enlameado, pesado, com os já rebaixados atletas do time do Planalto Central correndo ensandecidos, Estêvão e Raphael Veiga decidiram a partida.
O jovem atacante driblou dois marcadores e quando um terceiro chegava para a cobertura, ele serviu Veiga, que muita frieza, marcou, sem dar a mínima chance para o goleiro Ronaldo.
A equipe de Abel Ferreira seguiu firme, forte psicologicamente, segurando o resultado espetacular, nesta altura do Campeonato.
Já o time de Artur Jorge se derretia, no Nilton Santos, diante de sua torcida, por pura afobação, forçava dribles, arremates de qualquer jeito.
Foram incríveis 55 cruzamentos para a área baiana, mostrando total falta de criatividade.
O Botafogo pagou pela irresponsável expulsão de Luiz Henrique.
Ele fez muita falta contra o Vitória.
O triunfo, em Goiânia, deu a liderança ao Palmeiras, pela primeira vez no Brasileiro.
Na 35ª rodada do Brasileiro.
O time empatou em pontos com o rival carioca, mas tem 21 vitórias contra 20, esse é o primeiro critério para o desempate.
Matemáticos gritam: o time paulista tem 70% de ser campeão do país, pela terceira vez seguida!
Mas tudo pode ficar muito melhor aos palmeirenses, loucos para se vingar da eliminação da Libertadores pelo próprio rival.
Nesta terça-feira, no Allianz Parque, o esperado encontro entre os dois líderes.
A decisão de quem ficará com o título passa por essa partida.
O fantasma da vexatória perda do título do Brasileiro de 2023, quando o Botafogo abriu 14 pontos de vantagem, voltou à tona.
Por motivos óbvios.
Inocentes, afobados, que não conseguem enxergar futebol como um todo, qualificou o time carioca como já campeão do país.
O motivo foi derrota do Palmeiras para o Corinthians e a vitória do Botafogo sobre o Vasco, abrindo seis pontos na liderança.
Mas esses cegos afoitos não perceberam que o Brasileiro estava apenas na 32ª rodada.
Fizeram pose, bateram no peito, como exímios conhecedores, diante das câmeras.
Desprezaram a força palmeirense e a pressão acima do normal que o Botafogo vivia por ter de se confirmar campeão, mesmo disputando a fase final da Libertadores.
E têm agora, de passar vergonha, fingindo não terem previsto a derrocada do time carioca.
A falta de conteúdo, estudo de futebol machucam, comprometem quem acredita no que é dito ao microfone.
O Palmeiras ganhou as três partidas seguidas desde a derrota para o Corinthians.
Grêmio, Bahia e, ontem, o Atlético Goianiense.
O Botafogo travou.
O time que já havia empatado com o Criciúma no Nilton Santos, empatou com o Cuiabá.
Dois 0 a 0, em casa, com o Nilton Santos lotado.
E não passou de outro 0 a 0, em Belo Horizonte, contra o Atlético, sem torcida no estádio Independência, com um jogador a mais desde os 39 minutos do primeiro tempo, com a expulsão de Rubens.
O lateral deu dois pontapés em quem?
Em Luiz Henrique que, infantil, acabou expulso após a partida.
Depois, veio 1 a 1 de ontem, diante do Vitória, com o Botafogo, desesperado, só conseguido empatar aos 42 minutos, em um gol contra de Wagner Leonardo.
A vantagem passou ao Palmeiras na briga pelo título.
Jogará em casa, na terça-feira, com os botafoguenses sem poder poupar atletas, mesmo com a decisão da Libertadores, na Argentina, no sábado.
Abel Ferreira sabe que o favoritismo é todo palmeirense.
Atuando em casa, com o Palmeiras sendo muito letal, mesmo não jogando bem como time, consegue vencer.
Estêvão, artilheiro Brasileiro, e Raphael Veiga, vice artilheiro vivem a melhor fase em 2024.
Nas últimas dez partidas, Veiga marcou nove gols...
Já o Botafogo, não.
Artur Jorge tenta mas não consegue disfarçar a tensão, os nervos que estão travando seu time nos jogos decisivos.
O bilionário John Textor, que era inimigo mortal da presidente Leila Pereira, não quis provocar o Palmeiras.
Tratou de desviar o foco, atacando Everson, goleiro do Atlético Mineiro.
“Eu queria falar uma coisa. Qual é o nome do goleiro do Atlético-MG? Aparentemente, estou alugando um apartamento na mente dele por um tempo. Morando na cabeça dele. Ele fez um comentário que eu faço barulho fora de campo sobre arbitragem. Eu não faço. Todos vocês que acompanharam a história de manipulação de resultados nos últimos dois anos sabem que eu apoio os árbitros. Eu quero que eles sejam bem pagos, que eles recebam melhor treinamento. (...) Ele (Everson) pode continuar fazendo o trabalho dele dentro de campo, porque é um ótimo goleiro. E, quanto mais eu ocupar a mente dele, problema dele”, disse o norte-americano.
Esperto, queria que os jornalistas pensassem em Everson, que reclamou da atuação bizarra do dono do futebol do Botafogo, colocando em dúvida a arbitragem brasileira.
E não na decadência técnica e psicológica do Botafogo.
Muito bem representada por Igor Jesus e Luiz Henrique.
O Palmeiras assume a liderança do Brasileiro faltando três partidas.
Tem pela frente o Botafogo no Allianz, depois o Cruzeiro, em Belo Horizonte e, a última partida será o Fluminense, no Allianz.
O time de Artur Jorge tem quatro partidas até o fim da temporada.
O Palmeiras, na terça, no Allianz, a decisão da Libertadores, na Argentina, contra o Atlético Mineiro, depois o Juventude, no Nilton Santos, depois o Internacional, em Porto Alegre e, finalmente, o São Paulo, no Nilton Santos.
A caminhada botafoguense é muito mais árdua do que a palmeirense.
Os cegos infantis que tiraram antecipadamente o tri do time de Abel devem estar envergonhados.
E vão fingir que não falaram o que garantiam como certeza.
É muita falta de conhecimento duvidar do Palmeiras.
E não enxergar a queda brusca psicológica botafoguense.
São meros oráculos despreparados...
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