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R7 na Copa acompanha transmissão de Brasil x Costa Rica no rádio russo

Apenas reconhecendo o nome dos jogadores e, claro, "gol", repórter mergulhou em uma viagem pela narração esportiva do país do Mundial

Copa 2018|André Avelar, do R7, em Moscou, na Rússia e André Avelar

Narração deu a entender que 1° gol havia sido de Marcelo e não de Coutinho
Narração deu a entender que 1° gol havia sido de Marcelo e não de Coutinho Narração deu a entender que 1° gol havia sido de Marcelo e não de Coutinho

Cobrir uma Copa do Mundo é estar muito perto de algumas partidas e sequer ver ao vivo outras tantas. Infelizmente, não é possível pendurar uma placa em si mesmo, se fechar “por motivos de futebol” e assistir a todos os jogos, como fazia o escritor uruguaio Eduardo Galeano. Ainda assim, é um prazer inenarrável e, prova de que o termo não é mero clichê, aconteceu comigo na última sexta-feira (22), dia de Brasil x Costa Rica, pela segunda rodada do Grupo E.

Em meio ao jogo da seleção brasileira, havia a menor das possibilidades da demissão do técnico Jorge Sampaoli do time argentino. Assim mesmo. Em plena Copa do Mundo. Era hora de mais uma vez deixar a paixão de lado e, claro, tomar o caminho da pequena Bronnitsy, local do centro de treinamento dos hermanos, a 55 km de Moscou, onde estou baseado. Mas o que fazer com a partida rolando, nas quase duas horas em um trânsito caótico na capital moscovita?

Os placares ao vivo na internet, as redes sociais seriam uma ótima alternativa. Decidi, no entanto, recorrer a uma velha tradição: o rádio. Decisão tomada, havia o desafio ainda maior de convencer o simpatissíssimo motorista Pushkin Pavel Sergeevich, pelo menos é assim que aparece no aplicativo de viagens, do Tajiquistão, a procurar uma rádio que estivesse transmitindo o jogo. Daí em diante, o desafio era saber quem estava com a bola.

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Com um pouco de boa vontade, era fácil perceber que “Thíago Silva”, “Caximiro”, “Poulinho”, “Coaoutinho” e “Nêimar” estavam escalados. Mas fazendo o que com a bola nos pés? Percebendo a minha aflição, Sergeevich tirou um inglês lá do fundo da alma e começou a falar coisas simples como “Brasil bem”, “Navas muito bom” até que surgiu um “pênalti”. Ele mesmo comemorou muito mais e era como eu tivesse entendido que o árbitro havia voltado atrás. A nossa cara de decepção foi enorme e, tempos depois, já contentes com o empate, eis que surge o gol nos acréscimos. "Gol" é gol em muitos lugares. Quase uninversal.

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A comemoração dele é um tanto tímida, claro, com alguns tapinhas no volante e eu, completamente perdido, achando que o gol, sei lá por qual razão, havia sido do Marcelo. A correção vem prontamente junto com a tranquilidade pela vitória encaminhada. Não demorou nada, como vocês sabem mais do que eu, Neymar marcou o segundo e garantiu a vitória contra a Costa Rica em uma experiência bastante agradável apesar da escola de locutores estar longe de ser a mesma e nem tanto pelo idioma.

Dizer que falta um José Silvério, um Oscar Ulisses, um Osvaldo Maciel, um Eder Luiz no rádio russo - para citar só os que acompanhei nos últimos tempos em São Paulo - isso sim é desnecessário.

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