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Racistas de arquibancada se apoiam na falta de punição no futebol

Episódios nojentos de racismo aconteceram no Brasil e na Ucrânia. Próprios torcedores, quando não clubes, precisam ser devidamente penalizados

Futebol|André Avelar, do R7

Torcedor atleticano diz ao segurança do Mineirão: 'Olha a sua cor'
Torcedor atleticano diz ao segurança do Mineirão: 'Olha a sua cor' Torcedor atleticano diz ao segurança do Mineirão: 'Olha a sua cor'

“Lamentável” já não é mais a palavra para descrever os dois episódios nojentos que aconteceram no futebol no último final de semana. No Brasil e na Ucrânia, insultos raciais foram proferidos em um jogo de futebol. Em comum, o fato de racistas de arquibancada se apoiarem na falta de punição a ele próprio, e ao clube, para continuar a agir de tal forma.

Para quem se concentrou apenas no ganhou/perdeu/empatou, o segurança Fábio Coutinho, de 42 anos, exercia sua função no Mineirão quando, claro, impediu que alguns torcedores do Atlético-MG tivessem acesso a um setor do estádio para o qual não tinham ingresso e pretendiam vandalizar tudo. Um desses torcedores deu uma cusparada em Fábio e ainda falou:

“Olha a sua cor. Sua mãe está na zona”, registraram os vídeos rapidamente espalhados nas redes sociais. Em suma, mais um 7 a 1 para a história do Mineirão apesar do 0 a 0 no Cruzeiro x Atlético-MG.

“Não façam mais isso. Não é legal. Eu não guardo rancor, mas que sirva de lição", disse Fábio, ao R7.

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Logo após o episódio, o Atlético-MG se limitou a divulgar uma nota nas redes sociais: "As diversas imagens que circulam em redes sociais são lamentáveis e devem ser objeto de rigorosa apuração."

Do outro lado do mundo, na Ucrânia, Dentinho e Taison, do Shakhtar Donetsk, ouviram insultos raciais no clássico ucraniano contra o Dínamo de Kiev. Os dois deixaram o campo chorando.

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"Jamais irei me calar diante de um ato tão desumano e desprezível ! Minhas lágrimas foram de indignação, de repúdio e de impotência, impotência por não poder fazer nada naquele momento", escreveu Taison, nas redes sociais. O jogador ainda chegou a chutar a bola em direção à torcida adversária, mas acabou expulso pelo ato de indisciplina.

“Não posso me calar diante de algo tão grave. Eu estava fazendo uma das coisas que mais amo na minha vida, que é jogar futebol e, infelizmente, acabou sendo o pior dia da minha vida. Durante o jogo, por três vezes, a torcida adversária fez sons que lembravam macacos, sendo duas vezes direcionadas a mim. Essas cenas não saem da minha cabeça. Não consegui dormir e já chorei muito”, completou Dentinho.

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A Fifa já instaurou um protocolo para que o jogo seja interrompido toda a vez que atos racistas sejam identificados pelo árbitro. É só o jogo recomeçar, que tudo volta à tona. Assim foi recentemente no Bulgária x Inglaterra pelas Eliminatórias da Euro. Assim foi recentemente com Mario Balotelli... E, infelizmente, vai acontecer no próximo final de semana em algum lugar do mundo.

A Liga Ucraniana prometeu investigar o episódio, mas é cada vez mais evidente que só mesmo punições aos cidadãos são capazes de dar fim ao racismo. Se a multa ou pena não funcionar, o próprio clube merece arcar com as consequências.

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