Oitavas da Copa têm início com duelo entre campeões mundiais
França e Argentina abrem os confrontos deste sábado (30), que ainda terá o Uruguai e sua força física diante de Portugal, atual campeã europeia
Copa 2018|Eugenio Goussinsky, do R7
De um lado a Argentina, com Lionel Messi, Angél Di Maria e Gonzalo Higuaín. De outro a França, repleta de craques como Paul Pogba, Antoine Griezmann e Kylian Mbappé. Neste sábado (30), às 11h, essas duas seleções campeãs mundiais, e favoritas ao título, jogam entre si, na primeira partida das oitavas de final da Copa do Mundo.
Ambas somam quase 1,8 bilhão de euros em valor de mercado. Mas, cerca de duas horas depois, uma delas sairá da Arena Kazan, onde se realiza o confronto, na condição de eliminada.
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Às 15h, em Sochi, terá início outro confronto de campeões, que também promete muito equilíbrio. Uruguai, bicampeão mundial, enfrenta Portugal, atual campeã europeia, com a missão de parar Cristiano Ronaldo, autor de quatro gols nesta Copa do Mundo.
A estratégia do técnico da França, Didier Deschamps, para a partida, é o equilíbrio entre os três setores da equipe. Ele passou a semana tentando aglutinar a defesa, o meio-campo e o ataque, sem dar ouvidos para as críticas a respeito da burocrática campanha da equipe pelo grupo C desta Copa.
O time francês venceu a Austrália, por 2 a 1, o Peru, por 1 a 0, e empatou por 0 a 0 com a Dinamarca. O modelo dessas atuações, que foram consideradas insatisfatórias pela crítica, é justamente o ponto de partida do treinador para encurralar a Argentina: jogar com paciência e frieza suficientes para surpreender o adversário e dar a vitória à França.
A Argentina, por outro lado, deverá usar a empolgação como força propulsora da equipe. O time de Messi ressurgiu na competição após a histórica vitória sobre a Nigéria, que lhe deu a segunda vaga do grupo D. O time vinha de uma campanha irregular, com empate diante da Islândia, por 1 a 1, e uma preocupante derrota para a Croácia, por 3 a 0.
O resultado diante dos nigerianos voltou a motivar a seleção bicampeã mundial. O craque Messi é a principal arma da equipe, após ter voltado a jogar bem, marcando um gol contra os nigerianos. Mas, após o turbilhão da derrota para a Croácia, ele, dentro de um grupo de jogadores, ajudou na reestruturação da equipe, que teve o retorno de alguns veteranos ao time titular, como Angél Di Maria e Gonzalo Higuaín. O time será mantido para a partida contra a França.
Uruguai x Portugal
Diante de Portugal, o Uruguai quer fazer valer sua tradição em Mundiais para conter o ímpeto de Cristiano Ronaldo, um dos vice-artilheiros da Copa de 2018. Para tanto, o time do experiente técnico Oscar Tabárez tem demonstrado consistência na defesa e no ataque.
A dupla com os zagueiros José Maria Giménez e Diego Godin é considerada por muitos a melhor do mundo. E mesmo com a contusão de Giménez, que não está garantido para a partida, Sebastián Coates entrou e manteve o alto nível de atuação. O Uruguai, desta maneira, passou os três jogos da primeira fase sem tomar gols. Venceu o Egito e a Arábia Saudita, por 1 a 0, e a anfitriã Rússia, por 3 a 0.
Esta safra uruguaia, por sinal, se apresenta como uma das mais consistentes dos últimos tempos. Pode até ir mais longe do que a equipe de 2010, que terminou a Copa na quarta colocação.
Não é apenas a defesa que está estruturada. O meio-campo, que une juventude e experiência, com jogadores como Carlos Sánchez, Nahitan Nandez, Lucas Torreira, Rodrigo Betancurt, Cristian Rodriguez e Giorgian De Arrascaeta, tem funcionado muito bem. Assim como o ataque, com Luis Suárez e Edinson Cavani, que nem precisam de apresentações.
Uma das maneiras que o técnico português Fernando Santos, deverá utilizar para furar o bloqueio uruguaio, é atacar pelas laterais, com Cédric Soares e Raphael Guerreiro. Até agora, eles tentaram os avanços, mas deixaram alguns espaços nas costas, durante o empate contra a Espanha (3 a 3), a vitória sobre Marrocos (1 a 0) e o empate com o Irã (1 a 1), pelo grupo B.
O objetivo é abrir a marcação e dar espaço para Quaresma e Adrien Silva armarem as jogadas para Cristiano Ronaldo, que flutuará pelo ataque, e André Silva, mais plantado, finalizarem. O forte volante William Carvalho terá a missão de bloquear os passes e chutes do vigoroso meia Cristian Rodriguez.
Na defesa, caberá à experiente zaga, formada por Pepe e José Fonte, a tarefa de bloquear as investidas de Suárez e Cavani. Mas eles não sairão muito da área para acompanhar os dois. Receberão para isso o auxílio de Carvalho e do segundo volante João Mário, eficiente na marcação e na armação.