A tão falada ‘Neymardependência’ de outrora deixou de existir na seleção brasileira, mas a vitória contra os bolivianos mostrou que a equipe do técnico Tite precisa de um jogador que garanta as vitórias. Autor de dois gols na última sexta-feira (14), no Morumbi, Philippe Coutinho surgiu como o principal candidato a assumir essa responsabilidade na caminhada ao exigido título da Copa América. Ainda assim, o meia-atacante fugiu do rótulo de protagonista.
Tite, com seu conhecido discurso de dividir os méritos, foi o primeiro a ressaltar a importância de cada um dos 23 convocados para a competição continental. Segundo ele, cada um prova o seu valor em cada dia de treinamento. O técnico, claro, já havia lamentado não poder contar com Neymar, que se recupera de uma lesão no tornozelo direito além de responder por uma acusação de estupro.
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“O grupo carrega ou dá condições para a individualidade aparecer. Claro que em algum momento um jogador vai aparecer mais: o criativo, o finalizador. Vai acontecer, é inevitável, mas o conjunto tem que prevalecer”, disse Tite, na entrevista após a partida.
Grande jogador da noite, depois de um primeiro tempo pra lá de burocrático, Coutinho fugiu do rótulo de salvador e também fez questão de dividir a responsabilidade com os companheiros. O camisa 11 (substituto de Neymar, Willian é o 10) marcou aos 5 minutos do segundo tempo, de pênalti, e, três minutos depois, um raro gol de cabeça em sua carreira.
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“O Neymar, com certeza, faz falta na nossa seleção. Ele é um grande jogador, uma grande pessoa, que dispensa comentários, mas a gente tem que suprir a ausência dele. Infelizmente, ele não está aqui com a gente e acho que a seleção tem um grande grupo e tudo mundo que entra se empenha bastante”, disse Coutinho, na saída do vestiário.
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Outro nome importante na missão de empurrar a bola para as redes, Richarlison lembrou o desempenho dos companheiros em seus clubes para justificar a convocação para a seleção brasileira.
“Acho que não precisa [de um jogador que chame a responsabilidade]. Quem está aí, está por mérito, porque joga muito no seu clube. Quem entrar na vaga do Neymar, vai jogar bem e em prol da seleção independentemente de quem saiu. Claro que o Neymar faz falta, mas quem está aqui vai dar conta do recado”, disse Richarlison.
A seleção brasileira agora se prepara para enfrentar a seleção venezuelana na terça-feira, às 21h30 (de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA). Na última rodada do Grupo A, no próximo sábado, a equipe pega o time peruano, na Arena Corinthians.
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Brasil e Bolívia deram o pontapé inicial para a Copa América 2019. As duas seleções abriram o Grupo A da competição continental nesta sexta-feira (14), no Morumbi, em São Paulo. A competição vai até 7 de julho, com a final no Maracanã, no Rio de Janeiro