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Os possíveis 12 que Tite não chamou, e por que razão

A CT da seleção não pretende divulgar os nomes dos reservas. De todo modo, pistas e informações conduzem aos motivos das suas (ainda) ausências

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Tite e Edu Gaspar no anúncio dos 23 convocados
Tite e Edu Gaspar no anúncio dos 23 convocados Tite e Edu Gaspar no anúncio dos 23 convocados

Até definir, com a sua Comissão Técnica, os 23 atletas da seleção do Brasil para a Copa da Rússia, Adenor Bacchi, o Tite, obviamente acumulou horas, dias, até semanas, de exaustivas discussões. Claro, se não existe a mais escassa possibilidade de unanimidade ou sequer de concordância entre os supostos especialistas e entre os torcedores, não se fantasie que tenha ocorrido uma harmonia absoluta na CT. Como disse o próprio Tite, logo depois da revelação, “doeu não convocar o Alex Sandro”. E seguramente ele se incomodou ao se obrigar a várias outras decisões.

Alex Sandro
Alex Sandro Alex Sandro

Apoiado em informações que recolhi pessoalmente, em dados que eu obtive de colegas, em noticiários que li ou vi ou escutei, além da intuição propiciada por cerca de meio século de experiência em Mundiais, ouso especular sobre os prováveis 12 que fecharão a lista a ser enviada à FIFA no dia 21, a próxima segunda-feira. E faço, ainda, uma apostazinha. Não pretendo o mal alheio. Recordo, no entanto, que desde a Copa do México/70, a primeira de meu currículo, até a França/2006, apenas na edição da Itália/90 não existiu um cortado, emergencialmente, no último instante.

O Dr. Lídio Toledo e Rogério, na Copa de 70
O Dr. Lídio Toledo e Rogério, na Copa de 70 O Dr. Lídio Toledo e Rogério, na Copa de 70

Em 1970, saiu o ponteiro Rogério, substituído por Leão, o terceiro arqueiro do arrependido Zagallo, que só tinha levado Félix e Ado. Na Alemanha/74, foi-se Clodoaldo, um volante, e entrou mais um atacante, Mirandinha; e o arqueiro Valdir Peres entrou no lugar de Wendell. Em 1978, na Copa da Argentina, se machucaram o lateral Zé Maria e o atacante Nunes, trocados por Nelinho e por Roberto Dinamite. Na Espanha/82, desfalque crucial, se lesionou Careca, e de novo Roberto Dinamite foi ao banco em uma Copa.

Roberto Dinamite e Gentile, da Itália, na Copa de 78
Roberto Dinamite e Gentile, da Itália, na Copa de 78 Roberto Dinamite e Gentile, da Itália, na Copa de 78

No México/86, Valdo assumiu o posto de Cerezo e, para as funções do lateral Leandro, Telê Santana recorreu ao então pouco conhecido Josimar. O azarado Mozer ficou fora do México/86 e, depois, dos EUA/94, um problema muscular e uma hepatite, e acabou substituído por Mauro Galvão e por Márcio Santos. Ainda em 1994, Ronaldão ocupou a posição de Ricardo Gomes. Na França/96, o volante Émerson entrou no lugar de Romário e, em 2000, na Copa da Ásia, Japão/Coréia do Sul, resolveu brincar no gol, luxou um ombro e foi substituído por Ricardinho. Na Alemanha/2006, saiu Edmílson e entrou Mineiro.

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Enfim, aos doze que imaginei. E cujos nomes, segundo Edu Gaspar, o braço-destro de Tite, a CBF quer manter em segredo, até mesmo para os eleitos respectivos. O seu motivo: evitar polêmicas. Tolice. As polêmicas subsistem precisamente quando se inventam os tais sigilos inúteis e/ou idiotas.

Táison
Táison Táison

Tite e Edu Gaspar, por exemplo, bem que poderiam ter justificado mais claramente os motivos das escolhas de Fred e de Taison, em detrimento, digamos, de Arthur e Luan, ou Rodriguinho. Ora, ambos atuam nas mesmas plagas da Copa, Taison desde 2010 e Fred desde 2013. Conhecem o idioma russo. E auxiliarão os colegas nas suas folgas e nas suas compras...

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Neto
Neto Neto

Neto (Valencia/ESP)

Da seleção olímpica que ficou com a prata nos Jogos de Londres/2012. Mas, entre 2015 e 2017, foi mero reserva de Buffon na Juventus. Daí, se escondeu em La Liga e até a Mídia parou de acompanhá-lo.

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Vanderlei (Santos)

Excelente no Brasileiro de 2017, nem assim entrou nos planos de Tite. Ocupa uma posição que pede bem mais do que a qualidade e que exige bastante convivência. O olho no olho que não pôde dividir com a CT.

Rafinha (Bayern/ALE)

Talentoso. Mas um ciclotímico que troca de humor várias vezes numa mesma pugna. Por pedantismo proporcionou um gol ao Real Madrid nas semis da presente CL. Aquele lance lhe foi desafortunadamente fatal.

Dedé (Cruzeiro)

Talvez o central mais clássico do País. Porém, perseguido por sucessivas contusões nos músculos, nos ossos e nos ligamentos. Um risco que Tite evitou correr com os 23. Lembrança que vale como uma homenagem.

Rodrigo Caio, nos Jogos do Rio
Rodrigo Caio, nos Jogos do Rio Rodrigo Caio, nos Jogos do Rio

Rodrigo Caio (São Paulo)

Acumulou prestígio pelo seu excelente desempenho nos Jogos Olímpicos do Rio/2016. Ao lado de Marquinhos, aliás. Pode até jogar de volante. Contudo, “fala muito”, uma carecterística de personalidade que Tite desdoura.

Alex Sandro (Juventus/ITA)

Inexplicável ausência, principalmente depois da lesão de Daniel Alves. Um dos coringas da “Senhora” do Hepta, capaz de apresentar habilidades em múltiplas funções. Até no flanco direito e na ofensiva...

Gil (Shandong Luneng/CHI)

Talvez um dos titulares de Tite, não estivesse tão afastado dos seus olhares diretos e de um certame mais duro e mais difícil. O treinador escolheu se esquecer da sua preciosa seriedade nos idos de Corinthians.

Diego (Flamengo)

Impossível considerá-lo veterano aos 33 anos, quase a idade de Miranda, Thiago Silva, Fernandinho, Geromel, Filipe Luís. Mas, só voltou à seleção quando Tite não teve os exportados e a autorização das datas FIFA.

Giuliano
Giuliano Giuliano

Giuliano (Fenerbahce/TUR)

Eclético, bom na marcação e no passe, embora atire pouco à meta do inimigo. Escondido no campeonato dos otomanos. E além disso, como um utilitário, o treinador preferiu Fred e o seu domínio do idioma da Copa.

Rodriguinho (Corinthians)

Outro dos coringas à disposição de Tite. Que talvez tenha pensado em não levá-lo para não desfalcar em demasia o clube. Pena. Uma ótima opção para qualquer posição e para uma alteração tática em minutos finais.

Arthur (Grêmio)

Inexplicável ausência. Um astro na Libertadores, pode funcionar tanto como volante ou como armador. Seria impecável num certame que pede muita polivalência. Pena. Pesou a sua contusão no final de 2017.

Luan (Grêmio)

Inexplicável ausência. Especialmente porque compôs um trio infernal com Neymar e Gabriel Jesus no Rio/2016. Talvez de fora, também, para não desfalcar o seu clube, que pretende buscar o bi da Libertadores.

Luan, nos Jogos do Rio
Luan, nos Jogos do Rio Luan, nos Jogos do Rio

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