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Salto em altura feminino

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Olimpíada Todo Dia|Do R7

Chances do Brasil

Data Evento Tempo/Resultado
2 de agosto de 2024  Salto em Altura Feminino – Classificação - Valdileia Martins 05:15
4 de agosto de 2024 Salto em Altura Feminino – Final - 14:50

Na modalidade, o Brasil estará nas mãos da Valdileia Martins. A brasileira de 34 anos atualmente está na 33ª posição do ranking global da categoria. No último Mundial de Atletismo, no ano passado, Valdileia terminou em 27ª, com um salto de 1,85. Porém, a maior marca de sua carreira veio há pouco tempo atrás, em abril desse ano, quando no Desafio CBAt/CPB a paranaense chegou a marca de 1,90 com seu salto, consequentemente sendo a vencedora da categoria.

A grande favorita


No páreo principal, um nome indiscutível vem na frente: Yaroslava Mahuchikh. A ucraniana é a atual medalha de ouro da categoria no mundial de Budapeste de 2023, com incríveis 2,01 metros. Fora que em Tóquio-2020, a mesma terminou com a medalha de bronze.

Mahuchikh vem muito bem em 2024, nos Campeonatos Europeus de Roma e Munique a ucraniana foi, com sobras, a medalha de ouro. E como se tudo isso não fosse o suficente, ela ainda é a primeira no ranking mundial.


Foto: Kiby Lee/USA

Histórico


O salto em altura é uma das cinco provas que fez sua estreia olímpica para as mulheres em Amsterdã-1928, junto com os 100 m, 800 m, revezamento 4×100 m e lançamento de disco. Todas as provas, com exceção dos 800 m, estiveram em todas as Olimpíadas desde então.

A primeira campeã olímpica da prova foi a canadense Ethel Catherwood, única a passar em 1,60 m na ocasião. Ela bateu o recorde mundial da época, que foi corrigido para 1,595 m após nova medição. Nos Jogos seguintes, em Los Angeles-1932, o ouro ficou com a americana Jean Shiley com 1,65 m, mesma marca de sua compatriota Babe Didrikson, prata. Didrikson também venceu os 80 m com barreiras e o lançamento de dardo nesta edição e, após isso, se dedicou ao golfe, vencendo 41 títulos no circuito feminino da LPGA, incluindo 10 Majors. O ouro em Berlim-1936 foi para a húngara Ibolya Csák, com 1,60 m.

Esther Brand

Após a 2ª Guerra, o ouro ficou com a americana Alice Coachman, com recorde olímpico de 1,68 m. Já em Helsinque-1952, a vitória foi da sul-africana Esther Brand, com 1,67 m. Este foi o 1º ouro de uma mulher africana nos Jogos Olímpicos. Já em Melbourne-1956 o ouro ficou novamente com os Estados Unidos, com Mildred McDaniel com 1,76 m. Aos 20 anos, a romena Iolanda Balas disputava sua primeira Olimpíada na Austrália, terminando em 5º lugar.

Balas começou a aparecer nos anos seguintes faturando seu primeiro título europeu em 1958. Dois anos depois em Roma-1960, ela sobrou e não teve adversárias para vencer seu primeiro ouro com 1,85m, nada menos que 14 cm de vantagem sobre a medalha de prata, que viu um empate entre a polonesa Jaroslawa Jozwiakowska e a britânica Dorothy Shirley. Balas foi tão superior que só queimou seu primeiro salto quando já estava sozinha na prova com 1,81 m.

A romena seguiu o seu domínio na prova, vencendo o Europeu também em 1962 e, como grande favorita, faturou o bicampeonato olímpico em Tóquio-1964, com 1,90 m, numa prova absolutamente perfeita, onde seu primeiro erro veio apenas quando tentou o recorde mundial com 1,92 m. A romena venceu 154 competições consecutivas entre 1957 e 1966 e bateu o recorde mundial 14 vezes.

