Botafogo vai no embalo da torcida e avança na Copa Sul-Americana
Em um Nilton Santos lotado e pulsante, time de Zé Ricardo faz a sua parte, vence bem o Nacional-PAR e agora terá o Bahia pelo caminho
Futebol|Do R7
Pressionado, o Botafogo agradeceu a mobilização do torcedor da melhor maneira: com a conquista da vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Ontem, o Alvinegro recebeu o Nacional-PAR em um Nilton Santos pulsante e, com gols de Rodrigo Lindoso e Valencia, venceu com autoridade e a sensação de que uma goleada seria mais justo, por 2 a 0 - havia perdido na ida por 2 a 1.
Agora, em busca de uma sequência positiva na temporada, o Botafogo encara o Bahia na próxima fase do torneio continental. Antes, mais precisamente neste domingo, volta ao Niltão para enfrentar o Atlético-MG, pelo Brasileiro.
Nervosismo e ansiedade
Com a casa lotada e uma torcida ansiosa proporcional à sua presença, o Botafogo fez o que se esperava nos minutos iniciais. Pressionou e subiu a marcação, mas também se mostrou afobado com a bola no pés. E foi pelo alto que o time de Zé Ricardo criou o primeiro perigo: Lindoso desviou de cabeça e deixou a arquibancada com o grito de gol entalado, logo nos minutos iniciais.
Não valeu
Não faltou gogó para os botafoguenses, nem mesmo empenho em campo para abrir o placar ainda na etapa inicial. Como os paraguaios estavam bem fortificados, as melhores chances surgiram de bola parada. Depois de cabeçada, o mesmo Lindoso chegou a balançar a rede após falta, porém o lance foi anulado por conta de um impedimento anterior. Rabello, em seguida, passou perto depois de novo escanteio perigoso.
Insistiu e guardou
De tanto martelar nas bolas cruzadas, uma entrou e trouxe alívio antes do intervalo. Valencia voltou a cobrar tiro de canto com perfeição e, aí sim, Lindoso fez para valer: 1 a 0, o placar que Glorioso precisava.
Controle e trave no caminho
Foi de se admirar a postura agressiva com que o Botafogo voltou para o segundo tempo. Ganhou todas as segundas bolas, alugou o campo do Nacional e pouco se desgastou. Também chamou a atenção a insistência em aumentar a vantagem. Valencia, destaque positivo, enfiou uma trave, assim como Aguirre, em um tirambaço de fora. O segundo gol parecia questão de tempo.
Cadê a tranquilidade? Agora sim!
Os instantes finais foram de angústia. Não por perigos atrás, já que só teve um (e foi dramático), mas, sim, pelas oportunidades desperdiçadas no ataque. Foram diversas que poderiam ter trazido tranquilidade ao torcedor, até que uma, com Valencia finalizando de fora, entrou e levou o estádio ao delírio por completo. Vaga merecida.
BOTAFOGO 2X0 NACIONAL-PAR
Estádio: Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 16/08/2018, às 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Assistentes: Diego Bonfa e Maximiliano do Yesso (ambos da Argentina)
Público/Renda: 33.891 pagantes e 35.788 presentes / R$362.285,00
Cartões amarelos: Rodrigo Lindoso e Valencia (BOT); Paniagua e Montiel (NAC)
Gols: Rodrigo Lindoso, 37'/1ºT (1-0) e Valencia, 43'/2ºT (2-0)
BOTAFOGO: Saulo; Marcinho, Carli, Igor Rabello e Moisés; Rodrigo Lindoso, Matheus Fernandes e Leo Valencia; Renatinho (Rodrigo Pimpão, 16'/2ºT), Luiz Fernando (Gilson, 37'/2ºT) e Aguirre (Brenner, 22'/2ºT). Técnico: Zé Ricardo.
NACIONAL-PAR: Santiago Rojas; Juan Franco (Nery Cardozo, 31'/2ºT), Miguel Paniagua e Victor Velázquez; Carlos Montiel, Miño, Arguello (Vieyra, 10'/2ºT), Juan Santacruz e Ricardo Clarke; Derlis Alegre (Báez, intervalo) e Adam Bareiro. Técnico: Celso Ayala.
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