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O Liverpool vira o jogo em Villarreal e vai à sua décima decisão de ChL

Irreconhecível até o primeiro terço da etapa derradeira, atrás do placar em 0 X 2, mesmo sem atuar bem o time da Terra dos Beatles fez 3 X 2 e agora corre em busca do sétimo título na competição

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti


A capa festiva do Twitter do Liverpool
A capa festiva do Twitter do Liverpool

Com a sua preciosa vitória desta terça-feira, dia 3 de Maio, 3 X 2 sobre o Villarreal, numa das semis da Champions League da UEFA em 2021/2022, o Liverpool se qualificou à sua décima finalíssima da competição. No jogo de ida, como mandante, havia realizado 2 X 0. Agora, 28 de Maio, um sábado, no Stade de France em Paris, pegará Manchester City ou Real Madrid, que se defrontam nesta quarta-feira, dia 4, no Santiago Bernabéu. Até esta ChL, os “Reds” da Terra da Pizza já arrebataram o troféu em seis ocasiões e foram os vices em três. É recente sua última conquista, de 2019, um triunfo sobre o Tottenham, 2 X 0. A Inglaterra, aliás, já participou de 24 decisões e ganhou 14. Coube ao Chelsea, na edição de 2020/2021, abiscoitar o galardão. Eis a ficha e a análise do prélio desta terça-feira:

Sadio Mané, do Liverpool
Sadio Mané, do Liverpool

VILLARREAL 2 X 3 LIVERPOOL

Villarreal, Estádio de la Cerâmica, 23.500 lugares

Público: 21.872

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Árbitro: Danny Makkelie (Neerlândia, a ex-Holanda)

Gols: Dia, Coquelin X Fabinho, Luís Díaz, Mané

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Na ida: Liverpool 2 X 0

No agregado: Liverpool 5 X 2

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Muito além da mera eliminação do Villarreal, os “Reds” de Juergen Klopp carregaram à Espanha o sonho de uma façanha ainda inédita na sua história principiada em 1892. Na celebração dos seus 130 anos, tencionam completar o quarteto de grandes triunfos na temporada. Já venceram a Copa da Liga da Inglaterra. Brigam metro a metro com o Manchester City pelo título da Premier League. No dia 14 de Maio se defrontarão com o Chelsea pela FA Cup. E por que não também a conquista da Champions League? Problema: só uma vez, antes, na Grã-Bretanha, um clube festejou tal quarteto, o Celtic da Escócia, em 1967. Para chegar à decisão, o Liverpool até poderia perder do “Submarino Amarelo” por um tento de diferença. Mais: o Villarreal estava invicto, em sua casa, fazia cinco meses.

O "Submarino" e a ilusão dos 2 X 0
O "Submarino" e a ilusão dos 2 X 0

E logo aos 3’ o “Submarino” demonstrou a sua vontade gigantesca, contagiante, comovedora, mesmo, de surpreender os “Reds” favoritos. No flanco direito Estupiñan cruzou até Parejo que desviou a pelota no rumo do miolo da área. Mesmo apertado pelo solerte zagueirão Virgil Van Dijk o senegalês Boulaye Dia tocou no canto do imóvel Alisson Becker, 1 X 0. Curiosidade: praticamente lotado em seus 23.500 lugares, o Estádio de la Cerámica abrigava metade da população de Villarreal. E o elenco hospedeiro de Unai Emery passou a dominar o duelo enquanto os rapazes visitantes de Juergen Klopp, subitamente impactados, demoravam a reencontrar o seu estilo veloz e incisivo. A bola, sumariamente, não atingia os pés de Sadio Mané, Mohamed Salah ou Diogo Jota. E de nada adiantava o clássico 4-3-3 do Liverpool diante de um conglomerado sólido de jogadores de amarelo.

No Liverpool, delírio pela reação
No Liverpool, delírio pela reação

Consciente na sua postura, aos 37’ o mediador Makkelie, corretamente, não apontou um penal numa saída de Alisson Becker sobre Lo Celso. Logo aos 41, porém, o Villarreal duplicou num levantamento de Capoué para a testada de Coquelin, livre, e de novo sem ação o arqueiro dos “Reds”. Resgatado o placar da ida em Anfield Road. Seria empolgante a etapa derradeira. Numa tentativa de, ao menos, registrar um gol que modificasse o cenário do desafio, Klopp trocou Jota por Luís Díaz. De todo modo, a retaguarda do “Submarino”, pilotada por um Albiol de fato fenomenal, evitava qualquer chance de aproximação da meta de Rulli. Então, numa das raras ocasiões em que necessitou se expor, aos 62’, o arqueiro argentino falhou grotescamente. Salah se liberou de dois perseguidores e enfiou ao campineiro Fabinho, que bateu em diagonal entre as pernas do aturdido platino.

A saída estapafúrdia de Rulli, que redundou no terceiro gol dos "Reds"
A saída estapafúrdia de Rulli, que redundou no terceiro gol dos "Reds"

Bastou para que o “Submarino” naufragasse. E em cinco minutos, aos 67, o Liverpool igualou. Alexander-Arnold alçou a pelota por trás da bequeira desarrumada do dono da casa. Albiol, ao invés de controlar Luís Díaz, levantou um braço a implorar por um impedimento que não havia. O colombiano testou, implacável, 2 X 2. E o desalentado Rulli ainda tornaria mais inesquecível a sua peleja aos 74, quando abandonou sua área, de forma estapafúrdia, para cortar uma contra-ofensiva insidiosa de Sadio Mané além da intermediária. Chutou o vento e o senegalês escapuliu e, impiedoso, colocou os 3 X 2 na meta vazia. Esperanças frustradas do Villarreal, Convicção e tradição dos “Reds”, que não realizaram uma partida digna da sua antecipada superioridade. Mas valeu a classificação.

Na ida, em Manchester
Na ida, em Manchester

O prélio da quarta-feira:

REAL MADRID X MANCHESTER CITY

Madrid, Estádio Santiago Bernabéu, 81.044 lugares

Árbitro: Daniele Orsato (Itália)

Na ida: Manchester City 4 X 3

Retrospecto: 7jog = 2Rea/2emp/3Cit (10 X 11)

A taça da Champions, no estádio do City
A taça da Champions, no estádio do City

Idealizada em 1955, então como a Champions Cup, em 1993 a competição trocou de nome, se amplificou e se tornou Champions League, a ChL, ou a Liga dos Campeões. Agora na 67ª edição desde que nasceu, na 30ª desde que se multiplicou, esta ChL começou em 22 de Junho de 2021 com 80 equipes de 54 das 55 federações da UEFA. A exceção: Liechtenstein, cujas sete agremiações atuam em certames da Suíça. Na atual formatação a ChL privilegiou as 26 de ranking superior enquanto as outras 54 se digladiavam em mata-matas até que restassem apenas seis. Um sorteio dividiu as 32 em oito chaves de quatro. Sobreviveram os campeões e os vices respectivos de cada Grupo, que daí disputaram as oitavas de final que redundariam nestas quartas. Da etapa de chaves até aqui houve 123 cotejos com 375 gols, a média muito boa de 3,05, e com 4.264.046 espectadores, a média razoável de 34.667.

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