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BRASILEIRO 2022
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‘Tudo em Chapecó lembrava o Cléber Santana’, diz viúva do jogador

Rosângela Loureiro deixou cidade e hoje mora com os dois filhos no Recife

Futebol|André Avelar, do R7*


Rosângela faz postagens emocionadas para seu 'Nego'
Rosângela faz postagens emocionadas para seu 'Nego'

Uma simples compra no mercado era um martírio. Uma ida ao cinema com os filhos era o próprio filme de terror. “Tudo em Chapecó lembrava o Cléber Santana”. Foi assim que Rosângela Loureiro definiu sua mudança da cidade catarinense, um ano após a tragédia que vitimou seu marido e outras 70 pessoas, no voo da LaMia, a caminho de Medellín.

A volta para Recife foi um recomeço na própria vida. Foi na capital pernambucana que Rosângela namorou, noivou, casou e construiu uma história de amor digna dos filmes, quando o jogador ainda começava a carreira no Sport. Fez sempre questão de curtir a família e os amigos mesmo nos momentos em que o relacionamento viajou por Kashiwa Reysol (Japão), Atlético de Madri (Espanha), São Paulo, Flamengo e tantos outros lugares.

“Não tínhamos mais clima para ficar em Chapecó. Tudo em Chapecó lembrava ele”, disse Rosângela, em entrevista ao R7. “E também os outros olhavam para a gente com olhar de pena e eu não estava mais aguentando aquilo.”

Cléber Santana fazia questão de levar a família para perto do time que iria defender. Em julho de 2015, trocou o Criciúma pela Chapecoense – seu terceiro time catarinense na carreira, já que antes ainda havia defendido as cores do Avaí, de Florianópolis. A relação do Maestro, como carinhosamente era chamado pelo elenco, com a cidade era das melhores. Aos 35 anos, uma aposentadoria por ali não seria de se estranhar.

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Nas redes sociais, a mulher trata de manter viva a memória do ídolo da Arena Condá. Em posts sempre emocionados (e emocionantes), chega a escrever para o seu “Nego ”, com quem se casou aos 17 anos, e ainda naquela noite lhe prometia óculos de sol e perfumes do free shopping.

Até que a madrugada de 29 de novembro mudou o endereço e, claro, também a vida da família Loureiro. Rosângela explicou que ainda tentou continuar na cidade para não afetar ainda mais a vida dos filhos Cléber Júnior, de 14 anos, e Aroldo, dois anos mais novo. O primogênito chegou a ser dispensado e depois reintegrado ao sub-15 da equipe pela qual o pai brilhou. Hoje, atua na escolhinha de futebol do Sport.

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“A Chapecoense também não foi justa comigo”, acusou Rosângela, que disse que o clube se comprometeu a arcar com metade do aluguel da casa. “Depois de três meses do acidente, chegou uma ordem de despejo. A Chape pagou, mas foi um sacrifício para eles pagarem. Deixaram de ser fiador e colocaram toda a responsabilidade em cima de mim.”

Questionada pelo R7 ao longo da última semana, a Chapecoense não se pronunciou sobre o acordo com a mulher do jogador.

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*colaborou André Ruoco, do R7

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