Suspeitos de invadir o CT do Corinthians são detidos
Torcedores organizados provocaram pânico entre funcionários e jogadores no início do mês
Futebol|Do R7
Pelo menos 13 torcedores suspeitos de invadir o CT do Corinthians no dia 1º de fevereiro foram detidos pela Polícia Civil no início da manhã desta quinta-feira (20). A operação começou por volta das 4h30.
Os suspeitos foram identificados com base no circuito interno do local. Ao todo, há seis mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão, que estão sendo direcionados às sedes das três maiores torcidas do Corinthians, a Gaviões da Fiel, Camisa 12 e Pavilhão 9.
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Das pessoas levadas para averiguação, nove são da Camisa 12, uma da Pavilhão e três da Gaviões. Um dos integrantes da Camisa 12 foi preso por porte ilegal de um revólver calibre 38. Já um outro dos detidos é um dos 12 torcedores que ficaram presos na Bolívia no ano passado por conta da morte do menino Kevin Espada durante a estreia do time na Libertadores.
Eles estavam nas sedes das torcidas porque voltavam de São José do Rio Preto, onde o Corinthians enfrentou o Oeste na noite desta quarta (19).
Os policiais também apreenderam documentos e computadores das sedes das organizadas, além de dólares na "casa" da Gaviões. Os mandados de apreensão tem como objetivo tentar localizar armas, armas brancas e drogas, no interior das edificações onde ficam instaladas as torcidas.
A invasão ao CT Joaquim Grava ocorreu por conta dos maus resultados do time nesta temporada – na semana do ocorrido, a equipe do Parque São Jorge havia sido goleada por 5 a 1 pelo Santos.
Como encontraram as portas do local fechadas, dezenas de torcedores entraram através de um buraco em uma cerca. De acordo com o próprio Corinthians, houve ameaças, agressões, inclusive ao atacante peruano Paolo Guerrero, dano ao patrimônio no clube, roubo de celulares e danos a alguns carros, como do então zagueiro do time, Paulo André.
A PM, que esteve presente no local, alega que ninguém relatou os crimes no momento na invasão, de forma que não houve flagrante. O Corinthians forneceu imagens de duas câmeras para os investigadores e alegou que outras câmeras pararam de gravar a invasão.