Na noite da terça-feira, 27 de Agosto, insolitamente, em São Paulo, numa das contendas pelas quartas-de-final da Copa Libertadores/2019, o Grêmio eliminou o Palmeiras, que só precisava de uma igualdade, dentro de casa, para se manter vivo na batalha. Agora, nesta noite de quarta, 28, caberia ao Internacional, no seu Beira-Rio, impactar os visitantes do Flamengo e assim produzir, ineditamente, a primeira semi entre dois clubes gaúchos em 60 edições da competição continental. Missão complicada, a do “Colorado”, reverter o placar de 2 X 0 que o “Urubu” havia perpetrado na peleja de ida, no Maracanã do Rio. Indubitavelmente se empenhou. Só que ficou no 1 X 1.
Provinham, o Flamengo e o Internacional, de resultados opostos no Campeonato Brasileiro. Essencialmente com os seus titulares, o “Urubu” do lusitano Jorge Jesus voou até Fortaleza e lá despachou o Ceará por 3 X 0. Também em visita, mas repleto de reservas, apenas preservado no time o arqueiro Marcelo Lomba, o “Colorado” de Odair Hellmann perdeu do Goiás por 1 X 2. Lógicas e naturais ambas as posturas. No cargo, apenas, desde 10 de Junho, Jesus ainda se dedica à estruturação de um elenco muito mais profundo. No comando desde Novembro de 2017, Hellmann conhece bem as limitações do seu quadro e não hesitou em poupar atletas desgastados para um momento tão complexo. Necessitava de 3 X 0 para se classificar.
Apoiadores não faltaram no Beira-Rio, ocupados 49.614 dos seus 50.128 lugares. Transcorreu, todavia, uma peleja entre a obrigação de ganhar com larga folga e o conforto de saber que bastaria segurar o placar inaugural de 0 X 0. Ou, a batalha entre a tensão e o relógio. Consequência, Flamengo melhor na etapa inicial, controladíssimo na sua retaguarda e no seu meio-campo, arisco nas vezes em que puxou os contra-ataques. E Gabigol desperdiçou duas chances deliciosas de antecipar a vaga. Daí, na etapa derradeira, aos 55’, Hellmann apostou todo o seu fichário numa só alteração, o avante Wellington Silva no lugar de Uendel, um lateral-esquerdo. Sim, abriu uma avenida.
Funcionou aos 62’. Pela enésima vez o “Colorado” levantou uma pelota sobre a área do “Urubu”. E pela primeira vez a dupla Rodrigo Caio e Pablo Marí não rebateu. Lindoso apareceu por trás da zaga e, de testa, enfunou as redes de Marcelo Lomba. O mediador Patrício Lostau, argentino, demorou cinco minutos até confirmar o tento via VAR, 1 X 0. O drama se exacerbou. Um outro gol do Inter levaria o prélio ao bingo dos penais. Mas Gabigol se compensou dos dois equívocos originais. Pela avenida, numa contra-ofensiva fulminante, aos 84’, Bruno Henrique colocou o colega na cara de Lomba. Fatal, 1 X 1. E num lampejo o “Colorado” passou a carecer de um absurdo, 4 X 1. Adeus à Libertadores e adeus à fantasia de uma das semis entre os dois gaúchos.
Foram oito os times do Brasil que principiaram, em 22 de Janeiro, esta edição de número 60 da Libertadores. E, até aqui, na fase das quartas, além de Palmeiras e Inter, quatro partiram. O São Paulo, eliminado logo no primeiro mata-mata. O Atlético Mineiro, suplantado na fase de grupos e daí repescado na Sul-Americana. O Athletico Paranaense e o Cruzeiro, nas oitavas.
Com o jogo desta quarta-feira a Copa já apresentou 149 cotejos, que exibiram 47 agremiações e nos quais se registraram 350 tentos, média ridícula de 2,35. Ainda na mesma quarta, em Buenos Aires, o Boca Juniors da Argentina despachou a LDU de Quito, Equador (3 X 0 em viagem e 0 X 0 em Buenos Aires). Agora, nesta quinta, 29, o River Plate leva a Assunción, no Paraguai, a vantagem de 2 X 0 que cravou, em Avellaneda, sobre o Cerro Porteño.
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