Sem Balas, que se aposentara no ano anterior, a disputa na Cidade do México-1968 foi dominada pelos países do leste europeu, que pegaram as sete primeiras colocações. O ouro foi para a tchecoeslovaca Miloslava Rezkova com 1,82 m. Em Munique-1972, 23 atletas passaram pra final, já que todas conseguiram 1,76 m na qualificação, e o ouro ficou com a alemã ocidental Ulrike Meyfarth com 1,92 m, igualando o recorde mundial batido no ano anterior pela austríaca Ilona Gusenbauer, bronze em Munique. Meyfarth venceu a prova com apenas 16 anos, a mais nova da história.

Com a mudança nas técnicas de salto, as mulheres seguiram a tendência dos homens e os recordes começaram a cair mais facilmente. Em Montreal-1976, o sarrafo subiu e a marca para passar pela qualificação era de 1,80 m. E mesmo assim 21 atletas conseguiram. A vitória ficou com a alemã oriental Rosemarie Ackermann com 1,93 m.

As marcas seguiram subindo e o corte para a final em Moscou-1980 foi de 1,88 m. Com apenas 12 na final, numa Olimpíada esvaziada pelo boicote, a vitória foi da italiana Sara Simeoni com 1,97 m.

Ulrike Meyfarth

Após o ouro em 1972, Ulrike Meyfarth não teve grandes resultados e sequer pegou final em 1976. Não competiu em 1980 pelo boicote, mas em 1982 venceu seu primeiro e único título europeu. Em Los Angeles-1984, a alemã ocidental estava em grande fase e foi campeã novamente 12 anos depois do seu primeiro título, se tornando a primeira atleta a obter uma marca acima dos 2,00 m numa Olimpíada, vencendo com 2,02 m. Simeoni foi prata marcando 2,00 m.

O ouro voltou aos Estados Unidos em Seul-1988 com a vitória de Louise Ritter, com 2,03 m, deixando a favoritíssima búlgara Stefka Kostadinova com a prata com 2,01 m. Kostadinova havia batido o recorde mundial três vezes no ciclo, até chegar em 1987 a 2,09 m, marca que lhe deu o título mundial. Este recorde mundial dura até hoje.

Em Barcelona-1992, a vitória foi da alemã Heike Henkel com 2,02 m, campeã mundial no ano anterior. Kostadinova decepcionou novamente e ficou em 4º lugar, sem medalha. A búlgara foi campeã mundial novamente em 1995 na Suécia e chegou novamente como favorita aos Jogos, em Atlanta-1996. E desta vez Kostadinova não decepcionou, vencendo com 2,05 m, novo recorde olímpico, numa prova praticamente perfeita, errando sua primeira tentativa apenas no 2,05 m.

A partir daí começou o domínio russo da prova. Yelena Yelesina foi campeã em Sydney-2000 com 2,01m, mesma marca da sul-africana Hestrie Cloete, que perdeu o ouro por conta de um erro na altura de 1,96 m. Cloete venceu os dois mundiais seguintes, em 2001 e 2003, mas foi prata novamente em Atenas-2004, perdendo para outra russa, Yelena Slesarenko, ouro com 2,06 m, recorde olímpico.

Em Pequim-2008, o ouro ficou com a belga Tia Hellebaut com 2,05 m, seguida da croata Blanka Vlasic, com a mesma marca. Slesarenko, que tinha ficado com o bronze, sua compatriota Anna Chicherova, 4ª colocada, e a ucraniana Vita Palamar, 5ª, foram desclassificadas anos depois por conta de doping.

Yelena Yelesina

Chicherova foi campeã mundial em 2011 e levou o ouro em Londres-2012 com 2,05 m. Vlasic, que vinha dos títulos mundiais de 2007 e 2009 e da prata em 2011, não competiu em Londres por conta de seguidas lesões.

Já a final do Rio-2016 foi muito abaixo do esperado. A russa Mariya Kuchina (hoje Lasitskene) tinha sido campeã mundial em 2015, mas não pôde competir no Rio por conta do banimento da Rússia no atletismo. A prova estava aberta e 17 atletas conseguiram passar para a final. Cinco pararam em 1,93 m, aí oito queimaram as três tentativas em 1,97 m. Em 2,00 m, restavam apenas quatro atletas na disputa, mas nenhuma conseguiu passar. O ouro acabou com a espanhola Ruth Beitia, tricampeã europeia e a única a passar de primeira em todas as alturas.

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