No campo onde desfilaram Sócrates, Zico e Falcão, na Copa de 1982, o Valencia realizou uma façanha ao desbancar um time com outros grandes astros como Messi, Piqué e Coutinho. A equipe valenciana conquistou o inédito título da Copa do Rei ao vencer oBarcelona, por 2 a 1, no estádio Benito Villamarin, em Sevilha.
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Os gols, da quarta conquista deste título pelo Valencia, foram marcados por Gameiro e Rodrigo (brasileiro naturalizado espanhol). Messi descontou para o Barça. Foi a primeira do técnico do Valencia, Marcelino Garcia Toral, em um time de Primeira Divisão. Mas a vitória sobre a melhor equipe espanhola do momento ganha importância pelo fato de ocorrer no mesmo ano do centenário do Valencia.
O Barcelona, mesmo tendo conquistado as quatro últimas edições da competição, entrou em campo disposto a ficar com o título novamente, para amenizar uma fase complicada em que, além de ter sido eliminado pelo Liverpool na Champions League, prosseguiu com resultados negativos no Espanhol, após a conquista do título.
Nos últimos quatro jogos, contando a acachapante derrota para o Liverpool, o time catalão venceu apenas um, empatou outro e perdeu dois. O empate veio na última rodada do Espanhol, por 2 a 2 contra o Eibar.
Mas o Valencia, com um esquema consciente, se impôs desde o início. Entrou em campo confiante e soube implementar uma forte marcação, saindo para o jogo de forma rápida e agressiva. Foi desta maneira, com jogadas pelas laterais, que chegou aos dois gols.
O primeiro, aos, 20 da etapa inicial, quando Gayá entrou pela esquerda, rolou para o francês Gameiro, da entrada da área, fazer 1 a 0.
O segundo, aos 32, foi feito pelo brasileiro naturalizado espanhol, Rodrigo, que completou cruzamento de Soler, também em jogada de velocidade pelas beiradas do campo.
Com o gol, o Barcelona se incendiou e ameaçou ser novamente o conhecido Barcelona. Impôs sua maior posse de bola e buscou a recuperação. Foi então que o goleiro Domenech mostrou segurança, defendendo um chute de Messi e outro de Rakitic.
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No segundo tempo, o Barcelona cresceu. Com Malcom e Vidal, sufocou. Messi teve lampejos, como aos 8 minutos, em que quase marcou um golaço. Driblou dois, e, com a bola pingando, tocou com a parte de fora do pé, mas a bola bateu na trave.
O Valencia, bem fechado, não desistiu do ataque e ainda procurava jogadas com o eficiente Rodrigo. O espanhol Daniel Parejo marcava bem Messi e conseguiu evitar que o argentino definisse as jogadas.
Após saída de Parejo, contundido, Messi fez 2 a 1, aproveitando, na pequena área, rebote do goleiro. Mas o Valencia se fechou ainda mais. No contra-ataque, Guedes ainda perdeu um gol feito. E, com obstinação, diante de um gigante sedento, conquistou o histórico título, na base da ousadia e, ao mesmo tempo, da resistência.
Ficha técnica:
Barcelona x Valencia
Local: Estádio Benito Villamarín, Sevilha, Espanha
Data e horário: sábado (25 de maio de 2019), às 16h (de Brasília)
Árbitro: Alberto Undiano Mallenco
Assistentes: Iñigo Prieto López de Ceraín e Roberto Alonso Fernandez
Gols: Gameiro, aos 20, Rodrigo, aos 32 do primeiro tempo; Messi, aos 27 do segundo tempo
Cartão amarelo: Gayá, Busquets, Kondogbia, Vidal
Barcelona: Cilensen; Semedo (Malcom), Piqué, Lenglet e Jordi Alba; Busquets, Arthur (Vidal), Rakitic (Aleñá) e Sergi Roberto; Philippe Coutinho e Messi. Técnico: Ernesto Valverde.
Valencia: Domenech; Wass, Garay, Gabriel Paulista e Gayá; Daniel Parejo (Kondogbia), Coquelin e Soler; Gonçalo Guedes, Gameiro (Piccini) e Rodrigo (Diakhaby). Técnico: Marcelino Garcia Toral.
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