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O incrível impacto de um texto que faz você pensar que subiu ao Céu

Artigo de Alex Sabino, com fotos de Karime Xavier, publicado na capa de "Esporte" da "Folha de S. Paulo", produziu um vendaval de boas repercussões que, sinceramente, eu nem sonhava em colher

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti


A capa de "Esporte" da "Folha de S. Paulo" com o artigo de Alex e a foto de Karime
A capa de "Esporte" da "Folha de S. Paulo" com o artigo de Alex e a foto de Karime

Um dos lemas que ainda regem minha vida afirma que coincidências não existem, são os fatos que se chocam. Na minha existência profissional, já além de 54 anos de Jornalismo, escrevi alguns necrológios memoráveis, de Elvis Presley, Maria Callas, John Wayne, John Lennon, Tom Jobim, Frank Sinatra, Luciano Pavarotti. Quando Elis Regina partiu, então, mergulhei num texto pessoal, intimista, em que não falei da artista mas da mãe cujos filhos, ainda bem pequeninos, não mais poderiam saborear. Sem qualquer vanglória eu acho que pautei a Mídia da época ao fazê-la pensar com mais humanidade naquela tragédia que levou a Baixinha, no apogeu do seu canto, na madrugada de 19 de Janeiro de 1982.

Elis com os filhos Pedro Mariano, Maria Rita e João Marcello, final dos anos 70
Elis com os filhos Pedro Mariano, Maria Rita e João Marcello, final dos anos 70

Paralelamente, sempre me bateu uma curiosidade. Não, não, não se trata de morbidez, só a curiosidade, mesmo. Quem falaria de mim quando eu me fosse? Colocaria o quê, numa folha de papel ou numa tela de computador? Seria gentil? Malévolo? Distante? Entristecido? E como reagiria quem lesse tal coisa? Pois na mesma semana em que a “Folha de S. Paulo” matou a Rainha Elizabeth II, o Alex Sabino, a quem eu meramente vislumbrava por seus

artigos, me permitiu a chance estranha de entender como seriam as reações ao meu vôo, e isso enquanto por aqui sigo produtivo, conforme assevera este despautério tão inusitado.

Meu cartão-de-visita, obra e graça de minha filha Luísa
Meu cartão-de-visita, obra e graça de minha filha Luísa

Desnecessário dizer que considerei a publicação do Alex como uma homenagem sinceríssima, e que me comovi, e me emocionei. É outro o mote deste comentário. Preciso informar que me impressionou a resposta que a honraria basicamente provocou no Facebook, no Instagram, e nas tais “Redes Sociais”. Recorro ao dialeto, “Càppittu!”, ou “Minchia!”, me impactou, primeiro, a doce concordância de um volume enorme de gente, e até gente de quem não esperava um mínimo apoio, e até mesmo de gente que eu inclusive desconhecia. Num batalhão que sobrepujou os diversos milhares, houve dois, isso, uni-duni sem o trê, houve exclusivamente dois entre grosseiros e mal-educados. OK, OK, faz parte de qualquer show e, data máxima vênia, ninguém estragou o meu domingo de Páscoa...

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Uma das reações, arte do amigo Mike Lwein sobre foto de Karime Xavier
Uma das reações, arte do amigo Mike Lwein sobre foto de Karime Xavier

Num resumo, “fino alla fine”, me obrigo a remanifestar a minha gratidão (embora deteste essa palavra que já virou chavão), não apenas ao Alex mas, idem, às fotografias da Karime Xavier, que me impuseram, ahn, uma sugestão de teor caravaggiesco. E, numa viagem de audácia juvenil, a planar em outro dos meus lemas, aterrisso neste desfecho: pude ver um quase meu necrológio em vida; mas, que ninguém se iluda, eu ainda nem comecei a lutar.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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